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Trabalhador rural encontra cobra em telhado e diz que vai deixá-la para comer morcegos: ‘Isso aqui resolve’


Edvaldo Rodrigues disse que encontrou a animal em uma antiga casa que usa como depósito na propriedade. Especialista disse que é batente incomum para espécie comer morcegos. Trabalhador rural encontra cobra dentro de casa na fazenda
O criador de conteúdo e trabalhador rural Edvaldo Rodrigues, na segunda-feira (22) registrou uma cena peculiar em uma casa na propriedade em que trabalha, uma fazenda a cerca de 200 km de Pindorama do Tocantins, na região central do estado. Uma cobra estava no telhado de um dos quartos.
Segundo Edvaldo ele conseguiu reconhecer que a cobra é da espécie caninana e apesar de chamar a atenção é inofensiva.
Em entrevista ao g1 Edvaldo disse que no dia que a cobra foi avistada ele e alguns parentes estavam lidando com o gado. “Essa é uma casinha que a gente guarda uns materiais e ferramentas para o gado. Nesse dia dois primos meus de Minas Gerais foram visitar e os chamei para ir lá, quando estava mostrando a casinha para eles vi a caninana”, explicou o trabalhador.
Com a experiência da roça, Edvaldo disse que já reconheceu a espécie. “Como eu saiba que ela é uma cobra inofensiva, ela até come outras cobras, tive a ideia de filmar para o Instagram”.
Cobra no teto de produtor rural é uma caninana
Reprodução
Além de dizer que ela come outras cobras, o lavrador também comenta no vídeo que ela vai ajudá-lo comendo os morcegos que estão no telhado.
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O biólogo, mestre em herpetologia e em zoologia e consultor ambiental, Silionamã Dantas explicou que os morcegos não fazem parte da alimentação dessa espécie. “Não digo que não haja outros casos, mas particularmente desconheço e na literatura também não conheço nenhum relato”, disse.
O especialista disse que outras cobras realmente podem fazer parte do cardápio da caninana. “A Spilotes pullatus (caninana) pode se alimentar de uma série de presas, aves, pequenos mamíferos especialmente. Eventualmente pode predar, cobras, lagartos e anfíbios”.
Foto tirado da um animal da espécie encontrada pelo trabalhador rural
Arquivo pessoal/Silionamã Dantas
Segundo o biólogo, Edvaldo estava certo sobre a cobra não ser uma ameaça.
“É inofensiva para o ser humano, pois possui dentição ‘áglifa’ que é um tipo de dentição não caniculada ou seja, não possui um orifício por onde passaria o veneno, como ocorre em jararacas com dentição “solenóglifa”. Além disso, possui dentes bem pequenos. Por outro lado, alguns indivíduos costumam ser bem agressivos, que pode ser entendido como uma forma de defesa do animal,” detalhou o biólogo.
A espécie, segundo Silionamã, pode chegar a 2,5 metros e ocorre em quase todo território nacional. O biólogo explica que mesmo o animal não sendo um perigo, tocar nele pode causar pequenos problemas. “Como um dos animais que a espécie preda são os ratos, sempre há perigo de infecção bacteriana”.
O biólogo ainda explicou que o ideal no caso das serpentes é nunca manejar, seja qual for a espécie, sempre que possível acionar o Corpo de bombeiros, Polícia Militar Ambiental ou um biólogo que tenha conhecimento sobre esses animais
*Arthur Girão, estagiário, sob supervisão de Vilma Nascimento.
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