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Empresa assume linha Camaçari – Mussurunga para atender população durante greve do transporte metropolitano


Sindmetro solicitou apoio à empresa Atlântico Transportes, que se responsabilizou pelo serviço. Sem acordo com os patrões, trabalhadores mantiveram greve. Garagem de ônibus metropolitanos
Almir Santos/TV Bahia
Apesar da greve no transporte, cidadãos que utilizam a linha “Camaçari x Terminal Mussurunga” voltarão a ter acesso ao serviço a partir de segunda-feira (20). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (Sindmetro), a empresa Atlântico Transportes vai assumir a operação.
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A decisão atende a um pedido formalizado pelo próprio Sindmetro, segundo o presidente da entidade, Mário Cléber.
“Atlântico já entrou em contato, ela vai poder operar a linha amanhã, com carro de meia em meia hora”, disse o sindicalista à TV Bahia.
Sem acordo em reunião, motoristas de empresa do transporte metropolitano mantêm greve
O primeiro horário de saída será às 5h. Inicialmente, quatro veículos serão usados para atender a linha, mas a expectativa é de aumento na frota.
O sindicato segue em greve e sem acordo nas negociações com a Avanço Transportes, empresa oficialmente responsável pela operação dessa e de outras linhas. A greve, que afeta o transporte coletivo de seis cidades da Região Metropolitana de Salvador, prejudica 120 mil passageiros.
Última reunião
De acordo com o Sindmetro, o principal impasse é a recomposição salarial. No encontro realizado no sábado (18), a empresa apresentou planilhas, demonstrando prejuízo financeiro. O g1 tentou contato com a Avanço Transportes, mas não conseguiu, até a última atualização desta reportagem.
Empresa de ônibus metropolitano e rodoviários não entraram em acordo
Reprodução/TV Bahia
Além disso, segundo o sindicato, a Agerba também não apresentou nenhuma proposta para suprir as necessidades dos passageiros das cidades de Madre de Deus, Simões Filho, Candeias, São Francisco do Conde, Santo Amaro e Camaçari.
Os profissionais alegam que a medida foi tomada após descumprimento de convenção coletiva por parte da Avanço. Uma nova rodada de negociações está prevista para a próxima quarta-feira (22) e o sindicato comunicou que, até lá, “qualquer atitude em colocar empresas para operar as linhas sem comunicação ao Sindmetro acarretará na paralisação de todo o sistema”.
As outras empresas que compõem o sistema metropolitano não paralisaram as atividades. De acordo com a categoria,outras cinco linhas da Avanço, que saem de Lauro de Freitas e que têm bairros de Salvador como destinos, operam normalmente.
Veja abaixo as linhas da Avanço impactadas com a greve:
Camaçari x Terminal Mussurunga;
Camaçari x Simões Filho;
Camaçari x Santo Amaro;
Camaçari x Terminal Águas Claras;
Camaçari x São Francisco do Conde;
Candeias x Terminal Águas Claras;
Candeias x Outlet Premium;
Candeias x Simões Filho;
Candeias x São Francisco do Conde;
Madre de Deus – Candeias / Lauro de Freitas – via Simões Filho;
Madre de Deus x Terminal Águas Claras.
Veja abaixo as linhas da Avanço que operam normalmente:
Vida Nova x Campo Grande;
Vida Nova x Boca da Mata;
Jambeiro x Estação Mussurunga;
Areia Branca x Terminal Águas Claras;
Hospital Metropolitano x Estação Aeroporto.
Impasse entre motoristas e empresa
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos, todas as empresas do sistema já fizeram os reajustes de 4,75% no salário, 5% no tíquete e 5% na cesta básica. A Avanço Transporte, no entanto, só teria concedido o benefício aos trabalhadores que operam nas linhas de Lauro de Freitas.
Rodoviários em aviso prévio e anúncio de suspensão de linhas: entenda crise no transporte metropolitano de Salvador
Conforme o sindicato, os motoristas que trabalham em ônibus que percorrem Camaçari, Simões Filho, Candeias, São Francisco do Conde, Santo Amaro e Madre de Deus, ainda não tiveram os salários reajustados.
A categoria afirma que a empresa alegou dificuldade financeira. Por esse motivo, decidiu devolver parte das linhas para à Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), em abril deste ano.
O que diz a Agerba
Em nota, a Agerba informou que, após uma mesa de negociação com o representante da Avanço Transportes, ficou acordado que a empresa tentaria um acordo com o sindicato para suspender a greve prevista para esta sexta.
Conforme a agência de regulação, o representante da empresa se comprometeu a passar informações ao sindicato de uma forma que não causasse impactos negativos à população, nem a paralisação das atividades.
A Agerba disse ainda que vai garantir que a população não saia em prejuízo, mas não detalhou quais medidas serão tomadas.
Cronologia da crise no transporte metropolitano
O sistema de transporte público metropolitano enfrenta uma crise há pelo menos dois anos.
👉 Em 24 de janeiro de 2022, a empresa Viação Sol de Abrantes (VSA) encerrou as operações em oito linhas que atendem as cidades de Candeias, Camaçari e Simões Filho. Os passageiros foram pegos de surpresa e tiveram dificuldade para fazer deslocamentos.
👉 Já no dia 14 de março de 2022, os ônibus da empresa Bahia Transporte Metropolitano (BTM), que circulavam entre as cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari, amanheceram sem rodar por falta de combustível.
👉 Sem o óleo diesel, cerca de 40 ônibus – que faziam 19 linhas – não saíram das garagem e a empresa decretou falência.
👉 No dia 1 de maio, a Costa Verde encerrou suas atividades na região metropolitana após 26 anos. A empresa alegou dificuldades financeiras. Cerca de 1.500 trabalhadores foram impactados com o fechamento da empresa.
👉 No dia 3 de maio, a empresa Atlântico anunciou a entrega de duas linhas para o dia 30 de maio.
👉 Em 14 de maio, a Avanço adiou pela segunda vez a devolução de linhas após uma reunião. Ficou decidido que a empresa suspenderá os serviços no dia 30.
👉Em 17 de maio, os trabalhadores entraram em greve por tempo indeterminado.
Licitação para renovar frota
A licitação para renovação de frota dos ônibus que operam o sistema rodoviário metropolitano chegou ser prevista em 2017 e depois, em 2019, mas não aconteceu. No ano passado, a Agerba informou que, o processo não chegou a acontecer por causa da pandemia da Covid-19 e do aumento considerado dos custos.
De acordo com a agência reguladora, todo o processo vai precisar ser revisto para adequar à nova realidade. A Agerba disse ainda que tem discutido com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) alternativas para o subsistema metropolitano, enquanto novos estudos para a licitação ficam prontos.
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