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Como conversar com as crianças sobre assuntos polêmicos?

Pode ser extremamente desafiador garantir à crianças e adolescentes um espaço de escuta e acolhimento no ambiente familiar para assuntos considerados delicados ou complexos – sentimentos, relacionamentos, doenças, luto e tantos outros que parecem de difícil compreensão para pessoas de tão pouca idade, mas que com acesso à internet, acabam muito cedo sendo expostos a eles, e nem sempre da forma mais adequada.Enquanto há quem espere o alcance de uma idade mínima para conversar sobre determinados temas, há quem tome a equivocada decisão de ignorar. Para especialistas da área da Psicologia e da Psicopedagogia, é fundamental observar e acompanhar o comportamento da criança e do adolescente, para então verificar a melhor forma de abrir esse lugar de diálogo.Psicóloga hospitalar da Santa Casa do Pará e atual presidente do Conselho Regional de Psicologia 10ª Região Pará – Amapá (CRP 10), Jureuda Guerra avalia ser mais cabível ficar atento aos interesses manifestados pela criança ou pelo adolescente, e então se preparar para uma abordagem. “É bom estar aberto a responder perguntas, abrir esse espaço, que não necessariamente vai acontecer em determinada faixa etária”, orienta ela.Quer saber mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no Whatsapp“À medida que os filhos vão amadurecendo é importante se preparar para alguns tipos de conversa, buscar ler sobre determinados assuntos, ouvir podcasts, ouvir especialistas. Não é bom entrar no assunto com falas do tipo ‘no meu tempo não era assim’, ou baseadas em achismo, fundamentalismo religioso, especialmente quando o assunto é relacionamento, dizer que determinada coisa é errada ou que é pecado, isso nunca funciona e nem funcionou. Crianças e adolescentes têm suas opiniões, que precisam ser respeitadas”, reforça.NEGATIVOSA profissional também recomenda o cuidado com o uso de exemplos e vivências possivelmente negativas na hora desse tipo de conversa. “A perspectiva de ‘dono da verdade’ na hora da abordagem também pode não ser o melhor caminho, por isso é importante observar o desenvolvimento, estar aberto para ouvir opiniões, e se achar que não tem preparo para isso, recorrer mesmo a um mediador que fique neutro, nem de um lado nem de um outro”, aconselha Jureuda.Para a assistente social, pedagoga e psicopedagoga Maria da Penha Bastos, esse “momento ideal” para conversas sobre temas mais complexos pode variar de acordo com o desenvolvimento emocional e cognitivo de cada criança e adolescente. No entanto, em geral, é indicado iniciar essas conversas de forma gradual e adaptada à idade. Fundamental ainda que os pais e/ou responsáveis estejam presentes e disponíveis para dialogar com seus filhos, tirar dúvidas, orientar e oferecer o apoio necessário. Além disso, é importante acompanhar e monitorar o uso da internet, garantindo um ambiente seguro e saudável para o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente.“Temas complexos e polêmicos podem despertar emoções intensas e levantar questões delicadas, por isso é essencial estar preparado para lidar com possíveis reações e questionamentos das crianças e adolescentes, para garantir um diálogo saudável, acolhedor e construtivo. Antes de iniciar a conversa, é importante refletir sobre a forma como o tema será abordado, garantindo que a linguagem utilizada seja adequada e a informação apresentada de forma clara e objetiva à idade e desenvolvimento emocional e cognitivo da criança e do adolescente”, justifica a educadora.Conteúdos relacionados:Jader apresenta projeto para cadastro brasileiro de crechesUm terço das crianças está fora da creche por falta de vagasEla também propõe que tanto as experiências positivas quanto as negativas devem ser abordadas de maneira sensível, sempre levando em consideração a idade, maturidade e contexto individual de cada um. “A comunicação e a escuta atenta são fundamentais para ajudar a criança e adolescente a lidarem e superarem as experiências, principalmente quando são negativas. Essas experiências podem servir como aprendizados e incentivos para o enfrentamento de desafios futuros”, finaliza Bastos.
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