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Como veneno de aranha-armadeira pode ajudar a tratar câncer de mama, segundo cientistas da Unicamp


Veneno chamou atenção de pesquisadoras por ação no sistema nervoso central das presas. Fase pré-clinica teve resultados positivos no combate de tumores em camundongos fêmeas. Veneno de aranha-armadeira apresentou bons resultados no tratamento do câncer de mama
Catarina Rapôso/Arquivo pessoal e Luciano Lima/TG
Em busca de alternativas aos atuais tratamentos para o câncer, pesquisadoras da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificaram resultados positivos no uso do veneno da aranha-armadeira para combater tumores nas mamas em testes feitos em animais.
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🕷️ Por que a aranha-armadeira? O veneno do aracnídeo chamou a atenção de cientistas por conta dos efeitos no sistema nervoso das presas, podendo levar a convulsões, por exemplo.
Com isso, a professora Catarina Rapôso, que estuda a substância há 20 anos, passou a analisar a ação do composto em tumores formados no sistema nervoso central, também chamados de gliomas.
Os efeitos positivos nos gliomas levaram, mais tarde, à pesquisa de doutorado da médica veterinária Ingrid Trevisan, orientada por Rapôso. Nela, as cientistas avaliaram a forma como o veneno isolado agiu em tumores de mama diagnosticados em cadelas.
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Doutoranda Ingrid Trevisan, à esquerda, e orientadora Catarina Rapôso, à direita
Catarina Rapôso/Arquivo pessoal
🧫 Como foram os experimentos? Após respostas positivas de testes in vitro com células animais de mastocitoma, linfoma cutâneo, carcinomas de bexiga e carcinomas de mama, as pesquisadoras passaram a testar o composto isolado em camundongos fêmeas.
As roedoras, que tinham tumores mamários induzidos em laboratório, receberam três tratamentos diferentes: um com a molécula isolada do veneno, outro com o composto combinado a um quimioterápico tradicional e, por fim, apenas o quimioterápico.
Vimos que os tumores associados com a molécula e o quimioterápico reduziram significativamente, diferentemente dos que a gente fez o tratamento só com quimioterápico padrão. Além disso, observamos durante os ensaios que os camundongos tratados com veneno tiveram uma boa qualidade de vida, aumentaram o peso, a ingestão de alimentos, e não tiveram efeitos adversos.
✍️ Quais são os próximos passos? Rapôso explica que, para o futuro próximo, a ideia é conseguir liberação para que o composto seja testado em cadelas. “O uso ainda experimental em ensaio clínico a gente espera que daqui a um ano, mais ou menos, esteja acontecendo”, prevê.
“É importante dizer que a gente está numa fase pré-clínica. A gente precisa ainda testar, inclusive, tratamentos mais longos, tratamento associado à cirurgia, que é um próximo passo que a gente vai dar”, diz a orientadora.
Para Trevisan, os achados da pesquisa são importantes porque abrem portas para tratamentos contra o câncer menos invasivos e que permitem ao paciente ter qualidade de vida durante o uso da medicação.
“Foi um efeito muito benéfico porque, atualmente, os tratamentos que existem – de diversos tipos de câncer, não só o de mama – apresentam muitos efeitos adversos. Isso não só para os pacientes humanos, mas também para os pacientes veterinários”, destaca.
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