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Casos de dengue em Juiz de Fora em 2024 ultrapassam os registrados em todo o ano de 2023


Até sábado (4) a cidade confirmou 6.113 casos de dengue neste ano. Já ao longo de todos os meses de 2023, foram 1.519 registros. Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Reprodução/RBS TV
Em pouco mais de cinco meses, Juiz de Fora já registrou mais notificações de casos confirmados de dengue em 2024 do que em todo o ano passado, segundo dados do painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG).
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Até sábado (4), a cidade confirmou 6.113 casos de dengue neste ano. Já ao longo de todos os meses de 2023, foram 1.519 registros.
Além disso, o município tem três óbitos confirmados e outras oito mortes em investigação. No que se refere aos casos prováveis da doença, são 8.846 até o momento.
De acordo com a Prefeitura, os bairros com a maior incidência de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, são:
Centro;
Monte Castelo (Zona Norte);
São Mateus (Zona Sul);
Santo Antônio (Zona Sudeste);
São Pedro (Zona Oeste).
“Quando identificado um bairro ou região com maior incidência de número de casos, a Prefeitura direciona a força de trabalho, intensificando a ação dos agentes de combate a endemias, procedendo com bloqueios químicos e controle vetorial e também com os mutirões de limpeza, através do programa Boniteza”, explicou o Executivo.
Por que esse aumento de casos de dengue em 2024?
De acordo com o Ministério da Saúde, a projeção do aumento de casos da doença se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
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Em entrevista ao g1, o infectologista Marcos Moura explicou que é normal ter epidemias de dengue de tempos em tempos.
“Depois de um período uma nova população é susceptível, ou seja, crianças nascem, jovens e vão ter novos quadros de doença. Ou também em uma situação de circulação de um outro tipo viral, por exemplo, a pessoa pode ter tipo 1 e depois de um tempo aparece tipo 2, tipo 3. No Brasil nós já temos os quatro tipos virais da dengue, então é possível que hoje o tempo entre uma epidemia e outra seja mais curto”, disse o médico.
O infectologista ressaltou também que a situação climática atual, com as ondas de calor recorrentes, por exemplo, são ambientes favoráveis não só para o mosquito da dengue, mas como para outros insetos.
Sobre a gravidade da doença, Marcos Moura explica que está associada a ter dengue pela segunda vez uma vez que a resposta imunológica em relação a uma nova infecção pelo vírus da dengue tende a ser mais grave
“As pessoas que já tiveram tendem a ter um quadro mais grave, mais intenso, e possivelmente com mais sequelas também”.
Segundo o médico, as sequelas podem ser várias. Entre elas:
Sequelas cognitivas, com letargia e dificuldade de raciocínio por um tempo longo;
Fadigas e prostração intensa que persiste por até um ou dois meses;
Artralgia e dores musculares;
Problemas sistêmicos, como por exemplo, uma hepatite viral que sobressai após o término do ciclo febril da dengue.
O que é essencial saber sobre a dengue
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado e possui quatro sorotipos diferentes – todos podem causar as diferentes formas da doença;
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte;
Os principais sintomas são: febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas;
A dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, é mais comum quando a pessoa contrai o vírus pela segunda vez;
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento;
Como evitar a dengue? O mais importante é não deixar água parada e acumulando por aí: o mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta;
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