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Temporais deixam US$ 14 bilhões de prejuízo na América Latina e no Caribe em 2023, aponta OMM


Relatório mostra como a região foi afetada pela atuação de um El Niño atípico e pelos efeitos das mudanças climáticas a longo prazo. Temporais causaram diversos estragos em São Sebastião no início de 2023.
Fábio Tito/g1
Tempestades e enchentes na América Latina e no Caribe causaram danos de cerca de US$ 13,9 bilhões em 2023, segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O documento, divulgado nesta quarta-feira (8), aponta que a região sofreu com as mudanças nos padrões de precipitação no ano passado.
⛈️ De acordo com o relatório, os temporais foram o tipo de desastre que mais causou prejuízos econômicos, correspondendo a 66% do total.
Os eventos extremos observados – como secas, ondas de calor e chuvas – tiveram grande impacto na saúde, alimentação, segurança energética e no desenvolvimento econômico desses países. No total, foram contabilizados cerca de US$ 21 bilhões em danos.
👉A organização destaca dois fatores como os principais responsáveis pela ocorrência dos eventos climáticos extremos na região:
Atuação de um El Niño atípico
Alterações climáticas de longo prazo
Celeste Saulo, secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), comenta que 2023 foi um ano de recordes climáticos na região.
“As condições do El Niño durante o segundo semestre de 2023 contribuíram para um ano com recorde de temperaturas e para a ocorrência de diversos eventos extremos. Tudo isso ainda foi combinado às alterações climáticas induzidas pelo homem”, analisa.
Eventos climáticos extremos
Além dos prejuízos causados pelas tempestades e enchentes, o relatório também analisa os principais eventos climáticos extremos enfrentados pela América Latina e pelo Caribe em 2023.
Confira abaixo os principais destaques do documento.
Recorde de temperaturas
A temperatura média de 2023 foi a mais alta já registrada – 0,82 °C acima da média de 1991–2020 e 1,39 °C acima da base de 1961–1990. Segundo o relatório, o México foi o país que observou a taxa de aquecimento mais rápida da região, cerca de 0,3 °C por década, entre 1991 e 2023.
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Mudança no regime de precipitações
A transição do La Niña para o El Niño no meio de 2023 causou uma grande mudança nos padrões de precipitação. Com isso, muitas áreas acabaram sofrendo tanto com secas como com inundações em poucos meses.
Com os grandes volumes de chuva, enchentes e deslizamentos de terra causaram diversas mortes e prejuízos econômicos, como o que aconteceu em São Sebastião no início do ano passado.
Por outro lado, a falta de chuva, favorecida pelas constantes ondas de calor, causaram secas intensas em diversos países. O relatório mostra que oito estados brasileiros registraram os menores níveis de precipitação de julho a setembro dos últimos 40 anos.
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Calor extremo e ondas de calor
As altas temperaturas e as constantes ondas de calor afetaram a região central da América do Sul de agosto a dezembro. No Brasil, os termômetros chegaram a ultrapassar os 41°C ainda em agosto, inverno no hemisfério sul.
Além do Brasil, países como Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina também registraram temperaturas recordes em setembro. Com o calor, grandes incêndios florestais ocorreram nessas regiões.
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Aumento do nível dos oceanos
O relatório mostrou que a alta do nível dos oceanos está acelerando. O nível do mar aumentou a uma taxa mais elevada no Atlântico Sul e nas faixas subtropical e tropical do Atlântico Norte do que a média global.
Essa alta ameaça boa parte da população que vive na área costeira dos países banhados por esses oceanos. Há um maior risco de contaminação das reservas de água doce, erosão das linhas costeiras, inundação das zonas mais baixas, além do alto risco de tempestades.
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