Eu queria escrever antes, mas não consegui. Todas as vezes que começava a digitar palavras, elas voltavam para a minha garganta e me sufocavam.
Mas, de alguma forma, hoje amanheci com a certeza de que precisava falar. Solidariedade.
Todos os ruídos, diferenças e distâncias desaparecem num piscar de olhos, e de repente não estamos mais agindo apenas por nós mesmos.
Ela simplesmente atravessa barreiras, percorre distâncias enormes e se instala profundamente dentro de nós, como um som ensurdecedor que é quase impossível ignorar.
Às vezes, a gente se vê sendo levado pela força coletiva sem nem perceber. Muitos estão doando o pouco que têm para fazer a diferença nesse momento difícil.
Até mesmo pequenas empresas estão contribuindo, reservando uma parte do seu faturamento mensal, mesmo que seja modesto em comparação com as grandes corporações, para ajudar aqueles que estão em necessidade.
A dimensão da tragédia é assustadora e duradoura. Ainda falta muito. Agora, tudo que nos incomodava na rotina parece não fazer mais sentido. Afinal, foi um dia ruim ou foi um minuto ruim que você remoeu o dia inteiro?
Estamos aqui, não só por aqueles negócios que fecharam, ou pelas cidades que foram afetadas, mas também pelas vidas que se perderam.
Precisamos e devemos continuar. Valorize o que tem e ofereça ajuda àqueles que enfrentaram perdas.
Podemos seguir ajudando dentro das nossas capacidades individuais, mas, sem dúvida, juntos, podemos ir além, inspirando em lugares que sozinhos não alcançaríamos.
De Norte à Sul, somos um.
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