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‘Não tento me encaixar no mainstream’, diz Bruce Dickinson, dividido entre Iron Maiden e carreira solo


Cantor está em turnê pelo Brasil com show do álbum solo ‘The Mandrake Project’. Ele fala ao g1 sobre esse trabalho e seu tratamento contra um câncer de língua. Bruce Dickinson faz show de disco solo, ‘The Mandrake Project’
John McMurtri/Divulgação
“Sem a escuridão, você não aprecia a luz”, diz Bruce Dickinson em entrevista ao g1. “Se tudo for feliz, onde está o drama?”
As sentenças podem até parecer batidas, mas Dickinson, um dos medalhões do heavy metal, tem motivos para citá-las.
Conhecido por realizar muitas atividades, que vão de esgrimista a piloto de avião, ele recebeu o diagnóstico de câncer de língua há quase dez anos, o que, segundo ele, foi brutal.
Passado o tratamento e curado, Dickinson está com seu novo álbum, “The Mandrake Project”, o sétimo da carreira paralela ao Iron Maiden, lançado em março.
Bruce Dickinson retora ao país com show solo
Divulgação
“The Mandrake Project” aparece 19 anos depois de seu último disco solo, “Tyranny of the souls” e começou a ser produzido há mais de dez anos.
“Atrasei porque tive câncer. Isso foi uma boa desculpa”, diz o cantor. “Aí, tivemos as coisas do Maiden e depois a covid.”
Os fatores que o levaram ao atraso do projeto também o ajudaram a elaborar melhor seu conceito.
Com ares mais sombrios, porém, como ele reforça, sem soar depressivo, o trabalho não chega a ser um álbum-conceito, desses em que as faixas estão ligadas umas às outras e devem ser ouvidas na sequência, formato que tem retornado aos poucos no mercado musical. Mas há, sim, a complexidade já conhecida no trabalho dele e de Iron Maiden: uma narrativa, músicas longas, eu-lírico, etc.
O trabalho acompanha ainda um quadrinho, elaborado por Dickinson, que deve ser dividido em doze episódios lançados ao longo de três anos.
“Eu não tento me encaixar em nada mainstream”, diz sobre a ideia do álbum. “Não é o que faço e não é o que eu acho que o público que gosta do meu trabalho ia gostar que eu fizesse.”
O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, no palco em Ribeirão Preto, SP, em 2022
Érico Andrade/g1
É com este trabalho que ele passa pelo país com sete shows. Ele já se esteve em Curitiba, Porto Alegre e ainda se apresenta em Brasília (neste sábado, 27), Belo Horizonte (domingo, 28), Rio de Janeiro (30 de abril), Ribeirão Preto (2 de maio) e São Paulo (4 de maio).
Confira a entrevista completa abaixo:
g1- O senhor lançou o álbum “The Mandrake Project” 19 anos após “Tyranny Souls”, seu último trabalho. Por que levou todo esse tempo?
Bruce Dickinson – Bem, nós [ele e o produtor Roy Z] começamos este álbum há cerca de 10 anos. Eu falei, ‘talvez devêssemos fazer um álbum’. Então, eu atrasei porque tive câncer. Isso foi uma boa desculpa. Aí, tivemos as coisas do [Iron] Maiden e depois tivemos a covid por três anos.
Estamos aqui agora. Mas durante esse período, obviamente, eu tive a oportunidade de desenvolver algumas das canções um pouco mais, escrever novas canções e, em especial, desenvolver a ideia do quadrinho: de um simples quadrinho, o que seria dez anos atrás, para um projeto de três anos.
Bruce Dickson divulga novo álbum, ‘The Mandrake Project’
Divulgação
Então, durante o processo de produção do álbum, meio que cresceu um pouco. O quadrinho ficou mais independente e me deixou muito feliz porque eu não tinha o roteiro do álbum para seguir. Em vez disso, você segue o roteiro do quadrinho.
g1- Como o câncer e a covid influenciaram este trabalho? Mudou composições ou teve novas ideias para as canções?
Bruce Dickinson – Inicialmente, todo esse negócio do câncer, era superar o tratamento e me livrar do tumor. O tratamento foi muito brutal. Eu tive 33 sessões de radioterapia e nove semanas de quimioterapia ao mesmo tempo. Foi realmente muito duro para mim, mas ainda mais duro para o câncer, então, isso é bom.
