• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

    Social - Repositório

Dois meses depois da morte de cacique em MG, ainda não há definição se caso ficará com o estado ou com a União


Merong Kamakã Mongoió foi encontrado morto em aldeia de Brumadinho, na Grande BH. Polícias Federal e Civil de Minas Gerais conduziram investigações sobre o caso. Cacique Merong Kamakã Mangoió
Gilson Carvalho
Passados dois meses da morte do cacique mineiro Merong Kamakã Mongoió, líder da retomada Kamakã Mongoió, comunidade que fica em Casa Branca, Brumadinho, na Grande BH, ainda não há definição sobre a competência das investigações sobre o caso.
Em 4 de março de 2024, o cacique foi encontrado morto na comunidade em que era líder. Ele atuava em ações de defesa dos territórios de outras comunidades, como a Kaingáng, Xokleng e Guarani. (leia mais abaixo)
As polícias Federal e Civil de Minas Gerais conduziram investigações sobre o caso, mas ainda não há definição se o caso ficará sob responsabilidade do judiciário do estado ou da União.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que já ouviu testemunhas, fez a necropsia do corpo e a perícia no local. Os resultados, que não foram divulgados, estão anexados ao processo investigativo. A PC informou que aguarda manifestação do Ministério Público sobre a competência do caso.
O Ministério Público Federal informou, em nota, que o caso segue sob sigilo. Até a conclusão desta reportagem, a Polícia Federal e o Ministério Público Estadual não tinham respondido.
LEIA TAMBÉM
Cacique Merong Kamakã, líder indígena em Brumadinho, é encontrado morto
Quem era o cacique Merong Kamakã, encontrado morto em Brumadinho
‘Plantamos o fruto’: Cacique Merong é enterrado em meio a disputa de terra com mineradora
Cacique Merong Kamakã Mangoió
Relembre o caso
Mergong foi encontrado morto na manhã de 4 de março, em Brumadinho, com sinais de enforcamento. O caso foi registrado como suicídio, o que deve ser esclarecido após as investigações.
Merong liderava a retomada das terras do povo Kamakã, que começou há cerca de três anos, quando famílias indígenas saíram das periferias de Belo Horizonte para ocupar uma área ambiental onde funcionava uma antiga fazenda. Atualmente, o terreno pertence à mineradora Vale.
Na época da morte, a mineradora Vale conseguiu na Justiça uma autorização que impediu o sepultamento do cacique Merong Kamakã Mongoió nas terras onde vivia com outras famílias. Apesar disso, ele chegou a ser enterrado por lá.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) apresentou uma notícia-crime à Polícia Federal (PF) para que as circunstâncias da morte do cacique Merong Kamakã Mangoió fossem investigadas.
Vídeos mais assistidos do g1 MG
Adicionar aos favoritos o Link permanente.