• https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul

      New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Dia Mundial da Educação: com abordagens pedagógicas diversas, escolas no interior de SP buscam inovar a maneira de educar


Para celebrar o Dia Mundial da Educação, neste 28 de abril, o g1 visitou duas escolas públicas que praticam abordagens com a intenção de aumentar o interesse dos estudantes e garantir aprendizado para toda a vida. Escola infantil em Votorantim (SP) propõe educação além das salas de aula e atividades ao ar livre
Larissa Pandori/g1
Há 24 anos, 164 países, incluindo o Brasil, definiram o dia 28 de abril como o Dia Mundial da Educação. A data foi escolhida durante o Fórum Mundial de Educação para simbolizar os compromissos com o desenvolvimento educacional dos países.
📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp
Mas para profissionais de duas escolas públicas no interior de São Paulo, o compromisso com a educação não é apenas uma data no calendário. Por meio de atividades diferentes, esforço diário, eventos com participação da comunidade, conquistas e espaço aberto para conversa, as escolas se destacam pelos métodos educacionais que aplicam no dia a dia.
Além das paredes de uma sala
Quem entra no pátio do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) José Bernardo, que fica no Parque São João em Votorantim (SP), vai encontrar crianças de um a cinco anos no que parece um período de intervalo das aulas. Mas ao se aproximar dos grupos, é possível ver que as brincadeiras, na verdade, são propostas educacionais.
A educação se estende ao pátio da escola. A proposta se chama “cantos” e é feita para que os alunos de diferentes salas possam interagir e brincar com diversos objetos, alguns já conhecidos pelas crianças, outros que nunca foram vistos por elas.
Uma das propostas foi desenhar um girassol e para facilitar a pintura, os pequenos puderem ver de perto um exemplar da flor.
No Cmei de Votorantim (SP), alunos têm a oportunidade de conhecer objetos, animais e plantas durante atividades educacionais
Larissa Pandori/g1
O gramado da escola é um convite às brincadeiras. E quando chove, a pequena poça de lama que se forma também é usada para divertir, ensinar e expor às crianças ao diferente.
Para a Lilian da Silva Neto, mãe do Gabriel e o Daniel, de quatro anos e um ano, ambos alunos do Cmei, saber que os filhos têm contato à natureza na escola é motivo de satisfação e a sujeira nas roupas vira só detalhe.
“Na minha casa não tem grama, não tem lama. Eles adoram brincar assim, livres. A escola nos explica que há uma intenção por trás dessas brincadeiras. É um estímulo à criatividade, à experimentar texturas diferentes, não ter nojo dos materiais orgânicos. Eles chegam em casa com a roupa suja, mas cheios de vivências,” ressalta a mãe.
Nas poças de lama, os alunos são convidados a investigarem com lupas o materia orgânica e possam fazer suas próprias descobertas.
Mas a aprendizagem também acontece dentro da salas. Na sala da professora Evelin Francine Honorato Pandori, que leciona para a turma alunos de três a quatro anos no Cmei, não há cadeiras ou carteiras. Os pequenos sentam no chão, geralmente em roda, e participam ativamente das atividades.
Uma delas ficou “estampada” nos dedinhos do Bernardo.
Bernardo, aluno da professora Evelin Pandori, do Centro Municipal de Educação Infantil “José Bernardo”, em Votorantim (SP)
Larissa Pandori/g1
“Nós trabalhamos com a planta urucum, que tem árvore aqui na escola. Levei eles para conhecer a árvore, tocar a textura, colher a planta. E aí voltamos pra sala para fazer o processo de transformar o urucum em tinta. Eles acharam incrível ver que a sementinha vira pigmento quando amassamos e que dá pra usar para desenhar.”
Escola trabalha com urucum, fruto do urucuzeiro, com alunos
Pâmela Ramos/TV TEM
Para a professora, que leciona na rede pública há mais de 10 anos, mudar a abordagem de ensino tem sido um desafio: “Eu venho de um ensino mais tradicional e estou aprendendo sobre a abordagem participativa, que é a praticada nessa escola. Eles participam de todo o processo para que se entendam como protagonista do que estão aprendendo”.
Professora Evelin Francine Honorato Pandori com a turma do maternal do Centro Municipal de Ensino Infantil
Larissa Pandori/g1
Criança protagonista
Diretora do Cmei de Votorantim há oito anos, Alessandra Menck Machado de Almeida destaca que a abordagem da escola é pautada de acordo com os documentos orientadores sobre a educação infantil, mas que a escola adota alguns princípios, que estão de acordo com os documentos, e que colocam a criança como protagonista do aprendizado.
“Nós procuramos construir um processo de formação continuada que respeite a criança enquanto sujeito capaz de produzir saberes. Por isso, as atividades propostas pelos professores são feitas para que a criança possa testar hipóteses, investigar, conviver com outras crianças de outras idades, conviver com a natureza, com os animais” destaca a diretora.