Levei dez meses para me recuperar e tudo o que eu queria depois era sair para cantar. Obviamente, a gente teve o Maiden colocando tudo de volta nos eixos e retomando.
Iron Maiden se apresenta no primeiro dia do Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues/g1
Já são meio que dez anos desde o diagnóstico. Durante esse tempo, eu pensei muito sobre vida e morte e o que isso significa e tem muito disso no “Mandrake”.
Mas eu não acho esse álbum… Ele é sombrio, mas, para mim, não é depressivo, porque eu meio que gosto da coisa sombria, porque sem a escuridão, você não aprecia a luz.
g1 – Esse é mesmo um álbum sombrio…
Bruce Dickinson – Sim, sim. Por que se tudo é feliz, onde está o drama?
g1 – Qual era a ideia de fazer o quadrinho?
Bruce Dickinson – Para mim, quadrinho e rock e, estendendo, videogames, estão todos no mesmo mundo. Então, eu queria experimentar a ideia de fazer um quadrinho com uma história, não apenas como uma imagem em desenho, o que pode parecer legal.
Bruce Dickinson lança ‘The Mandrake Project’
Reprodução/Instagram
Fizemos com o Maiden com o “The Final Frontier” (2010). A diferença neste agora é que este quadrinho tem uma história, uma narrativa. A gente fez com o Maiden, mas a história não tinha ficado muito clara e isso me frustrou. Eu queria fazer a história por isso. Agora temos doze episódios e eu acho que um dos aspectos interessantes é ser sombrio. Bem mais sombrio que o álbum.
g1 – É possível que esse quadrinho se transforme em uma série para o streaming? Você gostaria que fosse?
Bruce Dickinson – Sobre isso, vai depender inteiramente de quanto dinheiro alguém vai querer colocar. E isso não é comigo. Claro que gostaria, quem não gostaria? Só estou dizendo, eu gostaria, mas não existem garantias. Eu gostaria que todas as minhas canções virassem filmes, mas isso não vai acontecer… provavelmente.
Bruce Dickinson sai em turnê com ‘The Mandrake Project’
Reprodução/Instagram
g1 – O senhor já fez de tudo: é rockstar, piloto de avião, esgrimista, produtor de cerveja… O senhor se sente artisticamente realizado?
Bruce Dickinson – O que eu quero fazer que eu ainda não conquistei é… começar os ensaios daqui dois dias. Eu não fiz isso. Em termos mais simples, é aquilo que está na minha frente neste momento. Eu tenho pessoas que têm listas de coisas para eu fazer, o que está tudo bem para mim. Mas até de fato, eu fazer, não é real.
A única coisa real é o que está na minha frente agora. No meu caso, é você. Não há nada no mundo agora. Quando terminarmos, é a outra pessoa que vai ser real, e depois sou eu fazendo o café. Eu acho que só tento viver a vida assim, no agora.
g1 – O “Mandrake Project” não é um álbum conceito, mas é um álbum complexo – tem narrativa, eu-lírico, faixas mais longas. É difícil, mas temos visto trabalhos assim com outros artistas. Em um cenário em que a música é efêmera, temos as redes sociais para viralizar…O senhor acredita que tem espaço para projetos como o seu?
Bruce Dickinson – Bem, eu não tento me encaixar em nada mainstream. Isso não é real. Não há razão para eu querer ser um artista de mainstream. Não é o que faço e não é o que eu acho que o público que gosta do meu trabalho ia gostar que eu fizesse.
Bruce Dickson, do Iron Maiden, lança música do novo álbum solo em SP e fala sobre os novos rumos da carreira
Obviamente, tem espaço para isso, porque o álbum foi superbem no chart na Alemanha, número um na Suécia, número um ou dois na Europa. Acho que estou fazendo alguma coisa que as pessoas precisam, e eu acho que é algo, talvez, raro para o momento.
As pessoas estão voltando a fazer isso novamente, mas fazer um álbum como esse não é muito comum, e eu acho que a razão para isso é que as pessoas estão realmente interessadas. Porque é diferente do jeito que as bandas, mesmo as de rock, fazem.
Elas tendem a escrever um monte de músicas, muitas vezes umas parecidas com as outras, e eu acho que este é um formato que a gente precisa fazer. Mas neste álbum, é um monte de música que soam diferentes umas das outras, isso é muito o jeito de fazer dos anos de 1970.
Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, participa de duelo de esgrima em Curitiba
g1 – Aliás, por que a gente não tem mais bandas de metal icônicas como tínhamos nesses anos? Por exemplo, Iron Maiden, AC/DC, Black Sabbath…
Bruce Dickinson – Essa pergunta não tem uma resposta simples. É uma combinação de fatores de moda na mídia até o jeito que se faz turnê, que mudou a disponibilidade de shows para as bandas tocarem e construírem uma base de fãs ao vivo.
O fato de os preços dos ingressos estarem enlouquecidamente mais caros, as pessoas não saem tanto para ver novas bandas e seguirem elas. Tem tantas alternativas em vez de sair e ver uma banda… Você pode assistir YouTube, pode jogar um videogame imersivo, ter a experiência no equipamento de VR, são muitas distrações.
As bandas mais velhas, dinossauros, como a gente, o Metallica…
Iron Maiden durante show no palco Mundo do Rock in Rio 2019
Marcelo Brandt/G1
g1 – Eu diria icônicas e não dinossauros…
Bruce Dickinson – Dinossauros, quem não ia gostar de ser um T-Rex? Mas assim, a gente tem nosso estilo e isso não muda muito e eu acho que nossos fãs gostam assim. Claro que com a carreira solo, uma das vantagens de ser um artista solo, é que eu posso pisar fora da caixa. A identidade atinge o mesmo público, mas de uma forma emocional diferente.
Voltando para a questão inicial, não temos tantas bandas grandes e eu acho que é por causa do cenário atual. São muitos desafios diferentes e pessoas competindo por atenção e é muito difícil de crescer. Por exemplo, o público na América do Norte está ficando bem velho e o número de jovens está diminuindo, tem menos gente por aí.
Iron Maiden se apresenta no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues/g1
As grandes bandas como o Maiden e Metallica, que passaram pelos anos de 1980, quando existia um número grande de pessoas com 25 anos por aí, era o fim do baby boom. Mas, agora, por alguma razão, as pessoas não estão tendo mais bebês.
g1 – O senhor está vindo ao Brasil este ano por duas vezes, com seu show solo e o show com Iron Maiden. E nenhuma delas é para o Rock in Rio. Por quê?
Bruce Dickinson – A gente tocou lá algumas vezes. Então, vamos dar um descanso este ano. Nós precisamos de um tempo para descer para Austrália, Nova Zelândia, Japão. Nós não passamos por lá já tem algum tempo. Vamos deixar outra banda ser headliner no Rock in Rio. Talvez na próxima edição.
Bruce Dickinson em Brasília
Data: 27 de abril
Local: Opera Hall (Endereço: SHTN Trecho 2 – Asa Norte)
Horário: 22h (abertura dos portões às 19h)
Ingressos:
Pista premium: R$ 800 (inteira) e R$ 400 (meia-entrada)
Pista: R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia-entrada)
Bruce Dickinson em Belo Horizonte
Data: 28 de abril
Local: Arena Hall (Endereço: Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230)
Horário: 20h (abertura dos portões às 18h)
Ingressos:
Pista: R$ 800 (inteira) e R$ 400 (meia-entrada)
Arquibancada: R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia-entrada)
Bruce Dickinson no Rio de Janeiro
Data: 30 de abril
Local: Qualistage (Endereço: Avenida Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca)
Horário: 22h (abertura dos portões às 19h)
Ingressos:
Camarote: R$ 900 (inteira) e R$ 450 (meia-entrada)
Pista Premium: R$ 800 (inteira) e R$ 400 (meia-entrada)
Pista: R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia-entrada)
Poltrona: R$ 500 (inteira) e R$ 250 (meia-entrada)
Bruce Dickinson em Ribeirão Preto
Data: 2 de maio
Local: Quinta Linda (Endereço: Rodovia SP 330, KM303)
Horário: 21h (abertura dos portões às 18h)
Ingressos:
Pista Premium: R$ 800 (inteira) e R$ 400 (meia-entrada)
Pista: R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia-entrada)
Bruce Dickinson em São Paulo
Data: 2 de maio
Local: Vibra São Paulo (Endereço: Avenida Nações Unidas, 17.955 – Vila Almeida)
Horário: 22h (abertura dos portões às 19h)
Ingressos:
Camarote: R$ 1.200 (inteira) e R$ 600 (meia-entrada)
Pista: R$ 800 (inteira) e R$ 400 (meia-entrada)
Plateia superior: R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia-entrada)
Visão parcial: R$ 400 (inteira) e R$ 200 (meia-entrada)
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