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Motorista do Porsche deixa delegacia para audiência de custódia na Justiça de SP; empresário foi preso ao se entregar


Fernando Filho passará por audiência nesta terça (7). Ele foi preso um dia antes após se entregar em delegacia. Réu voltou aguarda vaga num presídio para cumprir a prisão preventiva. Empresário é acusado de matar homem e ferir amigo em acidente. Fernando Sastre de Andrade Filho
Lucas Jozino/TV Globo
O motorista do Porsche acusado provocar um acidente de trânsito e matar um homem e ferir seu amigo a mais de 100 km/h no final de março em São Paulo passará por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (7) na Justiça.
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O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do carro de luxo, deixou a delegacia nesta manhã. Ele está preso após se entregar na segunda-feira (6). Ele será ouvido por um juiz no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste.
A audiência é um procedimento de rotina que ocorre quando alguém é detido. O objetivo foi saber se a prisão ocorreu de maneira legal. Caso a detenção tenha sido correta, a Justiça manterá a prisão preventiva dele.
Fernando foi preso na tarde desta segunda após ir com seus advogados à 5ª Delegacia Seccional Leste. Ele era procurado pela Polícia Civil desde sábado (4), um dia após o Tribunal de Justiça (TJ) decretar sua prisão preventiva a pedido do Ministério Público (MP).
O empresário passou a noite numa das oito celas da cadeia de trânsito do 31º Distrito Policial (DP), Vila Carrão. O acidente é investigado pelo 30º DP, Tatuapé.
Caso a prisão de Fernando seja mantida pela Justiça, ele deverá voltar à carceragem da delegacia onde estava. Depois aguardaria uma vaga para ir a algum presídio. A defesa dele quer que o empresário cumpra a prisão na penitenciária de Tremembé, no interior paulista. Segundo seus advogados, lá é um lugar mais seguro para seu cliente.
Motorista de carro esportivo se entrega à polícia
A liminar pela decretação da prisão foi dada pelo desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ, que representa a segunda instância da Justiça. O julgamento do mérito do pedido será julgado futuramente.
O MP acusou Fernando por homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha). O empresário é réu no processo.
A promotora Monique Ratton alegou que o empresário poderia voltar a cometer crimes se continuasse solto por já ter se envolvido anteriormente em outros acidentes com vítimas dirigindo veículos em alta velocidade e participando de ao menos um “racha”.
Além disso, teria influenciado a namorada a depor em se favor, descumprindo uma das medidas cautelares impostas antes pela Justiça que era a de não se aproximar das testemunhas do caso.
O empresário Fernando Sastre, que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, durante acidente de trânsito na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste de SP.
Montagem/g1/Reprodução
O acidente mais recente que Fernando provocou ocorreu em 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé. Câmeras de segurança gravaram a batida (veja nesta reportagem).
O empresário dirigia o Porsche Carrera a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, segundo laudo pericial da Polícia Técnico-Científica. Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h.
De acordo com testemunhas ouvidas pela polícia, Fernando havia tomado bebidas alcoólicas antes de dirigir. Em seu interrogatório e em entrevista ao Fantástico, horas antes da decretação da sua prisão, o motorista do Porsche negou ter bebido.
Segundo a Promotoria, ficou evidente pelas imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência de que Fernando bebeu. Os próprios agentes da Polícia Militar (PM) chegaram a conversar com um bombeiro concordando com ele de que o motorista do Porsche tinha sinais de embriaguez.
Mas como não tinham o etilômetro, aparelho usado fazer o bafômetro, os PMs liberaram Fernando sem fazer o exame nele. A mãe do empresário aparece nas imagens convencendo os agentes a autorizaram ela levar o filho a um hospital porque ele estaria ferido. Mas a mulher não procurou atendimento médico.
A Corregedoria da Polícia Militar apura a conduta dos PMs por terem falhado ao não fazer o bafômetro em Fernando.
Defesa pede liberdade ao STJ
Vídeo mostra momento da batida de Porsche em carro de motorista de aplicativo
A defesa de Fernando entrou nesta semana com um pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. O órgão representa a terceira instância da Justiça. Os advogados do motorista do Porsche entraram com um habeas corpus (HC).
A previsão é de que a ministra Daniela Teixeira da 5º Turma do STJ, relatora do pedido de liberdade, leve o habeas corpus para ser julgado na tarde desta terça-feira (7). Além dela, mais quatro ministros deverão analisar a solicitação: Messod Azulay Neto, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik.
Segundo o STJ informou à reportagem, por meio de sua assessoria de imprensa, a magistrada decretou sigilo no julgamento do HC.
No pedido, os advogados alegam que não há elementos no processo que justifiquem a prisão e sustentam que ela foi motivada pela pressão da mídia. Os advogados também argumentam que o motorista corre risco e está recluso.
“Sem prejuízo, recorrerá dessa decisão pois entende que as 8 medidas cautelares anteriormente impostas, eram mais que suficientes, sendo desproporcional a prisão preventiva”, informa nota assinada pelos advogados Jonas Marzagão, Elizeu Soares de Camargo Neto e João Victor Maciel Gonçalves.
Vídeo: Veja como PMs liberaram motorista de Porsche sem teste do bafômetro
Justiça sendo feita, dizem filhos de vítima
Foto postada por Luam Silva (à direita) o mostra ao lado do pai, Ornaldo Viana (à esquerda). Filho pediu ‘justiça’ para o caso do motorista de aplicativo morto após ter o carro atingido pelo Porsche dirigido por Fernando Sastre de Andrade Filho
Reprodução/Instagram
Após a decisão favorável ao pedido de prisão, Lucas e Luam Viana, filhos de Ornaldo, disseram que o sentimento da família é de gratidão. “A gente está vendo que a Justiça está sendo feita. A gente só tem a agradecer”, disse Lucas.
Se Fernando for julgado e condenado, a pena dele poderá chegar a mais de 20 anos de prisão.
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