No dia do crime, testemunhas presenciaram Beliny Crispim da Silva, de 42 anos, agredindo a vítima e ouviram ele dizer que à ela que iria ‘aprender a respeitar homem’. Ele foi condenado a 16 anos e sete meses de reclusão. Bolsa e outros pertences da vítima encontrados no local do crime
Arquivo pessoal
O Tribunal do Júri condenou a 16 anos de prisão o frentista Beliny Crispim da Silva, de 42 anos, por matar a ex-companheira Lusveida Marieli Rondon Zuzarret, de 31 anos, com golpes de facão. O julgamento foi nessa segunda-feira (29). O crime aconteceu em abril do ano passado.
A vítima e o acusado tiveram um relacionamento de sete meses e eles estavam separados quando o crime ocorreu. No dia do crime, testemunhas presenciaram o suspeito agredindo a vítima e ouviram ele dizer que à ela que iria “aprender a respeitar homem”, segundo a Polícia Civil.
Motivado por ciúmes, ele atacou a vítima quando ela retornava para casa, no barirro Araceli, na capital. Lusveida foi morta com golpes de terçado, ela deixou órfão um casal de filhos, de acordo com a denúncia do Ministério Público de Roraima (MPRR).
“O Júri foi contundente e entendeu a importância de se punir exemplarmente crimes bárbaros como esse. É necessário que a sociedade continue combatendo o feminicídio, pois a violência praticada contra a mulher no país ainda alcança níveis inaceitáveis, a cada 06 horas uma mulher é morta por feminicídio no Brasil e Roraima detém um dos maiores índices proporcionalmente”, ressaltou o Promotor de Justiça, Joaquim Eduardo dos Santos.
Como o crime ocorreu no contexto da violência doméstica, o acusado foi condenado por feminicídio, com os agravantes de motivo torpe, agindo por meio cruel e utilizando emboscada, recurso que dificultou a defesa da vítima.
A pena total aplicada foi de 16 anos e sete meses de reclusão. Ele estava preso preventivamente desde a época do crime, permaneceu preso durante o processo e agora inicia o cumprimento da pena.
Beliny Crispim da Silva, de 42 anos, preso por femicídio em Boa Vista
Arquivo pessoal
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