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Farmacêutica que se mudou de Goiás em busca de trabalho no RS diz que perdeu tudo com enchente e foi resgatada com bebê em sacada; vídeo


Liliane Rabelo mora em Canoas (RS) desde 2017. Vídeos mostram ruas alagadas e um carro da família submerso. Farmacêutica que saiu de Goiânia em busca de trabalho perde tudo após enchentes no RS
Em busca de melhores oportunidades na carreira, a farmacêutica Liliane Rabelo dos Santos saiu de Goiânia e se mudou para Canoas, no Rio Grande do Sul, em 2017. Neste ano, ela perdeu tudo que conquistou após as enchentes que atingiram o estado. Um vídeo mostra o carro e a casa dela submersos (assista acima).
“Medo é uma palavra muito pequena para o que a gente tava sentindo […] Perdemos tudo, tudo, eu saí com a roupa do corpo, perdemos carros, a água chegou perto do teto da nossa casa, um barco buscou a gente, a gente saiu pela sacada e veio em um abrigo”, disse Liliane.
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Ao g1, Liliane contou que na sexta-feira (3) a água começou a subir quando ela saiu para o trabalho. Quando ela voltou para casa, parte do bairro em que mora já estava alagada, mas a farmacêutica acreditou que não chegaria à casa dela. À noite, a água entrou na rua da família e na garagem do imóvel.
“A gente achou que a água ia chegar na canela, no joelho… Passando a madrugada, essa água foi subindo, subindo, eu fui para o prédio de uma vizinha, que tinha segundo piso. Eu, meu neném e a minha sogra. O restante da minha família subiu para o sótão e foi dormir lá”, descreveu a farmacêutica.
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Farmacêutica Liliane Rabelo que se mudou de Goiás em busca de trabalho no RS diz que perdeu tudo com enchente e foi resgatada com bebê em sacada
Arquivo Pessoal/Liliane Rabelo
Liliane disse que o nível da água subiu rápido porque vinha de dois lados e dois rios, o Guaíba e o Gravataí. No amanhecer de sábado, a água já estava na altura do peito da mulher. Antes, a família e os vizinhos levaram carros para uma praça, na esperança de não alagar.
“Não adiantou. Perdemos dois carros, que estavam na nossa garagem, meu e do meu esposo, e ainda perdemos o carro do meu cunhado, que estava nessa praça. É uma cena aterrorizante. Você olhar pra baixo e ver o seu bairro todo coberto de água. Você olhava, em todas as casas a água estava no telhado”, disse.
Resgate
Liliane contou que, na manhã de sábado (4), a família foi resgatada na casa da vizinha. “O resgate foi uma coisa muito dramática, porque a gente teve que pular um alambrado de ferro. A minha sogra tem 72 anos. A gente desceu em uma escada dentro do barco, uma escada móvel, que um rapaz segurou no barco”, relembrou.
Depois que a sogra de Liliane desceu, o marido e o filho de um ano de Liliane também foram para o barco, usado a remo.
“No caminho, a gente encontrou com outras pessoas que estavam com um barco de motor, amarraram o nosso barco no deles e conseguiram levar a gente para um lugar mais seco. Só que nisso, quando outros barcos passavam, as ondas jogavam para o lado, foram momentos muito de terror mesmo”, completou.
Abrigo e aflição
Abrigo onde está a farmacêutica Liliane Rabelo no Rio Grande do Sul
Arquivo Pessoal/Liliane Rabelo
Nesta segunda-feira (6), Liliane e a família estão em um abrigo, onde conseguiram tomar banho e comer. Abalada, a farmacêutica relembrou os momentos de terror vividos até a chegada em um local seguro.
“Eu olho, olho, ainda não dá pra acreditar que a água cobriu todo o bairro. No nosso resgate de barco, quando a gente passou, ainda teve que desviar de uma carreta submersa na água”, finalizou.
Desespero da família
Liliene Rabelo, irmã da farmacêutica, falou que ficou um dia e meio sem notícias da família irmã, por conta da falta de energia. Acompanhando as notícias nos jornais, o desespero tomou conta da família em Goiânia até que a irmã e os familiares estivessem em um abrigo.
“Aqui em Goiânia, a gente ficou muito, muito aflito. Minha mãe passou mal, teve pressão alta. Ela tá muito, com muito medo. Tava ainda tendo pesadelos achando que a água ia entrar no abrigo”, lamentou.
Enchentes
Enchente alaga São Leopoldo, no Rio Grande do Sul
Prefeitura de São Leopoldo/Divulgação
Segundo a Defesa Civil do RS, já são mais 500 mil pessoas afetadas pelo temporal que atinge o estado há uma semana. A chuva, que começou em 27 de abril, ganhou força no dia 29.
Os impactos atingiram diversas regiões do Rio Grande do Sul, diferentemente de 2023, quando os temporais foram em regiões isoladas. As áreas mais afetadas são os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí, além do Guaíba, em Porto Alegre.
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