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Capitão da PM suspeito de envolvimento no assassinato de casal se apresenta à Polícia


Oficial da PM Helton John Silva de Souza, de 48 anos, era chefe da equipe de segurança do governador, mas foi afastado. Ele estava junto com suspeitos no dia em que Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim foram mortos a tiros, aponta investigação da Polícia Civil. O capitão da Polícia Militar (PM) Helton John Silva de Souza, de 48 anos, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (2). Ele é um dos investigados por envolvimento no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no dia 23 de abril, no interior de Roraima.
Helton esteve na Delegacia de Repreensão e Combate ao Crime Organizado (DRCO) acompanhado de um advogado. Embora tenha sido citado como suspeito, não há mandado de prisão contra o capitão e ele não era considerado foragido. Além dele, outros dois suspeitos de participação no crime estão presos.
No dia do crime, o capitão ocupava a função de coordenador da equipe de segurança do governador do estado, conforme investigação da Polícia Civil que a Rede Amazônica teve acesso. Mas, seis dias depois do ataque ao casal, foi afastado e colocado à disposição da Polícia Militar.
Procurado pelo g1, o governo disse que a Casa Militar “ao ser comunicada a respeito do processo investigatório sobre o referido militar, tomou providência imediata de afastá-lo e exonerá-lo das funções que exercia junto à equipe de segurança.”
Capitão Helton John Silva de Souza, de 48 anos, era chefe da segurança do governador de Roraima
Arquivo pessoal
O capitão também foi procurado sobre o assunto, mas não enviou resposta até a última atualização da reportagem.
A Polícia Militar, por sua vez, disse que ainda não foi informada oficialmente sobre a investigação, mas que a Corregedoria-Geral “continuará acompanhando o caso e tomará todas as providências para que o fato seja esclarecido e que todas as ações legais necessárias sejam tomadas em conjunto com as autoridades judiciais.”
Vítima gravou voz do capitão antes de morrer
Na apuração sobre o duplo homicídio, investigadores do caso identificaram que o capitão Helton estava junto com os suspeitos no dia em que o casal foi assassinado na propriedade onde morava.
A polícia acredita que o crime foi motivado por disputa de terras envolvendo o produtor rural Caio de Medeiros Porto, amigo próximo do Helton, também investigado. O g1 tenta contato com Caio.
A suspeita de que Helton estava com Caio no dia dos disparos surgiu de uma gravação feita por Flávia antes de ser baleada. Umas das vozes captadas, conforme a investigação, era a dele.
“Capitão Helton, previamente lotado na Casa Militar e responsável pela segurança institucional do Governador do estado de Roraima, foi objeto de uma investigação que incluiu a comparação técnica de áudios extraídos de seu grupo de trabalho. Apesar disso, colegas de trabalho e membros do grupo de futebol ao qual pertence garantem, com convicção absoluta, que a voz presente no vídeo é de fato a de Helton”, cita trecho da investigação que a reportagem teve acesso.
A gravação foi feita por Flávia e revelou que houve uma conversa entre o casal e os suspeitos. No registro dá para ouvir o disparo de seis tiros foram em cerca de 15 segundos, além de gritos das vítimas feridas. Ouça:
Áudio registra conversa e seis tiros em 15 segundos no assassinato de casal em disputa por
O material da investigação que suspeita do envolvimento do capitão da PM foi elaborado à pedido do delegado do caso, João Luiz Evangelista Batista dos Santos, titular da Delegacia Geral de Homicídios, onde o crime é investigado.
A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão de Caio, amigo do capitão. Mas, ainda não há decisão.
Dois investigados, Genivaldo Lopes Viana, de 53 anos, e Luiz Lucas Raposo da Silva, de 35 anos, foram presos suspeitos de envolvimento no assassinato do casal. O advogado deles, Ednaldo Vidal, disse que vai provar a inocência dos dois. Afirmou ainda que pediu à Justiça a liberdade por meio de habeas corpus.
O ataque aconteceu na vicinal do Surrão, na propriedade do casal. Jânio foi atingido no abdômen e morreu um dia depois do crime, na quarta-feira (24). A esposa dele, baleada na cabeça e na boca, morreu cinco dias depois, no domingo (28), no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde ficou internada em estado grave na UTI.
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