Thallya Beatriz faleceu no dia 26 de abril e mãe cobra explicações. Apuração deve ser concluída em 30 dias. Thallya Beatriz tinha 4 anos
Juliana da Silva/Arquivo Pessoal
A Prefeitura de Divinópolis abriu nesta sexta-feira (2) uma sindicância para apurar a morte de Thallya Beatriz, de quatro anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto Cordeiro Martins, há uma semana.
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Segundo o Município, a sindicância será conduzida por médicos que não fazem parte do corpo clínico da UPA e deverá ser concluída no prazo de 30 dias.
“Em caso de identificação de alguma irregularidade, o relatório conclusivo da comissão fundamentará as medidas corretivas e saneadoras necessárias”.
A mãe de Thallya esteve no plenário da Câmara Municipal de Divinópolis e cobrou novamente por explicações.
“Eu não estou vivendo, não como, não durmo. Tenho mais três filhos para criar. Mas eu quero justiça. Sei que não vai trazer a Thallya de volta, mas eu quero saber o porquê minha filha morreu”, desabafou.
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Pais pedem explicações
Criança de quatro anos morre na UPA de Divinópolis; mãe cobra explicações
Em entrevista à TV Integração, a mãe Juliana da Silva contou que esteve na UPA com a filha no dia 24 de abril. “Ela chegou com dor na perna, não tinha febre, não tinha mais nada. Era só dor na perna e um inchaço no olho”, disse a mãe.
Ainda na quarta-feira, segundo a mãe, a menina passou por exames de urina e de dengue na UPA.
“Assim que o exame ficou pronto, eu voltei para a sala. Aí ela (médica) me tratou melhor e disse que estava tudo bem nos exames, que não deu nada, mas disse para tirar um raio-x. Foi feito o raio-x e ela passou soro e dipirona na veia. Depois, voltei e ela disse que não tinha nada, que podia ir embora. Se minha filha não tinha nada, porque ela passou (receitou) a amoxicilina?”, contou.
A mãe retornou à UPA com a filha na sexta-feira.
“Ela estava suando, suando, suando. Tomou banho em casa e arrumei o cabelinho dela. Fui para UPA. Na hora da triagem, eles mediram a saturação dela. Eu perguntei se a saturação dela estava boa e falaram que estava. Mediu ela e estava com 35º, não estava com febre. Minha filha não estava convulsionando. Tirou a glicose dela, e perguntei e estava boa a glicose. Na hora que eu saí da sala, que eu sentei com a minha filha, ela foi sumindo. Eu corri, eles mandaram voltar para a sala da triagem, aí eu corri com ela lá pra dentro, que eles viram. Aí minha filha estava tendo parada e entrou todo mundo. Daí minha filha não saiu mais, saiu morta”, declarou Juliana da Silva.
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Segundo os pais, no documento de Declaração de Óbito consta que a morte da menina ocorreu devido/ou como consequência de uma crise convulsiva. “Minha filha nunca teve crise convulsiva”, disse a mãe.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa, informou que a “criança deu entrada na UPA com quadro convulsivo e febril, tendo, infelizmente, evoluído para óbito”.
Ainda segundo a nota, o Ibrapp, gestor da UPA, esclareceu “que a criança foi atendida na unidade de pediatria 15 (quinze) minutos após sua chegada na unidade. Durante o atendimento a criança foi encaminhada para o setor de emergência, tendo sido assistida pelos pediatras da unidade e por outros profissionais médicos que também colaboraram no atendimento”.
O Ibrapp também informou que a criança teve passagem anterior pela unidade, com registro de realização de vários exames solicitados pela profissional pediatra, sem que os mesmos tenham apresentando qualquer alteração.
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