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Como é realizada a consulta com um oncologista clínico?


Não são somente as pessoas diagnosticadas com algum tipo de câncer que podem se beneficiar da visita ao especialista Uma investigação diagnóstica pode ser realizada por um oncologista mesmo em pacientes sem diagnóstico confirmado
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Muitas pessoas se perguntam se o oncologista clínico somente atende pessoas com diagnóstico confirmado de câncer. E a resposta é: Nem sempre.
Cada vez mais, esse especialista tem sido procurado para orientações de pessoas assintomáticas para solicitação de exames de “screening” para determinados tumores passíveis de rastreio em conformidade com a faixa etária apropriada.
É necessário levar em consideração o perfil epidemiológico da população brasileira, e a presença, ou ausência, de fatores predisponentes individuais/familiares de câncer. Pode ser necessário também que o oncologista oriente sobre lesões benignas diagnosticadas, e se estão ou não envolvidas com maior risco de desenvolvimento do câncer, estabelecendo diretrizes de acompanhamento, caso necessário, e esclarecendo dúvidas pertinentes.
Desta forma, o oncologista pode ser procurado por pessoas com ou sem diagnóstico de câncer, estendendo sua ação para condições clínicas individuais predisponentes a esta patologia, orientando exames de rastreio, se cabíveis, além de esclarecer sobre hábitos de vida saudáveis (prevenção de fatores de risco), ou mesmo sugerindo uma avaliação com o oncogeneticista.
Uma anamnese criteriosa é parte do processo de conhecer o histórico de saúde do paciente
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A investigação diagnóstica deve ser feita a partir de sinais e sintomas específicos, devidamente retratados através de uma anamnese criteriosa e realização de exame físico direcionado. Os exames complementares serão solicitados a partir da formulação de uma hipótese diagnóstica, culminando com a realização de biópsia para coleta de material apropriado. Para tanto, podem ser necessários exames laboratoriais, imaginológicos, endoscópicos ou até videolaparoscópicos.
O diagnóstico de confirmação do câncer é feito, na maioria das vezes, através da análise histopatológica de lesão encontrada nos exames complementares. Cada vez mais temos tido necessidade de análises mais pormenorizadas das células tumorais, através de técnicas mais aprimoradas, disponíveis na era da Medicina de Precisão (imunohistoquímica, pesquisa de mutações gênicas em produto tumoral, expressões anômalas de proteínas, etc). Desta forma, cada vez mais, é possível conhecer as peculiaridades dos tumores e sua expressão diferenciada em cada paciente, guiando prognóstico e permitindo tratamentos mais individualizados e assertivos.
A primeira consulta com o oncologista deve ser o momento adequado para se obter o máximo de esclarecimentos possíveis e, assim, gerar autoconfiança para encarar as etapas seguintes.
A colaboração do paciente é fundamental, trazendo dados clínicos precisos para a construção de hipóteses diagnósticas, permitindo o prosseguimento na investigação com os exames adequados e elaboração de planejamento terapêutico individualizado.
Como se preparar para a primeira consulta com o oncologista?
Além de anotar todas as suas dúvidas para perguntar ao médico oncologista, o paciente deve apresentar o histórico detalhado das doenças incidentes na família e, assim, facilitar a identificação de possíveis fatores hereditários ou hábitos que possam ter contribuído para o surgimento ou o agravamento da doença. São válidas as seguintes dicas:
Se possível, vá acompanhado na consulta, de preferência por alguém da família. Além de, muitas vezes, isso trazer mais segurança, pode ficar mais fácil compreender e guardar as orientações médicas;
Organize os documentos e exames em ordem cronológica, pois isso facilita a visualização do médico e a compreensão mais rápida do quadro clínico;
Não se esqueça de mencionar os casos de câncer na família, quando houver;
Informe se possui alguma doença crônica, cirurgias prévias, se utiliza medicações de uso contínuo (com as doses e forma de tomar), sem esquecer de citar se tem alergias (medicamentosas ou alimentares);
Lembrar-se de levar cartão vacinal para checagem de vacinas realizadas para orientação quanto à atualização do calendário vacinal.
Essa é a melhor forma de ajudar o médico a lhe ajudar!
Se quiser, peça indicações ao seu médico de sites e livros, para que você possa obter informações fidedignas sobre a sua doença. Da mesma forma que existem informações de qualidade na internet, também há muito conteúdo incorreto que pode desencadear um estresse desnecessário.
Saber que não estará sozinho nesta jornada e que a informação correta deve ser transmitida por quem tem formação técnica para tanto, é a melhor forma para se conseguir um enfrentamento positivo das situações.
Pesquisas sugerem que pessoas em estado emocional equilibrado, recebem o diagnóstico e fazem o tratamento oncológico com mais otimismo e tranquilidade, tendo maiores chances de alcançarem bons resultados. Vale lembrar que nossas emoções interferem na nossa produção hormonal e em nossa resposta imune, que, por sua vez, podem interferir no tratamento.
Tenha confiança em si mesmo, em sua rede de apoio e nos profissionais que irão te assistir. Busque a espiritualidade para que seu reservatório de esperança esteja sempre abastecido!
Tatyene Nehrer de Oliveira | CRMMG 34.218 | Oncologista Clínica
Solus Oncologia
Tatyene Nehrer de Oliveira
Oncologista Clínica
CRMMG 34218
RQE 12913
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