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Presidente da Câmara de Mauá renuncia após acusações de suposto crime sexual


Geovane Corrêa (PT) deixa também de ser vereador do município do ABC Paulista. Ele alega ter tomado decisão por ‘motivos de ordem pessoal em razão de problemas psicológicos’. Vereador estava afastado desde março após investigação no MP, arquivada por falta de provas. Fachada da Câmara Municipal de Mauá
Abraão Cruz/ TV Globo
Na sessão desta terça-feira (7) o vereador Geovane Corrêa (PT) renunciou à presidência da Câmara Municipal de Mauá, no ABC paulista. Ele alegou ter tomado a decisão por “motivos de ordem pessoal em razão de problemas psicológicos” causados por uma denúncia de suposta prática de crime sexual.
Desde março ele estava afastado do cargo. Nesta terça, a Câmara Municipal informou que o vereador Junior Getúlio (PT) assumiu a presidência e, na cadeira de vereador de Geovane, entrou Cida Maia (PT) (leia mais abaixo).
Em 16 de fevereiro, a Promotoria de Justiça de Mauá requisitou a instauração de inquérito policial na Delegacia Seccional de Santo André para apuração dos fatos. A Delegacia Sede de Mauá recebeu o pedido do Ministério Público em 19 de fevereiro e instaurou inquérito no mesmo dia para investigar todas as circunstâncias dos fatos.
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O Ministério Público de São Paulo arquivou a denúncia em 18 de abril por falta de “elementos suficientes e comprobatórios para instauração de persecução penal”.
Em nota, Geovane informou que “é com grande tristeza que tomo esta atitude, mas, em respeito à minha família, tenho o dever de não comprometê-los. Sempre respeitei e vou continuar respeitando o meu mandato. Todavia, os últimos acontecimentos e as acusações infundadas que foram apresentadas, causaram danos irreparáveis à minha saúde psicológica e à minha família, não restando outra opção senão a renúncia ao cargo de Presidente. Agradeço a todos os funcionários da Câmara Municipal de Mauá, aos meus assessores, a minha família, que sempre me apoiou, e especialmente a Deus, meu fundamento, minha inspiração e o meu motivo de existir”.
A Câmara Municipal de Mauá elegeu nesta terça-feira (7) o vereador Juninho Getulio (PT) como seu novo presidente. A eleição ocorreu após a renúncia de Geovane Corrêa. Juninho Getulio, que foi eleito com maioria significativa, enfatizou em seu discurso de posse o compromisso com a transparência e a ética durante seu mandato.
“Pretendo conduzir os trabalhos da Câmara Municipal de Mauá com integridade e responsabilidade, para que possamos, em conjunto com o Prefeito Marcelo Oliveira, continuar a reconstrução da nossa cidade”, declarou Juninho.
O novo presidente da Câmara Municipal de Mauá assume em um momento importante para o município, onde várias iniciativas para revitalização e desenvolvimento estão em andamento. Juninho destacou a importância da cooperação entre os poderes Legislativo e Executivo para promover ações que beneficiem a população e garantam melhorias nos serviços públicos.
“Meu compromisso é trabalhar para uma Câmara transparente, ética e alinhada com os interesses dos cidadãos de Mauá. Juntos, vamos construir uma cidade melhor para todos”, afirmou Juninho.
Entenda o caso
O Ministério Público de São Paulo arquivou denúncia contra Geovane Correa (PT), vereador que pediu afastamento da presidência da Câmara de Mauá, na Grande São Paulo, após denúncia por suposta prática de crime sexual feita por Sargento Simões (PL), também vereador do município.
Segundo a denúncia, Correa teria tirado fotos do órgão genital dentro da Câmara e enviado para uma adolescente.
O MP apontou que “os fatos articulados na denúncia apócrifa não restaram minimamente úteis para a descoberta e elementos que comprovassem o conteúdo denunciado” e que, mesmo após diligências, não localizou a vítima do suposto crime.
“Sequer foi possível esclarecer-se se as imagens contendo cenas pornográficas pertencem ao investigado, tampouco se pôde se determinar a identidade do destinatário das pretensas imagens. Não há elementos suficientes e comprobatórios para instauração da persecução penal”, destacou o órgão.
A Promotoria de Justiça de Mauá havia requisitado a instauração de inquérito policial em 16 de fevereiro deste ano.
Em nota emitida à época, o vereador Geovane Correa disse que agradece todo o apoio e a solidariedade da população e que está sendo vítima de ataques e notícias falsas. Correa diz que seu celular foi hackeado e que, à época, criminosos tentaram extorqui-lo. “Registrei BO e, recentemente, divulgaram conteúdo íntimo e pessoal em grupos de internet”, afirmou.
“Ocorre que adversários e inimigos políticos sem qualquer tipo de escrúpulo ou caráter utilizaram de tal conteúdo privado para criar uma narrativa caluniosa e difamatória, me imputando falsamente e dolosamente algo tipificado como crime e que jamais cometeria”, pontuou.
“Minha carreira política é pautada pela lealdade às instituições, moralidade e, acima de tudo, busca pelo bem-estar social do povo mauaense e tais criminosos, inclusive alguns deles que são políticos e que foram presos em flagrante por roubar dinheiro da merenda, responderão por toda a divulgação criminosa que foi realizada”, completou ele, em nota publicada em março.
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