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Mais de 10 mil animais já foram resgatados no Rio Grande do Sul desde o início da tragédia

No início da enchente, os animais que eram encontrados eram enviados para abrigos. Agora, não tem mais lugar para eles. Muitos bichos que vão para a orla de Porto Alegre ficam em um abrigo improvisado. Mais de dez mil animais ja foram resgatados desde o início da tragédia no RS
Mais de 10 mil animais já foram resgatados no Rio Grande do Sul desde o início da tragédia.
Eles ficaram para trás. Aos milhares. Mas não foram esquecidos. Os voluntários que tentam resgatar animais precisam chegar perto de cada casa, olhar pela janela, encontrar os que esperam com agonia.
Às vezes, eles chegam junto com os donos. O aposentado Arno Klaus ficou cinco dias com o Henk no terraço de casa. Se machucou, e os dois foram resgatados nesta quinta-feira (9).
“A gente perdeu tudo, tudo. Sabe o que é não ter mais nada? Não sei aonde eu vou deixar ele agora, porque eu estou desabrigado também. Queria que todos fossem salvos. Era só o que eu queria”, diz.
Muitos já foram salvos. Em um centro de comando de operações de resgate do Exército, todas as vidas importam. A Defesa Civil já resgatou mais de 5 mil animais em todo o estado. Somando com os salvamentos da polícia e dos bombeiros, o número passou de 10 mil.
Mas ainda tem os que são salvos por outras pessoas. Só uma organização de voluntários estima que mais de mil cães estejam hoje sem ter para onde ir. No início da enchente, os animais que eram encontrados eram enviados para abrigos. Agora, não tem mais lugar para eles. Muitos animais que vão para a orla de Porto Alegre ficam em um abrigo improvisado.
O Grupo de Resposta a Animais em Desastres é uma ONG que já resgatou 2 mil animais desde o início da enchente. São tantos, que o transporte é feito em um ônibus. Eles foram para um abrigo da Prefeitura de Canoas, que também está no limite. Por isso, os voluntários decidiram: vão bancar a criação de mais vagas, aumentando o tamanho do abrigo.
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A protetora de animais Deise Falci e os amigos dela estão resgatando animais na enchente desde o primeiro dia. Ela se preocupa com o destino de todos.
“A minha esperança é que as pessoas comecem a adotar sem preconceito, sem olhar raça, sem olhar cor, sem olhar tamanho”, diz.
Ela e a equipe dormem pouco, trabalham muito, e viraram referência nesses resgates tão especiais.
“Muitos imploram pelo resgate, muitos vão correndo quando nos veem. Choram, gritam. Eles ficam uivando, isso está gravado na minha memória. Eu nunca vou esquecer dos gritos que eu ouvi”, conta Deise.
Flávio Fachel, repórter: Esses uivos, esses latidos, se traduzisse em uma língua do ser humano, em português, diria o quê?
“Pelo amor de Deus, me tira daqui. Me leva junto contigo. E é o que eu estou fazendo com todos que estou encontrando”, diz Deise.
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