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Temporais no RS: estado deve registrar mais chuvas até sábado

Volumes previstos entre 300 mm e 400 mm mais ao Centro-Norte gaúcho. Além da frente fria, uma baixa pressão deve se formar, intensificando as nuvens de temporais. Chuvas no RS: entenda as causas de uma das piores tragédias climáticas no estado
As chuvas no Rio Grande do Sul devem continuar na tarde desta quinta-feira (2). O alerta para temporais vale para quase todo o estado — principalmente, no Centro-Norte gaúcho, onde a chuva deve ser mais volumosa e com ventos de até 100 km/h.
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Segundo o Climatempo, até sábado (4) pode chover entre 300 mm e 400 mm. Só nesta quinta-feira (2), deve chover mais que a média para o mês em pelo menos em 4 cidades:
Soledade: 200,0 mm (153,0 mm previsão para o mês)
Bento Gonçalves: 180,0 mm (106,0 mm previsão para o mês)
Torres: 160,0 mm (121,1 mm previsão para o mês)
Porto Alegre: 120,0 mm (112,1 mm previsão para o mês)
Até sábado (4) ainda pode chover muito — volumes previstos entre 300 mm e 400 mm mais ao Centro-Norte do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. Além da frente fria, uma baixa pressão deve se formar, intensificando as nuvens de temporais.

Rompimento de barragem
A barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, se rompeu parcialmente na tarde desta quinta-feira (2). A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) nas redes sociais.
“Recebemos, há pouco tempo, a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari”, afirmou o governador Eduardo Leite.
Em nota, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) informou que o ocorrido se deu “devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado”.
O que causou os temporais?
➡️ Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima. E a tendência é de piora por conta da previsão de mais chuva.
💨 Havia um cavado, que é uma corrente intensa de vento, agindo sobre a região, o que fazia com que o tempo ficasse instável;
💧 Isso se somou a um corredor de umidade vindo da Amazônia, que aumentou a força da chuva;
🚫 O cenário foi agravado por um bloqueio atmosférico, reflexo da onda de calor, que fez com que o centro do país ficasse seco e quente, deixando a chuva concentrada nos extremos.
“Toda essa combinação de fatores leva a essa quadro de chuvas muito intensas que perdurará pelo menos até domingo”, explicou Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do CPTEC-Inpe.
Nas três bacias monitoradas pelo Serviço Geológico do Brasil, a situação é essa: transbordamento de rios em 7 cidades na Bacia do Taquari; 5 na Bacia Caí; 1 na Bacia Uruguai. A tendência é que o nível suba mais.
Volumes previstos entre 300 mm e 400 mm mais ao Centro-Norte gaúcho. Além da frente fria, uma baixa pressão deve se formar, intensificando as nuvens de temporais. Essa chuva forte que atinge o Rio Grande do Sul avança para parte de Santa Catarina e Paraná, mas a pior condição é para as cidades gaúchas.
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Rio Grande do Sul decreta estado de calamidade pública
Calamidade pública
O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira (1º) pelos “eventos climáticos de chuvas intensas”. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado.
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) já causaram 24 mortes – números somados pela Defesa Civil e pela Brigada Militar. Além disso, deixaram 21 desaparecidos e tiraram mais de 14,5 mil pessoas de casa. No total, 147 cidades sofreram algum tipo de prejuízo.
O decreto destaca que o Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III — caracterizados por danos e prejuízos elevados.
Com a entrada em vigor, fica decretado que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas. Da mesma forma, poderá ser encaminhada solicitação semelhante por municípios, que serão avaliadas e homologadas pelo estado.
O Decreto deve vigorar por 180 dias de acordo com o governo do Rio Grande do Sul.
Chuva histórica
‘Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates’, diz Leite sobre temporais no RS
O governador do Rio Grande do Sul disse nesta quarta (1º) que o temporal que atinge a região desde segunda-feira (29) “será o maior desastre do estado”. Eduardo Leite (PSDB) comparou a situação com as tragédias de 2023, que mataram dezenas de pessoas, e admitiu a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas.
“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, disse.
O governador pediu que as pessoas que vivem nas cidades afetadas saiam de casa, porque as forças de segurança não conseguem chegar a todos os locais para resgate.
O governo anunciou ainda a suspensão das aulas na rede pública estadual. A medida vale na quinta (2) e na sexta-feira (3) em escolas de todo o Rio Grande do Sul. A previsão do tempo alerta para risco de chuva por, pelo menos, mais 36 horas no RS.
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Ajuda federal
Na terça (30), o governador chegou a pedir “urgência” da ajuda federal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Força Aérea enviou helicópteros, mas o resgate foi difícil em razão das condições climáticas. O presidente veio a Santa Maria, na Região Central do estado, na manhã desta quinta-feira (2) e disse que não falta recursos para auxiliar o estado.
“É um momento de enfrentamento como de uma guerra, que não tem um inimigo a ser combatido, mas que tem obstáculos críticos para serem superados”, falou Leite.
Em três eventos climáticos no ano passado, o estado registrou 75 mortes. A tragédia no Vale do Taquari, em setembro, deixou 54 vítimas. A mesma região está sendo atingida pelos temporais desta semana, que também ocorrem no Vale do Rio Pardo, Vale do Caí e Região Central do estado, em Santa Maria.
“[Em 2023] Nós tivemos uma enxurrada, mas, em seguida, o tempo nos deu condição de entrar em campo para fazer socorro, resgate e salvar centenas de vidas naquelas condições. Neste momento, nós estamos tendo muitas dificuldades operacionais para colocar as equipes em campo”, afirmou o governador.
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