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Brasil é o 5º país que mais produz resíduos eletrônicos, mas descarte correto ainda é pequeno


Por ano, o país produz 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico e poderia ser muito mais. Segundo pesquisas, 85% dos brasileiros têm em casa algum aparelho que não usam e não sabem o que fazer com ele. Brasil é o 5º país que mais produz resíduos eletrônicos, mas descarte correto ainda é pequeno
Reprodução/TV Globo
O Brasil é o quinto país que mais produz resíduos eletrônicos, mas o descarte correto — fundamental para proteger o meio ambiente — ainda é pequeno.
A sujeira acumulada é um sinal de que o ventilador estava sem uso há tempos. O miniprocessador quebrou e também foi para o descarte.
“Como a gente está com intenção de mudar, a gente está fazendo uma limpeza geral, abrindo gavetas e armários e descartando o que dá”, conta o aposentado José Carlos Abbriata.
O José Carlos entregou os aparelhos em uma cooperativa especializada em resíduos eletroeletrônicos em São Paulo. Ali, todo esse material é desmontado e encaminhado para a reciclagem. É o que também vai acontecer com os eletroeletrônicos descartados em um ponto de entrega voluntária num shopping.
Os resíduos são levados para um empresa no interior do estado. Ali, maquinas desmontam os produtos e fazem a separação por tipo de material e tudo volta para indústria como matéria-prima. É a logística reversa.
“Os produtos eletrônicos são tudo aquilo que você liga na tomada ou que utiliza uma pilha, uma bateria para funcionar. Depois que esses produtos não tiverem mais uma utilidade, passa a ser um lixo eletrônico, que aí é a importância de a gente recolher isso daí, dar uma destinação correta, evitar que seja descartado no solo, na água, que você pode causar algum tipo de contaminação”, explica Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron.
O Brasil produz por ano 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico. É o quinto país no mundo na lista dos que mais geram esse tipo de resíduo. E poderia ser muito mais. Pesquisas mostram que 85% dos brasileiros têm em casa algum aparelho que não usam e não sabem o que fazer com ele. Não é o caso da Janaína, que nem deixou a TV quebrada acumular poeira.
“Quebrou na semana passada, e não tinha porque ficar lá”, conta ela.
Maior parte do lixo eletrônico do Brasil é descartada irregularmente, mas poderia ser reciclada
O plano nacional de resíduos sólidos determina que os fabricantes e importadores coletem em 2024 12% dos produtos lançados no mercado. Para o ano que vem, a meta é maior: 17%. Para isso, o setor mantém 6.250 postos de entrega voluntária espalhados pelo país. Mas a representante da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos diz que falta adesão do setor produtivo.
“A gente está falando então em torno de 200 empresas, a gente tem um universo de mais de 4 mil empresas e muitas estão fora, hoje não estão fazendo a logística reversa. E isso também atrapalha aquelas empresas que estão fazendo”, diz Helen Souza Brito, gerente de relações institucionais da Abree.
Pela legislação, destinar corretamente o lixo eletrônico é uma responsabilidade que cabe a todos, incluindo o consumidor. O presidente de uma associação internacional de resíduos sólidos diz que o número de pontos de coleta precisa aumentar.
“Uma das barreiras é justamente a capilaridade do sistema de captação de coleta desses materiais. O outro, a infraestrutura disponível para processar esses materiais como recurso para valorizar esses materiais como um recurso. E o terceiro, diria até mesmo um mercado para absorver esse recurso no processo produtivo”, diz Carlos Silva Filho, presidente da ISWA.
O secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, afirma que o governo vai exigir que os varejistas também participem da logística reversa.
“Fizemos uma parceria com o Ibama e com a Receita federal para poder, a partir deste ano, mensurar a importação de alguns tipos de equipamento para depois a gente cobrar esses importadores, o grande varejo, que importa e vende diretamente, para que eles também paguem a parte justa dessa equação”, afirma Adalberto Maluf.
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