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‘Love lies bleeding – O amor sangra’ provoca impacto ao misturar romance, suspense e fisiculturismo; g1 já viu


Filme foi um dos destaques da edição 2024 do Festival de Sundance. Kristen Stewart e Ed Harris são os grandes nomes do elenco. “Love lies bleeding – O amor sangra’, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quarta-feira (1º), teve sua primeira grande exibição no Festival de Sundance de 2024 e conquistou o público, tornando-se um dos destaques da conhecida mostra dos Estados Unidos. E não é para menos. O filme reúne uma série de qualidades notáveis, em especial uma ótima direção, elenco afiado e uma qualidade técnica que impressiona para uma produção independente.
O filme também é mais um passo para mostrar que Kristen Stewart é bem mais interessante e audaciosa como atriz. Especialmente para aqueles que suspeitavam que ela viveria de trabalhos semelhantes ao que fez durante a “Saga Crepúsculo”. Ao que parece, ela realmente quer deixar sua mais famosa personagem, Bella Swan, para trás.
Na trama, Stewart interpreta Lou Lou, uma gerente de uma academia do interior americano de pouca conversa e preocupada com a irmã, Beth (Jena Malone, da franquia “Jogos Vorazes”), vítima de um marido violento (Dave Franco, de “Artista do desastre”).
Assista ao trailer do filme “Love Lies Bleeding – O amor sangra”
Um dia, ela conhece Jackie (Katy O’Brian, de “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”), uma jovem que quer fazer sucesso no mundo do fisiculturismo. As duas se aproximam e acabam se apaixonando.
Só que um incidente inesperado faz com que o casal se meta em uma grande confusão e seja perseguido pela polícia e até pelo pai de Lou-Lou (Ed Harris, de “O show de Truman”), dono de um clube de tiro onde Jackie trabalha e ligado ao submundo da cidade.
Envolvidas em um verdadeiro jogo de gato e rato recheado de violência, as duas terão que fazer de tudo para sobreviver e saber se o que elas sentem uma pela outra realmente é para valer.
Kristen Stewart e Katy O’Brian vivem um casal em ‘Love lies bleeding – O amor sangra’
Divulgação
O poder do amor (e dos músculos)
“Love lies bleeding – O amor sangra” é um filme impressionante. É um longa tão bem trabalhado — na parte romântica, no suspense e até nos momentos mais surreais — que deixa o expectador atento a tudo o que acontece.
Um dos méritos disso está na ótima direção de Rose Glass. Em seu segundo filme como cineasta, depois da estreia em “Saint Maud” (2019), ela mostra pulso firme para realizar convincentes cenas da intimidade das protagonistas, que vão de sequências mais intensas às mais comuns, como a de um café da manhã.
Glass também impressiona nas cenas mais pesadas, deixando o público tenso com que acontece na tela, onde a diretora demonstra domínio total. Assim, as situações inesperadas que surgem na história quase nunca ficam ruins ou desnecessárias devido ao apuro da realizadora.
Até mesmo o famoso “jump scare”, o susto fácil que se tornou clichê em muitos filmes de terror de qualidade duvidosa, consegue a façanha de realmente surpreender e assustar.
Lou Lou (Kristen Stewart) se mete numa confusão no filme ‘Love lies bleeding – O amor sangra’
Divulgação
O roteiro, também escrito pela cineasta e por Weronika Tofilska (uma das diretoras do hit da Netflix “Bebê Rena”), chama a atenção por construir muito bem as reviravoltas da trama e ajuda a envolver o espectador com as provas de fogo pelas quais as protagonistas passam.
Além disso, a trama tem uma boa construção de personagens, que mesmo com suas excentricidades nunca parecem desinteressantes. Apenas uma cena, quase no final, quase põe tudo a perder por causa de um exagero desnecessário. Mas quem embarcar na proposta certamente não vai se incomodar.
Por ser um filme independente, chama a atenção a qualidade técnica de “Love lies bleeding”. Em especial o trabalho design de produção e figurinos, que mostra bem que o filme se passa na década de 1980. O departamento de cabelo e maquiagem também capricha, como no visual dos personagens (em particular, o de Ed Harris) e nas cenas mais sangrentas.
Os efeitos visuais também estão incríveis. Especialmente nas cenas em que a personagem de O’Brian sente seus músculos ficando maiores e em uma sequência que quem for ver o filme certamente não vai esquecer.
Jackie (Katy O’Brian) e Lou Lou (Kristen Stewart) se envolvem em ‘Love lies bleeding – O amor sangra’
Divulgação
Corações selvagens
Além de todas as qualidades já citadas, “Love lies bleeding” também conta com um ótimo (e enxuto) elenco. Stewart mostra uma excelente atuação durante todo o filme e uma boa química com O’Brian. Essa, por sua vez, chama a atenção toda vez que aparece e não é só pelo corpo musculoso. Ela demonstra um bom vigor dramático, especialmente depois da segunda metade do longa. Não fica muito difícil torcer para que o casal se dê bem no final.
O grande nome do elenco, no entanto, é Ed Harris. Desde o seu visual inusitado, assim como seu gosto peculiar por insetos, Harris deixa Lou realmente intimidador. Sempre que está em cena, não tem como sentir um certo temor pela sensação de que algo ruim pode acontecer.
Uma boa surpresa é a curta, porém importante, participação de Anna Baryshnikov, filha do bailarino Mikhail Baryshnikov, que interpreta uma pessoa que será crucial para o casal principal.
Ed Harris interpreta o perigoso Lou em ‘Love lies bleeding – O amor sangra’
Divulgação
Já a dupla formada por Malone e Franco está bem funcional, sem maiores brilhos. Menos numa sequência que se passa em um restaurante, onde os dois protagonizam uma cena bem angustiante e que mostra como a vida do casal de seus personagens é bem complicada.
“Love lies bleeding – O amor sangra” é uma ousada e inusitada história romântica com ingredientes de suspense que pode causar diversas reações. Menos deixar alguém indiferente. Ainda bem.
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