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Estudo da UFSC já havia alertado risco de desastres ambientais

Diante da catástrofe climática no Rio Grande do Sul, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) divulgou estudos que alertaram para a intensificação de eventos climáticos extremos. Os pesquisadores já haviam apontado riscos de inundações e secas no Brasil.

Estudo da UFSC já havia alertado risco de desastres ambientais

Imagens mostram trabalho dos bombeiros catarinenses no RS – Foto: Gustavo Maciel Keller/Divulgação/ND

A professora de Oceanografia da UFSC, Regina Rodrigues, liderou um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) que emitiu um alerta sobre o recorde no aquecimento dos oceanos em 2023.

“Além dos ecossistemas, o calor dos oceanos é uma importante fonte de energia que alimenta ciclones tropicais. As ondas de calor marinhas no Oceano Índico tropical contribuem para a rápida intensificação dos ciclones e das flutuações nas chuvas das monções da Índia”, destacou a professora.

Papel do El Niño

O excesso de carbono que circula na atmosfera seria uma das causas do aumento da temperatura, já que os oceanos retém 90% desses gases. A professora apontou também o papel do El Niño, fenômeno relacionado às enchentes no Rio Grande do Sul.

O El Niño é responsável pela alteração na distribuição de umidade e calor no planeta, sobretudo na zona tropical. No Brasil, os efeitos são calor e secas prolongadas no Norte e Nordeste, além de chuvas intensas no Sul.

O El Niño é responsável pela alteração na distribuição de umidade e calor no planeta,

O El Niño é responsável pela alteração na distribuição de umidade e calor no planeta. – Foto: Divulgação/ND

A UFSC destaca que a atmosfera mais quente carrega mais umidade e provoca chuvas cada vez mais fortes.

2023 foi o ano mais quente da história

Em janeiro deste ano, a professora Regina Rodrigues, deu entrevista ao jornal O Globo sobre o recorde de temperatura da Terra atingido em 2023.

A pesquisadora destacou que os oceanos aquecidos foram uma das mais importantes anomalias.

2023 foi o ano mais quente da história

2023 foi o ano mais quente da história — Foto: Freepik/Divulgação/ND

O ano foi o mais quente da história, com média de temperatura global de 14,98 °C O e 50% dos dias acima do limiar de perigo para extremos climáticos, segundo o relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).

Os professores da UFSC Marina Hirota e Bernardo Flores foram co-autores do Global Tipping Points Report 2023, um relatório que alertou para o agravamento das mudanças climáticas. Coordenado pela Universidade de Exeter, na Inglaterra, o documento revela os chamados “pontos de não retorno”.

Temperatura da Terra aumentou – Foto: Biblioteca Pública de Nova York/ Divulgação/ Unsplash/ ND

O relatório se baseia no aumento de 1,5 graus de temperatura na Terra, que causa uma série de efeitos no ecossistema e impede o planeta de voltar ao que era antes do aquecimento.

A pesquisadora Marina Hirota destaca no documento a floresta amazônica, que já sente os impactos das mudanças climáticas. Os cientistas indicam que “entre as florestas tropicais, a floresta amazônica tem mais evidências de possíveis pontos de não retorno”.

Pesquisas são usadas como alerta

Um estudo da UFSC sobre a crise na Amazônia foi capa da renomada revista científica Nature este ano. A equipe de pesquisadores foi liderada pelo professor Bernardo Flores e traçou caminhos possíveis para evitar o colapso.

Também na revista Nature, o professor da UFSC Pedro Chaffe publicou em 2022 uma pesquisa sobre a aceleração do ciclo da água no Brasil. O estudo identificou haver mais pontos de seca e de cheia do que se esperava.

“Percebemos um aumento dos extremos e que o manejo da Terra está impactando e amplificando o efeito da mudança climática”, ressaltou o professor. As alterações do clima e o aumento do calor provocam mais fenômenos de secas e de cheias.

As alterações do clima e o aumento do calor provocam mais fenômenos de secas e de cheias – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Para enfrentar a emergência climática, a professora Franciely Velozo Aragão desenvolve pesquisas na UFSC que podem ajudar a orientar os municípios. Ela participou de um estudo em 2023 que analisa exemplos de cidades inteligentes.

Os pesquisadores usaram como ponto de partida a norma técnica ISO 37123, que estabelece indicadores de resiliência de cidades. O estudo reflete sobre formas de preparar as cidades para possíveis desastres ambientais.

“Em linhas gerais, esses alertas, geralmente realizados em parcerias com cientistas de instituições ao redor do mundo, traçam panoramas sobre como o aquecimento do planeta e fenômenos como o El Niño e as queimadas compõem esse sistema”, publicou a UFSC na terça-feira (7).

UFSC arrecada doações para as vítimas do Rio Grande do Sul

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul já registrou 113 mortes, 756 feridos e 146 desaparecidos, segundo a Defesa Civil.

A campanha UFSC Solidária está arrecadando donativos para as vítimas das enchentes. Confira a lista de artigos solicitados nas doações:

  • Alimentos não perecíveis, prontos para o consumo ou de fácil preparo
  • Produtos de higiene pessoal
  • Fraldas
  • Água mineral
  • Cobertores
  • Colchões
  • Roupas
  • Ração para cães e gatos
  • Absorventes íntimos

Os donativos podem ser entregues de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, nos seguintes pontos de coleta em Florianópolis:

  • Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, localizado no Campus de Florianópolis
  • Prédio da Reitoria II no bairro Trindade (Rua Desembargador Vitor Lima, 222)
  • Hall do Centro de Ciências Agrárias (Avenida Admar Gonzaga, 1.346), no bairro do Itacorubi
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