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Empresário envolvido em esquema de agiotagem do PCC é preso a caminho do RS para ajudar vítimas da enchente


Segundo o Ministério Público, Sedemir Fagundes integra um grupo que movimentou mais de R$ 20 milhões somente no ano passado. Os criminosos emprestavam dinheiro com juros que chegavam a 300% por mês, além de praticarem extorsão e ameaça contra os devedores. Empresário do MC Paiva é preso durante operação do Gaeco em Santa Catarina
Reprodução/Redes sociais
O empresário Sedemir Fagundes, mais conhecido como Alemão, foi preso durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (7) em Navegantes (SC), a caminho do Rio Grande do Sul. Ele é suspeito de participar de um esquema de agiotagem do Primeiro Comando da Capital (PCC) que movimentou R$ 200 milhões somente no ano passado.
A Operação Khalifa foi deflagrada pelo Gaeco, do Ministério Público, com auxílio da Polícia Militar. Os mandados de prisão foram cumpridos em municípios da Grande São Paulo e em Santa Catarina. Nove pessoas foram detidas e duas seguem foragidas.
Em suas redes sociais, o investigado – que é empresário do funkeiro MC Paiva – compartilhou que estava a caminho do estado gaúcho para ajudar as vítimas das enchentes, que já deixou 90 mortos, levando duas motos aquáticas e mantimentos. O g1 tenta contato com advogado do Sedemir.
Alemão também ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais, exibindo fotos e vídeos de carros, motos e viagens internacionais.
Investigado estava a caminho do Rio Grande do Sul quando foi preso
Reprodução/Redes sociais
Operação Khalifa
Segundo investigação do Ministério Público, os criminosos agiam na capital paulista e na região do Alto Tietê desde 2020. Somente em 2023, eles movimentaram mais de R$ 20 milhões com o esquema. A rede de agiotagem emprestava dinheiro com juros de até 300% ao mês.
Além da cobrança de juros abusivos e taxas por atrasos nos pagamentos dos valores, eles também praticavam extorsões e ameaças contra os devedores.
A investigação do Gaeco ainda aponta que os empréstimos eram destinados a pessoas físicas e jurídicas, que necessitavam de capital de giro para investir em negócios de médio porte.
Os criminosos apresentavam hábitos luxuosos e viviam em apartamentos caros. Na capital, o grupo costumava fazer vítimas na região do Brás.
Armas, celulares, joias e dinheiro em espécie foram apreendidos durante operação contra o PCC
Reprodução/Polícia Militar
“Operações recentes deflagradas pelo GAECO têm demonstrado que a facção criminosa vem se sofisticando nas formas de obter rendimentos, deixando de lado as conhecidas práticas de tráfico e roubo para recorrer a atividades mais lucrativas e menos sujeitas à repressão estatal. Fraudes em licitações e empréstimos a juros astronômicos são algumas delas”, afirmou o promotor Frederico Silvério em coletiva de imprensa.
Além dos nove presos, a operação ainda apreendeu seis armas, sendo um fuzil, celulares e joias, além de R$ 65 mil. No total, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Investigações
Essa é a terceira ação envolvendo integrantes do PCC nos últimos meses. Em abril, três vereadores e mais 10 pessoas foram presas em operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações.
No mesmo mês, o MP de São Paulo realizou a Operação Fim da Linha, que prendeu quatro dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista, também acusados de ligação com o PCC.
Segundo os promotores, o grupo usava as empresas Transwolff e UPBus – que prestam serviços de transporte coletivo nas Zonas Sul e Leste da capital – para lavar dinheiro da organização criminosa.
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