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PM alvo de operação por venda de armas de fogo ilegais vira réu em processo


Juiz da 2ª Vara Criminal de Araguaína aceitou denúncia contra o segundo sargento da Polícia Militar (PM) Joemil Miranda e investigados no caso. Entre as denúncias, ele teria registrado boletins falsos sobre o furto de armas para poder fazer vendas. Sargento da PM, Joemil Miranda da Cunha, diz ser diretor de 18 clubes de tiros
Reprodução/Redes Sociais
A Justiça aceitou denúncia contra o segundo sargento da Polícia Militar (PM) Joemil Miranda da Cunha pelo crime de venda ilegal de arma de fogo. Ele foi preso durante operação que investigada a venda ilegal de armas de fogo em Araguaína, no norte do estado, e virou réu em processo que tramita nada 2ª Vara Criminal da cidade.
A operação aconteceu no dia 3 de abril deste ano e entre os alvos investigados também havia um empresário e um agente administrativo do sistema penal. Os nomes não foram divulgados. Durante o cumprimento dos mandados, a Polícia Civil apreendeu um verdadeiro arsenal com armas e munições de calibres variados.
Desde a operação, Joemil está preso na 2ª Companhia do Batalhão da Polícia Militar em Araguaína. Os outros três investigados também viraram réus no processo. O g1 tenta contato com a defesa do militar.
De acordo com o Tribunal do Justiça, a denúncia do Ministério Público Estadual (MPTO) apontou que o Joemil vendia armas e munições de uso proibido, permitido e restrito, além de acessórios em um esquema de comércio clandestino. Dois clubes de tiro da cidade seriam os locais onde ele fazia as transações.
Arsenal foi apreendido pela Polícia Civil
PC/Divulgação
Conforme apurado na época, o próprio Joemil se identificava nas redes sociais, como diretor de 18 clubes de tiros.
O MPTO o denunciou pelo uso de dados pessoais de pessoas desses clubes para comprar armas sem que os próprios soubessem. Também registrava falsos boletins de ocorrências para simular o furto de armas para assim, conseguir vender as armas aos associados.
Isso aconteceu, de acordo com a denúncia, com duas carabinas e testemunahs relataram que os então suspeitos teriam notado que havia armas de fogo diferentes das quais eram registradas nos nomes dos donos. Para justificar a irregularidades, os investigados teriam afirmado que houve erro no sistema de registros do Exército.
Para o juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, a denúncia descreve o crime de forma precisa para embasar o aceite.
A decisão especifica que a defesa deverá responder à acusação por escrito no prazo de 10 dias e o Ministério Público terá que apresentar certidão de antecedentes criminais do policial. Já o delegado de polícia responsável pela investigação foi intimado a o fornecer laudos periciais de uma arma de fogo citada na denúncia e munições apreendidas.
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Relembre a operação
As investigações começaram em outubro de 2023, após um dos investigados registrar boletim de ocorrência pela internet sobre o furto de duas armas e munições. A Polícia Civil descobriu que não houve roubo e que a pessoa registrou o caso de forma falsa. Na realidade, as armas teriam sido vendidas no comércio ilegal.
Depois desse episódio, as equipes policiais conseguiram identificar mais armas furtadas, que na verdade entraram no esquema de venda ilegal. O mesmo investigado também teria registrado outro boletim em 2022 por causa de uma arma roubada.
Foram descobertos áudios de suspeitos falando sobre o esquema. Em conversa, eles chegam a confirmar que as armas vendidas são clandestinas e acreditavam que a apuração da polícia não teria andamento.
Trecho dos áudios investigados pela polícia
Divulgação
“Medo de quê moço, acalme seu coração. Medo de quê? Dá nada, pô…”. “Aí é fazer aquele velho procedimento, vender e fazer o boletim de ocorrência”, disse um dos investigados em áudio.
Ao todo, 14 pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento no esquema. Quatro delas acabaram sendo presas.
O g1 também pediu um posicionamento da Polícia Militar sobre a denúncia aceita na Justiça contra o militar e aguarda resposta.
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