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Projeto de lei para privatização da Sabesp deve passar pela 2ª votação na Câmara de SP na quinta


Proposta que prevê adesão da capital foi aprovada em 1ª votação no dia 17 de abril. Justiça determinou que segunda votação só ocorra após o legislativo municipal apresentar laudo de impacto orçamentário e finalizar audiências públicas sobre o tema. Presidente da Casa, entretanto, diz não ver impeditivo. Sabesp
Ronaldo Silva/Ato Press/Estadão Conteúdo
O projeto de lei da Câmara Municipal de São Paulo que viabiliza a privatização da Sabesp na capital deve ir para a segunda votação na próxima quinta-feira (2).
No dia 17 de abril, a proposta foi aprovada em primeira votação pelo placar de 36 votos favoráveis e 18 contrários. A sessão ocorreu em meio a manifestações na galeria e discussão entre vereadores.
O cronograma pensado pelo presidente da Casa, o vereador Milton Leite (União Brasil), é realizar a nona audiência publica durante a manhã e iniciar a votação no plenário na tarde de quinta.
O presidente acredita que o projeto será aprovado, mesmo sob protesto e pressão, durante a noite.
Parte dos vereadores, entretanto, acredita que a votação pode se estender até sexta ou até mesmo sábado. “Imprevisível”, alegou Milton Leite à reportagem.
Determinação judicial
Na semana passada, a juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública da Justiça de São Paulo, determinou a suspensão da segunda votação até que seja feito um laudo de impacto orçamentário.
Segundo os Núcleos Especializados de Defesa do Consumidor e de Habitação e Urbanismo, ainda não foi apresentado.
A decisão também ordena que todas as audiências públicas previstas sejam realizadas antes da segunda votação, o que, segundo a Câmara, já está previsto no trâmite.
De acordo com a manifestação da Defensoria Pública de São Paulo, o calendário divulgado propôs a realização de sete audiências públicas a serem realizadas entre os dias 15 de abril e 27 de abril de 2024, no entanto, no dia 16 de abril, entre a primeira e a segunda audiências públicas, foi noticiado que iria ocorrer a primeira de votação (primeira de duas) no dia 17 de abril.
Portanto, no dia da segunda audiência pública também ocorreu a votação do PL, inviabilizando a participação popular.
Em sessão na Câmara na semana passada, o vereador Milton Leite alegou que os trâmites legais estão sendo cumpridos e que não há violação da determinação.
“Nós estamos cumprindo os trâmites legais. Não foi determinada a interrupção do processo, portanto, seguimos com plena tranquilidade.”
Primeira votação
O projeto de lei foi aprovado em primeira votação na (17) pelo placar de 36 votos favoráveis e 18 contrários. A sessão ocorreu em meio a manifestações na galeria e discussão entre vereadores.
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O texto aprovado contém mudanças na lei municipal para permitir que a capital mantenha o contrato de fornecimento com a empresa, mesmo depois da venda.
Vereadores que votaram a favor e contra a privatização da Sabesp nesta quarta-feira (17).
Divulgação/Rede Câmara
A votação foi marcada por provocações entre os parlamentares. Nas galerias, manifestantes em diversos momentos vaiaram vereadores favoráveis ao projeto, com gritos contra a privatização.
Veja os vereadores que votaram a favor da privatização da Sabesp na cidade de SP em 1°turno, e contra a proposta
Milton Leite (União Brasil), presidente da Casa, pediu silêncio aos manifestantes e ameaçou acionar a GCM para retirar o grupo do local.
Rubinho Alves (União Brasil), relator do projeto de lei, chegou a afirmar que estava faltando “bala de borracha” para os manifestantes (veja abaixo).
O projeto de lei que propôs a privatização da empresa pública foi aprovado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em dezembro de 2023 e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no mesmo mês.
Homem contrário à privatização da Sabesp é detido durante audiência da Câmara de SP
A Sabesp
Manifestação durante audiência pública do projeto de lei para a privatização da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo
Bruno Escolástico/E.Fotografia/Estadão Conteúdo
Atualmente, metade das ações da empresa está sob controle privado, sendo que parte é negociada na bolsa de valores B3 e parte na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos.
O governo de São Paulo é o acionista majoritário, com 50,3% do controle da empresa. O projeto, já aprovado na Alesp, prevê a venda da maior parte dessas ações, com o governo mantendo poder de veto em algumas decisões.
Em 2022, a empresa registrou lucro de R$ 3,1 bilhões. Desse montante, 25% foram revertidos como dividendos aos acionistas, R$ 741,3 milhões e R$ 5,4 bilhões, destinados a investimentos.
Atendendo, 375 municípios com 28 milhões de clientes, o valor de mercado da empresa chegou, em 2022, a R$ 39,1 bilhões.
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