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Justiça decreta prisão de 10 acusados de integrar esquema de extorsão em delegacia de SP; 3 foram soltos


Com isso, dos 13 investigados que estavam presos temporariamente, 10 vão continuar presos, incluindo um delegado. g1 tenta contato com a defesa dos acusados. Dez investigados da Operação Chicago tiveram a prisão preventiva decretada
Reprodução
A Justiça atendeu o pedido do Ministério Público Estadual (MP-SP) e decretou a prisão preventiva de dez investigados na Operação Chicago, que apura a participação de policiais civis, advogados e servidores em uma organização criminosa que inventava crimes para extorquir dinheiro de empresários em Indaiatuba (SP).
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Segundo o MP, 13 dos 14 investigados estavam presos temporariamente (prazo de 30 dias), mas, com o esgotamento do prazo nesta quinta-feira (25), os promotores de Justiça pediram ao Judiciário a decretação da prisão preventiva, que é por tempo indeterminado.
Na decisão, a Justiça acolheu parcialmente o pedido do MP e decretou a preventiva de 10 acusados, entre eles, o delegado José Clésio de Oliveira Filho, e negou o pedido no caso de 3 investigados. Veja abaixo:
Tiveram a prisão preventiva decretada e vão continuar presos:
José Clésio Silva de Oliveira Filho, delegado da Polícia Civil
André Luis Soares da Silva, investigador da Polícia Civil
Carla Cristina de Souza Moreira, investigadora da Polícia Civil
Márcio Matoso, escrivão da Polícia Civil
Helio Ercínio dos Santos Júnior, advogado
Jackson Luiz da Silva, guarda municipal de Indaiatuba
Afonso Lucas Trindade Fernandes (vulgo Talinho), guarda municipal de Indaiatuba
Fábio Augusto Moraes (pastor), assessor comissionado da Secretaria de Assistência Social
Taylor Silva Angélico, 33 anos, gerente administrativo
Márcio Ricardo Pereira Mendes, auxiliar de escritório
Foram soltos após o vencimento da prisão temporária:
Rubens Groff Filho, advogado
Marcelo Eduardo Freire Savioli, advogado
Rafaela Toledo de Almeida, assessora comissionada da Secretaria de Assistência Social
Não foi preso, mas alvo de busca e apreensão
José Abel Von Ah, fiscal da Prefeitura de Indaiatuba
O g1 tenta contato com a defesa dos investigados.
Extorsão chegava a R$ 10 milhões
A investigação apontou que o grupo criminoso mantinha, no 1º Distrito Policial de Indaiatuba, uma “sala de extorsão”, onde pessoas detidas eram ameaçadas a responder por crimes que não cometeram caso não pagassem propina.
O MP concluiu que o valor da extorsão chegava a R$ 10 milhões. O caso veio à tona no dia 26 de março, quando uma operação do Gaeco prendeu os envolvidos. Veja abaixo quem é cada um dos denunciados e os crimes. A Promotoria agora aguarda a decisão da Justiça para saber se a denúncia será ou não aceita.
Delegado titular do 1º DP de Indaiatuba foi preso suspeito de liderar organização criminosa
Reprodução/EPTV
Denúncia
Além de pedir a prisão preventiva, o Ministério Público apresentou acusação formal contra 13 dos 14 investigados na operação. A Justiça, no entanto, abriu prazo para defesa prévia dos acusados antes de decidir sobre o recebimento da denúncia.
Segundo a Promotoria, os crimes aos quais os investigados foram denunciados são:
Organização criminosa;
Roubos;
Extorsão com restrição da liberdade das vítimas;
Corrupção;
Furto
Ainda de acordo com o MP, nem todos os investigados respondem por todos os crimes. Os advogados, por exemplo, foram denunciados por organização criminosa e extorsão. Já os policiais civis vão responder por todas as acusações, caso a denúncia da Promotoria seja aceita pela Justiça.
A única exceção entre os investigados é José Abel Von Ah, fiscal da prefeitura que foi alvo de mandado de busca e apreensão à época da operação. Ele não foi denunciado porque o MP ainda quer aprofundar a participação dele no esquema.
O que diz SSP e Prefeitura
A Secretaria de Segurança Pública afirmou ao g1 que a corregedoria da Polícia Civil acompanha o caso. Em nota, a Prefeitura de Indaiatuba afirmou à época que abriu procedimento administrativo e afastou os envolvidos. Os funcionários comissionados foram exonerados.
Suspeito de chefiar
O delegado José Clésio Silva de Oliveira Filho, do 1º Distrito Policial de Indaiatuba
Gustavo Biano/EPTV
Segundo o Ministério Público, o delegado-titular do 1º Distrito Policial, José Clésio Silva de Oliveira Filho, é o suspeito de chefiar o esquema criminoso que extorquia dinheiro de empresários em Indaiatuba (SP).
“Ao delegado, neste momento na investigação, foi imputada a liderança dessa situação porque ele efetivamente firmava os documentos, como relatórios e instauração de inquérito policial. E os elementos são indicativo de que as propinas se destinavam a ele.”, explicou na terça Paulo Carolis, promotor do Gaeco.
Células de atuação
Além de Clésio, investigadores, guardas municipais, funcionários comissionados da Prefeitura e advogados são suspeitos de participação na organização criminosa. Segundo os promotores de Justiça, os outros integrantes atuavam em grupos dentro do esquema, as chamadas células de atuação:
Policiais civis e guardas municipais: invadiam estabelecimentos comerciais para forjar falsos flagrantes contra os empresários e fazer, indevidamente, apreensões de bens e dinheiro.
Advogados: atuavam como intermediadores no pagamento de propina, fazendo a contagem e o transporte do dinheiro, além de cobrar honorários sobre os valores extorquidos.
Servidores comissionados: atuavam no contato com os empresários extorquidos a fim de cobrar as propinas previamente exigidas.
Major Auguto Martinelli, comandante do 1º Baep, e Paulo Carolis, promotor de Justiça do Gaeco, durante coletiva de imprensa
Toni Mendes/EPTV
A operação
Ao todo, promotores de Justiça, com o apoio da Polícia Militar e da corregedoria da Polícia Civil, cumpriram, no dia 26 de março, 17 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária. Além disso, 15 veículos foram apreendidos.
A suspeita é que os investigados tenham exigido, pelo menos, R$ 10 milhões de reais de propina desde 2022, para arquivar investigações que eram forjadas pelos suspeitos.
Entre as vítimas estão cerca de 10 proprietários estabelecimentos comerciais, como supermercados, lojas de roupas e estacionamento de veículos.
Saiba como funcionava esquema que forjava investigações para extorquir empresários
Invasão de comércios e fabricação de inquéritos
De acordo com o Gaeco, o grupo de Indaiatuba fabricava boletins de ocorrência, inquéritos e relatórios de investigação para sustentar exigência de pagamentos como preço de “resgate” de eventuais prisões decretadas ou garantias de não investigação.
Os boletins, as investigações e até as prisões eram forjadas. Segundo o MP, dezenas de empresários foram extorquidos no período de um ano. O valor das extorsões variava de R$ 1 a R$ 3 milhões.
Chicago
O nome da operação, “Chicago”, remete à cidade americana dos anos 20 e 30, quando gangsters governavam a cidade “à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes”.
Pelo menos 15 promotores de Justiça, 10 servidores do Ministério Público, 94 policiais militares e 19 policiais civis participaram da operação.
Delegacia de Indaiatuba foi alvo de busca e apreensão
Jorge Talmon/EPTV
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