Santa Catarina declarou emergência em saúde pública após o crescente número de casos de doenças respiratórias no estado. A medida foi oficializada no Diário Oficial de Santa Catarina nesta segunda-feira (29).
O estado de emergência
Segundo o documento, o decreto nº 574 declara a existência de “situação anormal”, caracterizada como situação de emergência em saúde pública em todo território.
De acordo com o texto a declaração foi feita para promover a prevenção e enfrentamento da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
O documento descreve ainda que a medida também é motivada pelo aumento significativo nas internações em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) neonatais, pediátricas e para adultos. Assim, os centros de atendimento estão ficando superlotados. Isso, segundo o decreto, representa um alto risco para a saúde da população.
O decreto também dá autorização para que a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde) possa pedir bens e serviços de entidades privadas e edite normas complementares para a situação.
Afinal, o que é SRAG?
De acordo com a Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais, a SRAG pode ser definida, na prática, como:
- Indivíduo com pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre de início súbito (termometrada ou não);
- Calafrios ou dor de cabeça;
- Tosse ou nariz escorrendo (coriza);
- Dor de garganta ou problemas no olfato ou no paladar;
- Dificuldade ou desconforto para respirar; ou sensação de peso ou pressão no peito;
- Ou menor oxigenação no sangue (saturação de oxigênio < 95%);
- Rosto ou lábios azuis ou arroxeados.
Em crianças, também podem ocorrer sinais como:
- Falta de ar;
- Desidratação;
- Menor apetite.
Ocupação de leitos
De acordo com o painel de ocupação de leitos em Santa Catarina, o estado já está com 93.07% de ocupação na manhã desta terça-feira (30).
A região com a maior ocupação é a Foz do Rio Itajaí, onde não há nenhum leito disponível. Em seguida vem a Grande Florianópolis, com 98.19%, e depois o Planalto Norte com 97.18%.