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ARTIGO: LA NOCHE DE LOS CRISTALES

Conheça a história da Noite dos Cristáis

Todos que me acompanham sabem que de tempos em tempos gosto de tocar em temas relacionados à história da humanidade. Alguns deles, como o que vou falar hoje, apresentam o lado obscuro e perverso do ser humano, que é destruir e matar “em nome de Deus”, uma coisa que virou uma regra aceita durante muitos séculos e, lamentavelmente, perdura mesmo na atualidade em pleno século XXI, em especial em algumas culturas.

Cada indivíduo, cada ser humano, tem o direito de crer ou não, de escolher sua fé, sua religião, da mesma maneira que escolhe seu partido político ou seu time de futebol. É uma decisão estritamente de cunho pessoal, íntima, e deve ser respeitada por todos os demais, “seja em nome de quem for”. Mas não é a religião, nem o time de futebol ou o partido político que irão definir se uma pessoa será boa ou má, honesta ou desonesta.

Portanto, quando escolho um amigo ou umas amiga, não me interessa sua religião, partido ou time de futebol, e sim qual a postura moral e ética com que eles pautam suas vidas. Na história da humanidade, passamos e lamentavelmente ainda estamos passando por momentos de total intolerância para com a diversidade da espécie humana.

Pogrom” é um ataque violento contra pessoas, com a destruição simultânea do seu ambiente – casas, negócios, ou centros religiosos. Historicamente, esse termo tem sido usado para denominar atos em massa sobre violência, espontânea ou premeditada, contra judeus e outras minorias étnicas. Essa palavra tornou-se internacional após a onda de ‘pogroms’ que varreu o sul da Rússia entre 1881 e 1884, causando o protesto internacional e levando à emigração maciça dos judeus.

Em comentário anterior denominado: “Wind of Change” falei sobre a história e a queda do Muro de Berlim ocorrida no dia 9 de novembro de 1989, uma data muito especial para os alemães. Mas para o mundo, e também para Alemanha em especial, o dia 9 de novembro não é lembrado somente como um dia de alegrias e comemorações.

Em 9 de novembro de 1938, o Nacional Socialismo (nazismo) liderado por Adolf Hitler mostrava sua face mais sombria e suas garras aterrorizantes. Naquela noite que ficou conhecida como a “Noite dos Cristais” – Kristallnacht ou Reichspogromnacht -, por toda a Alemanha e Áustria, agentes nazistas à paisana assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração. Esse massacre marcou o início do Holocausto, que causou a morte de pelo menos seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial, conflito que vitimou mais de 50 milhões de pessoas. Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos de concentração, lembrando sempre que não foram apenas os nazistas que fizeram isso.

Mas a perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia começado em abril de 1933, com a convocação dos cidadãos para boicotarem estabelecimentos pertencentes a judeus. Mais tarde, os judeus foram proibidos de frequentar estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.

No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus, apontados como “inimigos dos alemães”, atingiu outro ponto alto com a chamada “Legislação Racista de Nuremberg” (Nürnberger Gesetze).

Enquanto o resto do mundo “virava de costas” para esta questão, Hitler via confirmada sua política de limpeza étnica e preparava o caminho para a “Solução Final” – Endlösung der Judenfrage.

Mas vamos em frente…

Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e não-judeus. Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.

Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939, foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens e Sarah para mulheres.

A proporção da brutalidade do pogrom de 9 de novembro foi indescritível. Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de Assalto), lamentou “as grandes perdas materiais” daquele 9 de novembro de 1938, acrescentando: “Preferia que tivessem assassinado 200 judeus em vez de destruir tantos objetos de valor!”

Nossa memória deve estar sempre viva e atenta. Devemos sempre nos lembrar desses fatos, para que isso nunca mais aconteça. Precisamos conter a onda de ódio que grassa sobre o País, onda esta que vem se alastrando e se disseminando por todos os cantos do Brasil. Infelizmente!

Por L. Fernandes e Fernando Orlandini

 

 

 

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