Microglanis lucenai habita bacias hidrográficas dos rios Araranguá, Mampituba e Tramandaí. Bagre que habita a Reserva Biológica Estadual do Aguaí foi batizado de Microglanis lucenai
Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina
Uma nova espécie de bagre que ocorre no Parque Nacional de Aparados da Serra e Parque Nacional da Serra Geral, ambos em Santa Catarina, foi descrita no início do mês passado.
Chamado de Microglanis lucenai, o nome do novo exemplar faz homenagem ao professor Carlos Alberto Santos Lucena, ictiólogo que estudou peixes da região por mais de 35 anos.
De acordo com o artigo, o animal está presente em cursos d’água da ecorregião que envolve as bacias hidrográficas dos rios Araranguá, Mampituba e Tramandaí.
A identificação da nova espécie ocorreu após a reexaminação de populações de Microglanis cottoides e Microglanis cibelae. Após análises morfológicas e moleculares, foi possível encontrar diferenças entre Microglanis lucenai e as outras duas.
Segundo a Rede Pró UC, organização que busca defender e fortalecer as Unidades de Conservação (UCs) brasileiras, a descoberta demonstra a importância das UCs e indica que ainda há muitas espécies a serem identificadas.
Ambiente típico de coleta de Microglanis lucenai, no município de Praia Grande (SC)
Reprodução / Journal of Fish Biology
Publicado no periódico Journal of Fish Biology, o artigo científico é de autoria de pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O Terra da Gente tenta contato com um dos autores do artigo, Pablo Lehmann Albornozum, para mais detalhes. Até a publicação desta reportagem, o pesquisador estava envolvido em ações de resgate no estado do Rio Grande do Sul após enchentes que atingem o estado desde o início de maio.
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