O Governo do Paraná está com 1.014.223 doses aplicadas contra a gripe (Influenza) desde o começo da Campanha, em 25 de março. Com isso, o Estado chegou a 25,36% de cobertura vacinal dos grupos prioritários. Apesar do número colocar o Paraná em quinto lugar no ranking nacional de vacinação em relação aos demais estados, mais de 3,5 milhões de pessoas ainda não compareceram para receber a dose contra a doença e a cobertura é considerada baixa. Esse cenário é uma realidade da 20ª Regional de Saúde de Toledo e do município, que está com 18,75% de cobertura geral nos grupos prioritários.
Os dados da plataforma nacional do Ministério da Saúde são referentes à 26ª Campanha Nacional contra a Influenza, que segue oficialmente até o dia 31 de maio. A vacinação é direcionada aos públicos elegíveis, como idosos, crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade), gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores da saúde, professores, entre outros.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde Beto Preto, a meta do Paraná é chegar aos 90% de cobertura vacinal. “Então ainda temos muito trabalho pela frente. Queremos convocar aqueles que ainda não se vacinaram para que façam isso antes da mudança de temperatura e da chegada do frio”, frisa.
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A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Rosana Cerbarro, enfatiza que as vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, infelizmente, nenhum grupo atingiu 50%. “É uma situação preocupante, porque o inverno está chegando. Realmente, é preciso vacinar agora para começar o inverno imunizado. Assim, o organismo consegue reverter a vacina em imunização”.
Rosana explica que a vacina protege do agravamento da doença, das possíveis internações e, principalmente, dos óbitos. Contudo, a enfermeira lamenta que até a última segunda-feira (29), a cobertura geral dos grupos prioritários estava em 18,75%. “Um dado preocupante, porque a campanha terminará no dia 31 de maio. O idoso foi o público que sempre atingiu a cobertura por primeiro e isso não aconteceu até o momento”.
RESISTÊNCIA
Segundo o diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo Fernando Pedrotti, os dados de imunização da Influenza também são preocupantes nos demais municípios que compõem a Regional. Pedrotti explica que diversos fatores interferem a baixa cobertura. Um deles é a resistência. “Outros fatores deixar para fazer a vacina mais próximo do final do prazo, falta de conhecimento sobre a importância, a eficácia e a segurança”.
Ele ainda esclarece que a resistência a receber a vacina e o medo de que lhe seja aplicada a vacina Covid, por exemplo. “Isso é algo que jamais aconteceria, mas que temos tido relato de pessoas, exercendo seu direito, diga-se de passagem, que tem solicitado que lhe seja mostrado o frasco da vacina que está sendo aplicada”.
O diretor da 20ª Regional de Saúde menciona que ‘boatos’ também atrapalham na Campanha. “‘Boatos’ que teriam componentes da vacina contra a Covid ‘misturados’ na vacina contra Influenza. Isso é lamentável, pois sabemos que no inverno, de forma geral, as doenças respiratórias tendem a aumentar e também aumentam quanto a sua frequência. Por isso, a vacina é ofertada antes do inverno e a melhor ferramenta de prevenção”.
COBERTURA VACINAL
Até ao momento já foram aplicadas 17.286.961 em todo o País, que tem uma população-alvo de 75.811.681 pessoas, o que representa 25,88% de cobertura vacinal de gestantes, puérperas, idosos, crianças, povos indígenas vivendo em terras indígenas, entre outros. Na frente do Paraná em números absolutos estão os estados de São Paulo (4.152.97), Minas Gerais (2.090.585), Rio Grande do Sul (1.541.735) e Rio de Janeiro (1.462.969).
No ano passado, o público-alvo para a vacinação da gripe no Paraná contemplava 4.627.656 pessoas. Deste quantitativo, o Estado atingiu 55,40% de cobertura vacinal geral dos grupos prioritários e 52,61% de cobertura dos povos indígenas.
DOSES
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já recebeu 3.172.000 doses do imunizante para as 22 Regionais de Saúde, contemplando todos os 399 municípios. Elas são trivalentes, fabricadas pelo Instituto Butantan e possuem três tipos de cepas de vírus combinadas: A (H1N1); A (H3N2) e B (linhagem B/Victoria). Crianças que vão receber a vacina pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias. A partir de nove anos de idade é necessária apenas uma dose.
A vacina da Influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação e também com outros medicamentos, desde que as administrações sejam feitas com seringas e agulhas diferentes em diferentes locais. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os doadores de sangue que tiverem sido vacinados contra Influenza devem aguardar 48 horas após a vacinação para doarem.
Da Redação*
TOLEDO
*Com informações da AE Notícias
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