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Santista que vive no Rio Grande do Sul diz que o cenário é de dor, desespero e impotência; saiba como ajudar


Érika Munhoz, de 43 anos, mora no estado há 22. O filho dela foi para Pelotas (RS) ajudar nos resgates. Alagamento causado pela Lagoa dos Patos em Pelotas e filho de Érika, na foto à direita
Isa Severo/RBS TV e Arquivo pessoal
Uma santista, que mora no Rio Grande do Sul há 22 anos, está angustiada em função dos temporais que assolam diversas cidades do estado. Ao g1, nesta terça-feira (7), Érika Munhoz revelou que o filho de 18 anos foi chamado pelo Exército para ajudar nos resgates. Segundo a última atualização da Defesa Civil estadual, 90 pessoas morreram em decorrência das chuvas.
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Érika mora em Bagé (RS) com a família. Ela contou à equipe de reportagem que a cidade não registrou enchentes, mas há preocupação devido a um alerta para chuva de granizo. Ela viu o filho partir para Pelotas no último domingo (5) e, desde então, os dois trocaram poucas palavras.
“O cenário do pessoal daqui é dor. É dor, é desespero, é impotência de não saber o que fazer para ajudar”, disse a auxiliar de saúde bucal, de 43 anos.
Comida racionada
Segundo Érika, os mercados em Bagé estão racionando a comida. O município também está ficando sem gasolina e, pelo que ela soube, alguns postos de gasolina fecharam.
“A gente precisa que pare de chover, de verdade, para essas águas baixarem. E, depois que essas águas baixarem, aí sim. Nem sei te dizer o que vai vir, a dor que vai vir. Porque é muita gente. É tudo debaixo d’água, literalmente, é um dilúvio”, explicou.
Ela contou que muita gente se empenha para prestar apoio nos resgates. Diversos pescadores autônomos que possuem algum tipo de barco mostram interesse em auxiliar, por exemplo.
‘É muita dor’
Lagoa dos Patos transborda e alaga Praia do Laranjal em Pelotas
Isa Severo/RBS TV
O filho de Érika foi enviado para Pelotas junto com o namorado da sobrinha dela. Segundo ela, o quartel já avisou que não há previsão de retornar às cidades de origem.
O último contato entre a santista e o filho foi na última segunda-feira (6). Agora, ela aguarda tensa enquanto acompanha a situação das cidades vizinhas, onde mortes são registradas diariamente. Assim como outros municípios, a administração de Bagé se dispôs a ajudar deixando um caminhão para arrecadações em frente à prefeitura.
“É muita gente morta. Muita gente morta, mesmo, dentro das casas […] É muita dor, é muita história”, lamentou Érika.
Quando chove na cidade, a mulher é tomada pela sensação de pânico. Ela está em segurança, mas teme pelo que possa acontecer nas demais cidades. “Eldorado não existe mais. Agora estão em alerta em São Lourenço, alerta em Pelotas. Tem cidades que não existem mais”.
Número de mortos chega a 90
Segundo divulgado pelo g1 RS na manhã desta terça-feira, a Defesa Civil estadual atualizou para 90 o número de mortos em função dos temporais. O último boletim divulgado aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 132 desaparecidos e 361 feridos.
Na última atualização, havia 203,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, estavam 48,1 mil em abrigos e 155,7 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
Temporais no RS: Veja resgates impressionantes durante as chuvas
O RS tinha 388 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,3 milhão pessoas afetadas.
Hospitais de campanha foram montados pelo governo federal para auxiliar pessoas feridas e desabrigadas. No momento, os municípios de Estrela, Canoas e São Leopoldo foram contemplados pelas estruturas.
Como doar na Baixada Santista?
Fachada do Poupatempo de Santos, SP.
Ronaldo Andrade
Entidades e empresas de Santos estão recebendo doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
A Autoridade Portuária de Santos (APS), por exemplo, começou a arrecadação às 12h desta terça-feira. São necessários: água potável; ⁠colchão; ⁠travesseiro; ⁠roupa de cama; ⁠cobertores; ⁠toalhas; ⁠material de limpeza; ⁠material de higiene e ⁠alimentos não perecíveis.
Interessados devem comparecer ao setor de recebimento, na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, em frente ao número 79, no bairro Macuco. Os terminais, sindicatos e empresas que atuam no Porto de Santos também vão contribuir por um sistema de envio de doações, em grandes quantidades.
O Poupatempo da cidade também se mobilizou para receber itens de limpeza e higiene pessoal. A ação do Governo de São Paulo ocorre por meio do Fundo Social de São Paulo (FUSSP) e da Defesa Civil. Ao todo, 241 postos do Poupatempo arrecadam doações em todo o estado.
Na região há unidades nas seguintes cidades: Praia Grande, Santos, Guarujá, São Vicente, Cubatão, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém.
Lista de produtos para arrecadação
Veja onde doar abaixo:
Poupatempo Praia Grande – Avenida Ayrton Senna da Silva, 1511, no bairro Intermares.
Poupatempo Santos – Rua João Pessoa, 246, no Centro.
Poupatempo Guarujá – Avenida Santos Dumont, 1586, no bairro Sítio Paecara, em Vicente de Carvalho.
Poupatempo São Vicente – Rua Frei Gaspar, 365, no 2º andar, no Centro.
Poupatempo Cubatão – Avenida Dr. Fernando Costa, 931, na Vila Couto.
Poupatempo Bertioga – Avenida Dezenove de Maio, 684, no Jardim Albatroz.
Poupatempo Mongaguá – Avenida Dr. Getúlio Vargas, 88, no Centro.
Poupatempo Itanhaém – Rua Leão XIII, 67, no bairro Suarão.
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