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Temporal no RS: prefeitura de Caxias do Sul emite alerta sobre risco de rompimento da Represa Dal Bó

Durante a madrugada, sirenes e representantes do governo com megafones alertaram quem vive em locais que podem ser atingidos. RS decreta estado de calamidade pública por causa das chuvas
A prefeitura de Caxias do Sul emitiu um alerta no início desta quinta-feira (2) sobre o risco de rompimento da barragem do Complexo Dal Bó, que fica em uma área urbana — as comportas já estão 100% abertas.
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A barragem existe há mais de 90 anos e, segundo o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Caxias do Sul, nunca tinha chegado a esse nível. A estimativa é que só faltam 20 centímetros para transbordar.
Durante a madrugada, sirenes e representantes do governo com megafones alertaram quem vive em locais que podem ser atingidos. Essas áreas, a princípio, incluem três bairros de Caxias do Sul. Cerca de 30 famílias já saíram de casa às pressas.
Um gabinete de crise do governo municipal, com auxílio do Exército, foi criado para decidir as próximas ações. Algumas pessoas já estão abrigadas em casas de parentes ou em locais disponibilizados pela assistência social.
Calamidade pública
O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira (1º) pelos “eventos climáticos de chuvas intensas”. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado.
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) já causaram 24 mortes – números somados pela Defesa Civil e pela Brigada Militar. Além disso, deixaram 21 desaparecidos e tiraram mais de 14,5 mil pessoas de casa. No total, 147 cidades sofreram algum tipo de prejuízo.
O decreto destaca que o Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III — caracterizados por danos e prejuízos elevados.
Com a entrada em vigor, fica decretado que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas. Da mesma forma, poderá ser encaminhada solicitação semelhante por municípios, que serão avaliadas e homologadas pelo estado.
O Decreto deve vigorar por 180 dias de acordo com o governo do Rio Grande do Sul.
Chuva histórica
‘Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates’, diz Leite sobre temporais no RS
O governador do Rio Grande do Sul disse nesta quarta (1º) que o temporal que atinge a região desde segunda-feira (29) “será o maior desastre do estado”. Eduardo Leite (PSDB) comparou a situação com as tragédias de 2023, que mataram dezenas de pessoas, e admitiu a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas.
“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, disse.
O governador pediu que as pessoas que vivem nas cidades afetadas saiam de casa, porque as forças de segurança não conseguem chegar a todos os locais para resgate.
O governo anunciou ainda a suspensão das aulas na rede pública estadual. A medida vale na quinta (2) e na sexta-feira (3) em escolas de todo o Rio Grande do Sul. A previsão do tempo alerta para risco de chuva por, pelo menos, mais 36 horas no RS.
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Ajuda federal
Na terça (30), o governador chegou a pedir “urgência” da ajuda federal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Força Aérea enviou helicópteros, mas o resgate foi difícil em razão das condições climáticas. O presidente veio a Santa Maria, na Região Central do estado, na manhã desta quinta-feira (2) e disse que não falta recursos para auxiliar o estado.
“É um momento de enfrentamento como de uma guerra, que não tem um inimigo a ser combatido, mas que tem obstáculos críticos para serem superados”, falou Leite.
Em três eventos climáticos no ano passado, o estado registrou 75 mortes. A tragédia no Vale do Taquari, em setembro, deixou 54 vítimas. A mesma região está sendo atingida pelos temporais desta semana, que também ocorrem no Vale do Rio Pardo, Vale do Caí e Região Central do estado, em Santa Maria.
“[Em 2023] Nós tivemos uma enxurrada, mas, em seguida, o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate e salvar centenas de vidas naquelas condições. Neste momento, nós estamos tendo muitas dificuldades operacionais para colocar as equipes em campo”, afirmou o governador.
Barragens
Eduardo Leite ainda falou do risco de rompimento da barragem Quatorze de Julho, na Serra do RS.
“Caso continuem as chuvas, nós podemos ter um risco real de rompimento dessa barragem. Municípios que são afetados são Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Teresa, Muçum”, alertou.
O estado tem um plano de evacuação da região, segundo Leite.
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