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Temporais no RS: grupo formado por bombeiros, Defesa Civil, FAB e PMs de vários estados trabalha nos resgates


O foco do grupo de resgate é encontrar quem está mais vulnerável. A coordenação de todas as equipes que atuam no Rio Grande do Sul é feita pelas autoridades gaúchas. Força-tarefa trabalha 24 horas para resgatar pessoas ilhadas no Rio Grande do Sul
Uma força-tarefa formada pelos bombeiros, agentes da Defesa Civil, policiais militares de vários estados e a Força Aérea Brasileira trabalha dia e noite para resgatar pessoas ilhadas pelo temporal que atinge o Rio Grande do Sul. Mais de 35 pessoas morreram e pelo menos 70 estão desaparecidas.
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O foco do grupo de resgate é encontrar quem está mais vulnerável. Duas grávidas, que foram socorridas na quinta-feira (2), entraram em trabalho de parto e deram à luz os bebês, por exemplo. Da cidade de Restinga Seca, elas foram levadas de helicóptero para o Hospital de Santa Maria.
Os resgates também se concentram onde moradores ficaram totalmente ilhados por inundações.
“A gente prioriza nas missões não só de gestantes como feridos, estamos trazendo bastante pessoas pra fazer hemodiálise”, acrescentou o tenente.
Os policiais militares paulistas trabalharam a bordo do Águia desde quinta-feira.
“A baixa visibilidade e o teto baixo, que são as nuvens baixas, ainda tem sido um desafio grande pra gente conseguir chegar a alguns locais”, afirmou tenente Luiz Miranda, piloto do Águia da Polícia Militar de SP.
Na noite de quinta, o Corpo de Bombeiros de SP fez uma série de resgates na Ilha da Pintada, em Porto Alegre. Ao todo 14 pessoas foram retiradas das casas.
Coordenação gaúcha
A coordenação de todas as equipes que atuam no Rio Grande do Sul é feita pelas autoridades gaúchas. Os reforços vindos das Forças Armadas e de outros estados estão distribuídos pelas regiões mais críticas. A ajuda humanitária chega por Porto Alegre e depois é levada para as outras áreas do estado, para comandos regionais.
Um dos comandos regionais está em Estrela, onde atua a Defesa Civil Paulista. A equipe orienta pessoas em áreas de risco, ajuda na distribuição das doações e organização de abrigos.
O capitão Roberto Farina, da Defesa Civil de São Paulo, disse que o grupo dele já orientou mais de 300 pessoas desde que chegou em Estrela: “Nós temos o registro de que cerca de 50% da cidade estava submersa, bairros inteiros tinham sido submersos pela água do rio”.
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Calamidade
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
“Serão dias difíceis. Pedimos que as pessoas saiam de casa. O nosso objetivo é salvar vidas. Coisas serão perdidas, mas devemos preservar vidas. Nossa prioridade é resgatar as pessoas. Em relação ao restante, nós daremos um jeito posteriormente”, disse o governador Eduardo Leite (PSDB), que já afirmou que o temporal é “o maior desastre do estado” e que o Rio Grande do Sul vive uma “situação de guerra”.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
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O órgão soma cerca de 31.547 pessoas fora de casa, sendo 7.949 pessoas em abrigos e 23.598 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.
Cheia do Rio Taquari no Rio Grande do Sul
Diego Vara/Reuters
Bacias hidrográficas com risco de inundação severa no RS
Defesa Civil/Divulgação
Recorde de 1941
No Guaíba, em Porto Alegre, o nível da água já passou dos 4,5 metros e avançou sobre ruas e avenidas, provocando alagamentos em trechos da Orla, na Zona Sul, bem como das avenidas Mauá e Conceição, no acesso a Capital. A estação rodoviária de Porto Alegre está alagada, o que suspendeu 95% da viagens.
É a maior enchente desde 1941. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) informou que, na madrugada desta sexta, a estação hidrometeorológica instalada no Cais Mauá, em Porto Alegre, apresentou problemas na leitura. O órgão diz que técnicos do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento estão, junto com a Defesa Civil, averiguando o nível “in loco”, e que trabalha para retomar o acesso e disponibilização dos dados o mais breve possível.
A perspectiva é que o Guaíba continue subindo, podendo superar 5 metros.
“As nossas projeções ainda indicam que ele vai ultrapassar a cheia de 1941, atingindo 5 metros no período do final da tarde de sexta-feira (3) também”, diz Pedro Luiz Camargo, hidrólogo da Sala de Situação do RS.
A cota de inundação é de 3 metros. Por conta disso, a Defesa Civil emitiu um alerta para “inundação extrema”. A orientação é para que a população evite todas regiões próximas ao Guaíba e locais de risco.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre divulgaram que os estabelecimentos comerciais foram orientados a fechar no Centro Histórico e também no 4º Distrito.
O Internacional anunciou o fechamento do Centro de Treinamento (CT) Parque Gigante, que fica às margens do Guaíba. A iniciativa foi tomada para garantir a segurança de atletas e funcionários do clube.
Já o Centro de Treinamento Luiz Carvalho, do Grêmio, também sofre com os efeitos das fortes chuvas. A água atingiu o complexo gremista e inundou completamente a Rua João Moreira Maciel, onde fica a entrada do CT.
Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
A previsão é de que a condição se mantenha até o sábado (4) com acumulados que podem chegar até 400 milímetros. O volume deve se somar aos mais de 300 milímetros de chuva registrados nos últimos 4 dias.
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Força-tarefa trabalha 24 horas para resgatar pessoas ilhadas no Rio Grande do Sul
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