Três pessoas foram presas preventivamente na operação que investiga fraudes de R$ 19 milhões em Quilombo, no Oeste de Santa Catarina. Entre elas está o vereador Nereu Lima (PL).
Os detalhes foram informados em uma coletiva de imprensa no fim da manhã desta quinta-feira (2) pelo delegado Vinicius Ritterbuch da 5ª DECOR/Chapecó (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção).
O delegado responsável pela operação revelou detalhes da operação nesta quinta-feira (2). – Foto: Valeria Cenci/NDTV
Além das prisões, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Quilombo, São Lourenço do Oeste e também Pato Branco/PR.
Os dados das apreensões continuam sendo compilados, mas a estimativa da Polícia Civil é de que tenham sido apreendidos cerca de R$ 80 mil em espécie, carros, imóveis e documentos.
Segundo o delegado, além do vereador, os outros dois suspeitos não integram a Administração Municipal, mas seriam ligados a empresas da cidade de Quilombo. Os nomes não foram informados.
Ritterbuch também informou que duas servidoras de Quilombo foram afastadas. Os cargos e nomes não foram detalhados, pois, segundo o delegado, os dados estão em segredo de justiça.
A operação, intitulada “Desvio de Rota”, teve os primeiros elementos colhidos em 2021 e foi deflagrada apenas nesta quinta-feira (2). O foco da ação é o combate a fraudes em licitações, que chegam ao valor de R$ 19 milhões.
O vereador Nereu Lima (PL) do município de Quilombo foi preso na operação que investiga fraudes em licitações. – Foto: @nereunonolima/Instagram/Reprodução/ND
Contrapontos
A assessoria do PL/SC foi procurado pela reportagem do portal ND Mais e da NDTV, porém até as 11h desta quinta, não obtivemos resposta.
A prefeitura de Quilombo informou em nota que houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão de documentos na Secretaria de Obras e Serviços Urbanos do município. Conforme a prefeitura, os servidores presentes no momento da busca colaboraram entregando todos os documentos solicitados.
“Além desta busca, o município de Quilombo não recebeu qualquer outra intimação ou notificação, não tendo maiores informações, uma vez que se trata de processo sigiloso. Informa-se que o ente municipal continuará colaborando com as autoridades competentes”, diz a prefeitura em nota.
Também foi contatada a Câmara de Vereadores, a qual também não se manifestou sobre o caso. A defesa do vereador não foi encontrada até a publicação da reportagem. Os espaços seguem abertos para manifestação.
