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Vítimas de incêndio em Porto Alegre são enterradas sem a presença de familiares; dono de funerária doou cerimônia


Nenhum parente ou amigo compareceu a sepultamento de quatro das vítimas. Incêndio em pousada deixou 10 mortos e 15 feridos. Velório de vítimas de incêndio em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
Quatro vítimas do incêndio que matou 10 pessoas em Porto Alegre foram enterradas na tarde de sábado (27) em um cemitério na Zona Norte da Capital. A cerimônia foi marcada pelo silêncio, não do luto, mas da ausência de familiares e amigos.
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Os mortos viviam em uma pousada destinada para pessoas de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social. Muitos dos moradores eram pessoas em situação de rua que encontraram, no local, um abrigo.
Veja quem são as vítimas já identificadas
Confira a situação dos feridos
Os caixões permaneceram fechados, porque os corpos foram carbonizados durante o incêndio. O enterro ocorreu sob chuva.
O dono de uma funerária de Porto Alegre fez a doação da cerimônia, assumindo os custos do velório. A prefeitura provicenciou os túmulos.
O que se sabe até agora sobre o incêndio
Força-tarefa começa a vistoriar pousadas que abrigam pessoas em situação de rua na segunda
Representantes de movimentos sociais que atuam na luta por moradia digna e na defesa da população em situação de rua compareceram no cemitério. Eles cobram uma investigação rigorosa do incêndio.
“A dor, ela é imensa. É um sentimento de revolta, porque essas denúncias já são feitas todo mês, são feitas todos anos, anualmente. Então, são dois anos de luta que a gente tá tentanto avisar que poderia acontecer uma situação dessas”, fala Carlos Henrique Rosa da Silva, do Movimento Nacional da População de Rua.
O secretário do Desenvolvimento Social de Porto Alegre também acompanhou o velório. Leó Voigt é titular da pasta responsável pelo contrato com a Pousada Garoa, empresa dona da pensão que pegou fogo. A cerimônia religiosa foi realizada pelo padre Lucas Matheus Mendes, da Basílica das Dores.
Vítima de incêndio é conduzida em caixão por funcionários de cemitério em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
Em nota divulgada no sábado, os responsáveis pela Pousada Garoa afirmam que estão “colaborando plenamente com as autoridades competentes para esclarecer os detalhes deste acontecimento”.
“A segurança de nossos hóspedes e colaboradores são nossa prioridade. Nosso total empenho em fornecer todo o apoio necessário perante as pessoas. Além disso, continuamos nosso trabalho de assistência à população de rua, reforçando nosso compromisso social”, diz o comunicado.
Incêndio na Capital: causas ainda estão sendo investigadas
Incêndio
Na madrugada de sexta-feira (26), uma pousada na Avenida Farrapos, no Bairro Floresta, ficou em chamas. Os bombeiros chegaram por volta das 2h para combater o incêndio, que só foi controlado três horas depois. Entre as vítimas, duas foram encontradas no primeiro andar; cinco, no segundo; e, no terceiro, mais três pessoas.
A origem do incêndio ainda é desconhecida. O Corpo de Bombeiros afirma que o incêndio se espalhou rapidamente, comprometendo a saída das pessoas do local. Também diz que não havia plano de prevenção contra incêndio (PPCI) nem alvará para funcionar como atividade residencial.
A Prefeitura de Porto Alegre afirma que a documentação da empresa dona da pousada junto ao município estava em dia e que havia autorização para a operação como hospedagem.
A Polícia Civil busca ouvir as pessoas que estavam no local na hora do incêndio, os responsáveis pelo prédio e quem fiscalizou o imóvel.
A Prefeitura de Porto Alegre determinou a abertura de uma investigação sobre o contrato com a Pousada Garoa, que tem outros 22 espaços funcionando na Capital, atendendo 320 pessoas. O prefeito Sebastião Melo (MDB) anunciou uma força-tarefa para visitar essas pousadas.
O Ministério Público instaurou um inquérito civil para acompanhar e verificar as medidas adotadas pela Prefeitura de Porto Alegre em razão do incêndio. O MP também vai tratar do encaminhamento das pessoas que utilizam o serviço de hospedagem decorrente do contrato firmado entre a prefeitura e a Pousada Garoa para que não fiquem desprovidas do serviço e também não fiquem vulneráveis à ocorrência de novos fatos.
A Defensoria Pública vistoriou alguns dos locais e afirmou que as condições dos imóveis não eram adequadas para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade. O órgão prevê a adoção de medidas judiciais, depois de apuradas quais as responsabilidades do proprietário da pousada e da prefeitura no incêndio. O objetivo é garantir reparação para os sobreviventes e familiares das pessoas que morreram.
Incêndio em pousada em Porto Alegre
g1
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