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Participação de ex-jogador do Guarani em morte de vigia de banco em Franca é rebatida por perícia contratada pela defesa


Documento anexado a processo contra João Paulo de Castro Ferreira aponta divergências de fisionomia e no uso preferencial das mãos. Adriano Costa morreu baleado em troca de tiros em telhado de agência bancária em outubro de 2023. João Paulo de Castro Ferreira foi jogador do Guarani; à direita, imagens de câmeras de segurança teriam flagrado ele durante o crime que matou vigia de agência bancária em Franca, SP
Rodrigo Villalba/Memory Press e câmera de segurança
Uma perícia particular, feita a pedido da defesa do ex-jogador do Guarani João Paulo de Castro Ferreira, descarta a participação dele na morte do vigia Adriano Costa, baleado em uma troca de tiros durante um assalto a uma agência bancária de Franca (SP) em outubro de 2023.
Com base em uma análise das imagens de câmeras de segurança e outras informações da cena do crime, o documento anexado ao processo contra João Paulo e obtido pelo g1 aponta que há diferenças fisionômicas significativas entre o autor dos disparos que mataram o vigilante e o ex-jogador.
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“A análise técnica, embora limitada pela qualidade das imagens, reforça a narrativa de que João Paulo de Castro Ferreira não seria o indivíduo presente no telhado da agência bancária”, informa a perícia.
Câmeras de segurança registram tentativa de assalto em agência bancária de Franca, SP
João Paulo responde por latrocínio – roubo seguido de morte – em uma ação que tramita desde o ano passado e encerrou, esta semana, a fase de instrução. O processo agora aguarda manifestação do Ministério Público, antes do parecer da defesa e da sentença final.
O ex-jogador era considerado foragido, mas a Justiça revogou o pedido de prisão dele na quinta-feira (9) ao considerar os novos elementos anexados pela defesa ao processo. Antes da decisão, ele acompanhou as audiências de instrução pela internet.
Outros dois réus – um homem acusado de ter dirigido o carro usado na fuga dos assaltantes e outro, que teria participado da tentativa de roubo e do tiroteio – estão presos. Há um quarto réu foragido.
O que aponta a perícia particular
O parecer técnico em identificação forense contratado pela defesa de João Paulo foi emitido em 24 de abril. O documento observa, em suas conclusões, que as imagens da câmera da agência bancária não trazem uma identificação conclusiva, além de conterem divergências.
Segundo o parecer forense, há diferenças no cabelo, na barba e no formato do rosto do criminoso – “quadrado” – e do ex-jogador – “oval”.
Adriano Costa morreu baleado em troca de tiros com criminosos que tentaram assaltar agência bancária em Franca, SP
Reprodução/EPTV
“Diferenças significativas foram observadas entre o suspeito e João Paulo de Castro Ferreira, descartando a possibilidade de serem a mesma pessoa.”
O documento também destaca que, pelas imagens, é possível ver que o homem que atirou no vigia utiliza preferencialmente a mão esquerda para segurar a arma, enquanto que o ex-jogador é destro.
“Essa divergência entre as alegações do acusado e o comportamento observado nas imagens destaca a necessidade de uma investigação mais aprofundada, respeitando o princípio fundamental do direito que preconiza a presunção de inocência e requer evidências conclusivas antes de qualquer julgamento.”
Na análise das câmeras de ruas próximas ao banco, a perícia particular apontou que foi possível identificar a presença do ex-jogador, mas circulando do lado de fora do prédio.
“As vestimentas, características fisionômicas e hábitos registrados nas imagens corroboram a narrativa de ser João Paulo de Castro Ferreira a pessoa que circula a pé pela rua com uma garrafa de água na sua mão direita.”
Com isso, o documento corrobora a versão de que João Paulo não teve relação direta com o que ocorreu no telhado do banco. “A perícia meticulosa das câmeras e a correlação com os dados contextuais sustentam a conclusão de que João Paulo de Castro Ferreira não estava envolvido no crime.”
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Tiroteio em agência bancária
Adriano Costa morreu depois de ser baleado na cabeça durante uma tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil em Franca na manhã de 10 de outubro. De acordo com a Polícia Militar, ele era um dos dois vigilantes que faziam uma ronda no telhado da agência, que fica na Avenida Brasil, na Vila Aparecida, quando se depararam com ladrões.
O prédio ainda estava fechado para o público e apenas funcionários estavam no local. Houve troca de tiros, e os vigilantes foram atingidos. Um deles não ficou ferido por causa do colete à prova de balas. Adriano, por sua vez, não resistiu, mesmo sendo atendido por uma equipe médica no local.
Vigilante troca tiros com ladrões em telhado de agência bancária em Franca, SP
Câmeras de segurança
Os criminosos fugiram, mas um celular e uma bolsa com ferramentas foram abandonados. A arma do vigia foi levada.
Câmeras de segurança registraram parte da ação e, segundo a Polícia Civil, João Paulo foi reconhecido por uma das vítimas e, desde então, passou a ser investigado pelo crime.
Desde a fase do inquérito policial, no entanto, a defesa do ex-jogador nega qualquer envolvimento dele na tentativa de assalto e na morte do vigia. O advogado Luis Felipe Rizzi Perrone argumenta que João Paulo se aposentou aos 34 anos por problemas no joelho e não teria condições de escalar os muros da agência, como o suspeito que aparece nas imagens de uma câmera de segurança.
Além disso, disse que as roupas usadas por João Paulo no dia da tentativa de assalto, que estava a caminho de casa, eram diferentes das usadas pelo suspeito, e que não haveria tempo suficiente para que ele tivesse conseguido se trocar.
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