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Cortou ou tingiu o cabelo e deu errado? Cabeleireiro dá dicas de como consertar as madeixas e evitar ‘erros’


Seja pela tentativa de economizar, a busca por profissionais pouco qualificados ou até mesmo por causa de pessoas que gostam de se aventurar na mudança do visual por conta própria, erros podem acontecer e causar impacto na autoestima. Imagem de arquivo de pessoa cortando o cabelo.
Lílian Veronezi/PMU
Cortar o cabelo e não se agradar com o corte, troca de coloração ou alguma outra alteração para repaginar o visual, infelizmente acaba sendo muito comum, principalmente quando o procedimento é algo fora da rotina do profissional escolhido ou da pessoa que resolve fazer as mudanças por conta própria, segundo especialistas.
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Nino Braz Ferreira Campos é cabeleireiro há 25 anos, e trabalha em São José dos Campos, no interior de São Paulo, desde 2018. Em entrevista ao g1, ele afirmou que a busca por consertar o cabelo é muito comum.
“Geralmente, por semana, pelo menos umas três pessoas me procuram pra arrumar corte, coloração ou franja”, conta.
De acordo com ele, essa busca aumentou após a pandemia, período em que muitas pessoas acabaram fazendo seus cabelos em casa com parentes, amigos ou por conta própria, por causa do isolamento necessário na época.
Sem muita experiência com a tesoura e com química, as pessoas cortavam, descoloriam ou tingiam seus cabelos, seguindo dicas de conhecidos ou tutoriais na internet.
No entanto, nem sempre o resultado saia como o esperado, então erros acabavam acontecendo, deixando franjas assimétricas, tons de coloração e tratamento do tipo de cabelo errados, dentre outros problemas, que levaram a uma nova busca por outros profissionais.
Mesmo com o fim da pandemia, ele afirma que esse cenário permanece, por conta de tentativa de economizar, busca por profissionais pouco qualificados ou até mesmo por causa de pessoas que gostam de se aventurar na mudança do visual por conta própria.
Cabelo de Renata antes e depois do tratamento adequado.
Arquivo pessoal
Autoestima afetada
Renata Aline Barbosa Dawailibi teve um caso parecido. Ela afirma que durante a pandemia acabou tingindo seu cabelo por conta própria, coisa que nunca tinha tido experiência e acabou tendo que consertar com profissionais.
“Eu sempre fui loira. E aí, durante a pandemia, eu tive minha primeira filha. E após a pandemia, eu já tive a minha segunda filha. E durante esse período, eu realmente acabei ficando com o cabelo mais escuro. E por uma questão também de tempo, eu algumas vezes acabei tingindo eu mesma meu cabelo, coisa que eu nunca tinha feito antes. Então, eu errei a cor da tinta, a qualidade, a marca, o tom do meu cabelo. E aí, eu fiquei com o cabelo muito escuro e muito pigmentado”, conta.
Assim como muitas pessoas que passam pelo mesmo problema, Renata se sentia infeliz com o impacto negativo que o cabelo fazia na sua autoestima.
“Isso impacta na autoestima. É muito diferente quando você acerta no cabelereiro que entende o que você quer, tem realmente uma excelente técnica, cuidados, te fala o que é possível com o seu cabelo e o que não é possível, isso é muito importante também, do estabelecimento, das expectativas e de uma sinceridade, da condição do seu cabelo, como se seu cabelo aguenta aquele procedimento, se é a hora de fazer aquele procedimento, se o seu rosto combina com o corte, se a cor combina com você”, analisa.
Cabelo de Laura antes e depois do tratamento adequado.
Arquivo pessoal
Laura Campos Gonçalves foi outra pessoa que teve problemas em relação ao corte. “Eu estava em São Paulo, pois minha família é de lá, inventei de fazer meu corte lá mesmo, com outro profissional, que tinha o estilo mais despojado e moderno, sendo que o meu é mais voltado pra um estilo mais clássico e acabei me dando mal”, diz.
“Sempre me arrumei sozinha, faço escova, hidratação. Me cuido, sabe? Não conseguir fazer mais isso por conta de um corte mal feito me fez ficar bem chateada, e saí correndo pra buscar outro profissional na primeira semana depois do corte”, lembra.
Laura foi apenas um exemplo de pessoa que teve não só o cabelo, mas o emocional danificado por um profissional que fez um trabalho que não a agradou. Além do corte, ela estava com a cor natural do cabelo e queria uma renovação.
“Um trabalho mal feito no cabelo de um cliente é algo muito sério, que pode mexer completamente com a autoestima da pessoa afetada, tem muitos clientes que entram em depressão quando recebe um corte ou pigmentação que acaba mexendo negativamente com a sua autoestima”, disse Nino.
Cabelo de Albânia antes e depois do tratamento adequado.
Arquivo pessoal
Albânia Paola Sequera Valera passou por uma descoloração nas pontas, que acabou danificando seu cabelo por conta do profissional escolhido antes não fazer testes para saber se seu tipo de cabelo aguentaria o procedimento, o deixando muito ressecado, fazendo-a ter que cortar o cabelo danificado.
“Foi uma descoloração nas pontas do cabelo, o cabelo estava muito ressecado e sem vida, tive que cortar o cabelo danificado. Sinto que com cada look, corte ou cor que mudo no meu cabelo, sai uma nova versão de mim que me faz sentir uma mulher incrível, que nem um camaleão, muda de cor dependendo de onde ele está, eu posso mudar o meu estilo dependendo de como estou me sentindo”, disse.
Imagem de arquivo – pessoa cortando cabelo.
Pixabay
Expectativas irreais
Para Nino, esses erros podem vir de todo tipo de cabelereiro, desde os mais novos até os mais experientes. “15 ou 20 anos de profissão não significam excelência no trabalho, muitas das vezes, o profissional pode estagnar no tempo, deixar de estudar novas técnicas, tendências e a falta de estudos pode levar ele a cometer erros”, avalia.
Outro responsável para ele é a internet, que também tem uma certa influência em levar os clientes a terem escolhas que podem não combinar com seu estilo.
“Tem cliente que quer um tom de cabelo loiro pérola, vai na internet e pega a foto de uma garota de 18 anos, cheia de produção na foto e manda pra gente. O cabeleireiro que não tem tanta experiência vai olhar naquela ansiedade de entregar aquela cor que a cliente quer, mas não vai analisar com a cliente se aquele tom de fato entra na paleta de cores da cliente, se vai combinar com ela, e às vezes o tom que ele entrega é até o mesmo que a cliente pediu, mas ela vai ter um certo estranhamento por não combinar com a paleta dela”.
Muitas das vezes que os “consertos de cabelo” são necessários, são por clientes buscarem um valor mais em conta, sem conhecer o profissional, e acabam tendo o prejuízo do barato sair caro, tendo de ir atrás de outro profissional e pagando dois cortes para consertar um erro.
“A cliente que vai atrás de um preço mais baixo tem mais chance de prejuízo, não que quem sabe mais tem que cobrar exageradamente, mas se você vai fazer um corte e for somente atrás de preço, a chance de se dar mal é maior, por isso existe a importância de ir atrás de um preço justo de um profissional que a cliente já conhece”, indica.
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