• https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul

      New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Aplicação de luz pode ajudar no combate a bactérias super-resistentes, diz pesquisa da USP


Uso inadequado de antibióticos é um dos responsáveis pela resistência dos microrganismos, que podem levar pacientes à morte. Estudo feito em São Carlos (SP) foi publicado em duas revistas científicas. Terapia de luz desenvolvida pela USP pode ser aliada ao uso de antibióticos
Se alguém te perguntasse qual o inimigo invisível aos olhos e silencioso que se torna cada vez mais fatal, você responderia que seriam as bactérias?
A maioria das pessoas diz que não! Porém, com o uso incorreto de medicamentos, o que é comum no nosso dia a dia, esses organismos microscópicos se tornam cada vez mais resistentes ao arsenal de remédios disponíveis em todo o mundo.
📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp
O desafio de combater as bactérias mobiliza cientistas ao redor de todo o mundo, inclusive os da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP). Os pesquisadores analisam como a aplicação de luz pode ajudar a tornar os microrganismos novamente suscetíveis aos remédios.
💊 Como as bactérias se tornam resistentes aos medicamentos?
Pesquisa da USP de São Carlos estuda como aplicação de luz pode ajudar no combate a bactérias super-resistentes
Rodrigo Sargaço/EPTV
A situação não é nada mais do que a teoria da Seleção Natural, de Charles Darwin, colocada na prática, ou seja, sobrevivem aqueles que, expostos a um ambiente, se adaptam a ele e conseguem sobreviver.
Neste caso, como explica o médico Roberto Muniz Júnior, da Santa Casa de São Carlos, o uso constante e irrestrito de antibióticos cria um ambiente que faz com que microrganismos se tornem cada vez mais super-resistentes aos medicamentos.
“A gente usa antibiótico, depois boa parte dessas substâncias sairá pela urina, elas caem no meio ambiente, começam a selecionar germes resistentes a elas, na água que a gente bebe, e realmente o tratamento fica bastante difícil”.
De acordo com os médicos, a situação é preocupante, uma vez que é preciso buscar outras formas para combater as bactérias, responsáveis por infecções que, muitas vezes, podem levar um paciente à morte. Ou seja, até os médicos ficam de mãos-atadas.
“A perspectiva é de que, em 2050, o número de mortes por bactérias resistentes aos antibióticos existentes é muito maior, superante até mesmo o câncer”, explica Kate Blanco, professora do Instituto de Física da USP de São Carlos.
Kate Blanco, pesquisadora do Instituto de Física da USP de São Carlos
Rodrigo Sargaço/EPTV
💡 O que propõe a pesquisa da USP?
Ao invés de aumentarem a dose dos medicamentos ou receitá-los por mais tempo ao paciente, que pode sofrer com os efeitos colaterais, os pesquisadores de São Carlos estudam como a aplicação de luz pode ajudar nesse processo.
Pesquisa da USP de São Carlos estuda como aplicação de luz pode ajudar no combate a bactérias super-resistentes
Rodrigo Sargaço/EPTV
“A gente tem essa linha de pesquisa, de modificação desses mecanismos de resistência, para que essas bactérias voltem a ser sensíveis aos antibióticos”, explica Kate.
Com a ajuda de um fotossensibilizador, os cientistas da USP identificam qual o tipo da bactéria, destacando-a em meio ao organismo. Para os testes In Vitro, eles usaram a curcumina, um composto químico responsável pela cor alaranjada.
Em outro equipamento, as placas com os microrganismos são expostas à luz, que promove a oxidação das células, o que faz com que elas se tornem novamente sensíveis aos antibióticos, o que contribui para a cura do paciente.
Mas, a pergunta que fica é: como esse fotossensibilizador chega até as bactérias? O responsável pelo transporte seria um fármaco, que pode ser ingerido pelo paciente, que, em seguida, será exposto à luz no local em que estão os microrganismos resistentes.
No futuro, os cientistas esperam utilizar outras formas de aplicar esses fotossesibilizadores, com o uso de pomadas, para infecções de pele, e gás inalatório, para infecções no pulmões, por exemplo.
Após os testes, os cientistas usaram um espectrômetro para avaliar a eficácia do método de aplicação de luz. As análises comprovaram a eficácia da pesquisa, que foi publicada em duas revistas científicas americanas.
“O que a gente viu que já deu certo, que a gente viu que já se tornou novamente sensível, a gente está indo para os testes pré-clínicos, que são em animais”.
REVEJA VÍDEOS DA EPTV:
Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.

  • New Page 1