Apesar da flexibilidade que a escola adota para as atividades, a diretora afirma que existem regras de organização.
“As crianças têm liberdade para o brincar, mas existe também um diálogo constante com elas em relação à nossa organização temporal. Então, elas sabem que há o momento de ir ao pátio, há o momento de fazer a refeição. E é um trabalho em conjunto com as famílias. A gente procura desmistificar a sujeira, mostrar que há intencionalidade até nos momentos em que eles estão pulando na poça de lama.”
Alessandra Menck Machado de Almeida, diretora do Cmei de Votorantim (SP)
Pâmela Ramos/TV TEM
Ensinando para adolescentes
Se os pequenos aprendem brincando, quais ações podem contribuir para que os adolescentes e jovens se sintam estimulados ao ensino?
Para Lucinha Magalhães, coordenadora da ONG Roda Educativa, “o grande desafio é manter a escola interessante, significativa e tendo sentido para os estudantes, de maneira que eles aprendam a aprender. Essa é a maior contribuição que a escola carrega”.
A educadora ressalta que a educação precisa assegurar o protagonismo dos estudantes, promover a cultura da coletividade e despertar o sentimento de pertencimento a um grupo.
“O protagonismo é um elemento fundamental para todos os estudantes. Eles que produzem o conhecimento. O educador é um mediador desse processo, mas o papel principal é do estudante.”
Lucinha Magalhães, coordenador da ONG Roda Educativa
Reprodução
Campeonato de tabuada
A manhã foi marcada pela adrenalina na Escola Municipal “Vilma Fernandes Antônio”, que fica em Porto Feliz (SP). Com a participação das famílias, os estudantes participaram de mais uma edição do projeto “tabuada em ação”, que premiou quatro finalistas com bicicletas.
Isabelly, Jeferson, Raphael e Gustavo foram os ganhadores entre os 83 participantes da quarta edição do campeonato. O evento tem participação de todos os educadores da escola, que organizam rifas e gincanas para arrecadação do dinheiro necessário para a compra dos prêmios.
A ação, idealizada pelo diretor da unidade, Luciano Guedes, foi pensada para aumentar o interesse dos estudantes na disciplina de matemática. Além do campeonato de tabuada, a escola realiza eventos musicais e esportivos.
“Quando os alunos chegam à escola, eles já perguntam sobre nossos projetos. São ações que nos diferenciam, nos destacam. Além da nossa estrutura, temos salas com ar-condicionado e projetor, piscina no pátio”.
Estudantes de todas as turmas, do 1º ao 9º, participam das seletivas do campeonato. Durante semanas, os professores de matemática ensinar, em forma de treino, os estudantes a fazerem contas de multiplicação. Para além do conteúdo pedagógico, a escola busca capacitar os adolescentes sobre demandas da vida.
“Aqui na escola nós trabalhamos com a pedagogia da presença e acolhimento. Falamos sobre a frustração de não alcançar um objetivo, da dedicação quando buscamos um ideal. São atividades saudáveis e educativas, que não estimulam à competição entre eles, mas a busca por se tornar ainda melhor em algo,” explica Luciano.
Luciano Guedes, diretor da Escola Municipal “Vilma Fernandes Antônio”, em Porto Feliz (SP)
Larissa Pandori/g1
Um dos ganhadores, Raphael Carvalho Conceição, recebeu um caloroso abraço da mãe, Isabel Cristina Carvalho. O adolescente chegou à escola neste ano.
“É um incentivo maravilhoso, muda um pouco a rotina de estudos. Ele passou semanas estudando em casa porque queria ir bem e deu certo”, conta a mãe.
Raphael e Isabel Carvalho Conceição, de Porto Feliz (SP)
Larissa Pandori/g1
Escola e suas inúmeras possibilidades
Lucinha Magalhães reforça que todas as escolas podem adaptar conteúdos e tornar a proposta de educação mais convidativa, dentro da realidade de cada local.
“Fazer uma leitura de um livro no pátio da escola, debaixo de uma árvore. Organizar um debate sobre a história de personagens de um livro. Propor um recital de poemas, incluindo as famílias dos estudantes. Oficinas de escrita, de leitura. E até momentos para discutir conflitos de convivência entre os estudantes. A escola é cheia de possibilidades e não pode se afastar da sua função social.”
Pedro, aluno do Cmei de Votorantim (SP)
Larissa Pandori/g1
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM
Adicionar aos favoritos o Link permanente.
#sosriograndedosul
Essa é uma oportunidade simples, segura, efetiva (e afetiva) de estender a mão e oferecer ajuda a pessoas que estão passando por dificuldades inimagináveis no Rio Grande do Sul, após as chuvas que castigaram o Estado.
Mais do que uma simples contribuição financeira, sua doação é um gesto de cidadania, solidariedade e humanidade. É a oportunidade de ser a luz no momento mais difícil de alguém.

 

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul

 

 
 
  • New Page 1