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Nível da água volta a bater recorde em pontos do extremo sul do RS

As baixas temperaturas, que chegam perto de zero grau durante a noite , impõem mais um desafio ao enfrentamento da tragédia social. Em alguns pontos do extremo sul do estado, o nível da água voltou a bater recorde.
Os ventos fortes empurram a água acumulada na Lagoa dos Patos para dentro das cidades.
Em São Lourenço do Sul, um dos últimos municípios na beira da lagoa, a altura da água chegou a 2,89 metros nessa madrugada. A maior cheia da história.
Em algumas ruas a defesa civil mediu lâminas de água de um metro e vinte de profundidade. Mais de 5 mil pessoas tiveram que deixar suas casas, o equivalente a um quarto da população da zona urbana.
Há 15 dias a Maria tá fora de casa.
Repórter: de onde a senhora tá tirando força pra enfrentar essa situação ?
” Eu tô tentando ver se eu consigo ter força mas tá ficando difícil. Tá eu e a minha filha lá e a gente tá longe, afastado de tudo. É bem afastado do centro aqui . Se eu for lá acho que vou desmaiar de ver minhas coisas daquele jeito. É muito triste, é muito triste mesmo. Virou tudo um arroio só!”, responde Neuza Maria Lanius, empregada doméstica.
Repórter: Onde é a casa da senhora ?
“Minha casa é onde tá aquele barco lá parado, aquele azul com branco”, diz Laine Fonseca, empregada doméstica
Repórter: Desde que dia a senhora tá fora de casa ?
“Desde que começou a chuva.”
A cidade tem 5 abrigos mas já preparou estrutura pra montar mais dois. As baixas temperaturas, que chegam perto de zero grau durante a noite , impõem mais um desafio ao enfrentamento da tragédia social.
“De imediato o que a gente precisa é de comida , cobertores , roupas de cama , roupas quentes pra nossa população porque tá muito frio. Além de enfrentar essa inundação perversa que vem acontecendo, a gente ainda tem que enfrentar o frio”, diz Rodrigo Duarte, secretário de planejamento e meio ambiente .
Há 4 dias a Lanai está no morando no abrigo com mais 62 pessoas.
Repórter: Você saiu de casa com o que ?
“Só com a roupa do corpo”, diz Lanai Pedroso, auxiliar de cozinha
Repórter: Como é que os dias estão passando pra senhora ?
“Não sei . Só tenho vontade de ficar aqui sentada. Não tenho vontade nem de ir pra rua. Não queria que isso tivesse acontecendo com ninguém”, diz Camila Lacerda, dona de casa.
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