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Zoológico de São Paulo ganha centro de preservação das ararinhas azuis


O novo centro de conservação, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, tem ambulatório, sala de nutrição e um espaço para os filhotes. É um investimento na reprodução dessa ave brasileira que desapareceu da natureza e só existe em cativeiro. Zoológico de São Paulo ganha centro de preservação das ararinhas azuis
Jornal Nacional/Reprodução
O Zoológico de São Paulo ganhou um centro de preservação de uma espécie que só se vê, atualmente, em cativeiro: a ararinha azul
A casa nova tem decoração temática e um tratamento cuidadoso. As 27 ararinhas azuis recebem alimentação balanceada.
“Essa espécie tem uma facilidade de ganhar peso, de engordar. Então, tudo tem que ser medido. A gente pesa a sobra também para ter um controle exatamente do que elas estão comendo. Senão elas exageram”, conta o tratador Leandro Vitor.
Nem todas as refeições – com frutas e sementes – vêm assim de bandeja. Parte dos alimentos é colocada dentro de trouxinhas para que as aves gastem energia tentando comer o que tem lá dentro.
São 18 machos e 9 fêmeas. O novo centro de conservação, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, tem ambulatório, sala de nutrição e um espaço para os filhotes. Eles são o resultado esperado desse trabalho para tentar aumentar a população de ararinhas azuis, que desapareceram da natureza há mais de 20 anos.
“Eles são endêmicos da caatinga, que é um bioma que só existe no Brasil, e a caatinga é um ambiente bastante frágil. Essa destruição do ambiente ajudou a causar a extinção. Ararinha é uma ave muito desejada, rara, cara. Ainda existe um interesse do tráfico internacional nas ararinhas azuis”, afirma Priscilla do Amaral, coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – Cemave.
As aves foram trazidas em agosto de 2023 de uma instituição em Minas Gerais. De tão raras, tiveram escolta da Polícia Rodoviária Federal.
Os biólogos do Zoológico de São Paulo consideram que as ararinhas azuis já estão adaptadas ao novo ambiente, oito meses depois da chegada delas. E o principal sinal disso está em uma área onde é necessário usar proteção para evitar contaminar as aves: é onde ficam os ninhos, que pelo menos dois casais têm passado bastante tempo bem juntinhos.
Câmeras instaladas dentro dos ninhos mostram que o clima é de namoro.
“A gente tem três casais que sabidamente já reproduziram e três casais que ainda não. E a gente precisa formar novos casais também com os indivíduos jovens que a gente tem aqui. Eles se escolhem. Isso é a melhor técnica que tem para a gente formar casais bons reprodutores, porque eles se escolhem”, explica a bióloga Fernanda Guida.
Reintegrar as ararinhas azuis à natureza pode levar décadas, segundo os biólogos, mas eles têm esperança de que essas aves um dia troquem esse pedaço de Mata Atlântica em São Paulo pelo seu habitat natural: a caatinga no sertão da Bahia.
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