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Hadson Nery, do ‘BBB 20’, diz que ganhou prêmio do reality em 5 meses produzindo conteúdo adulto


Ex-jogador entrou em plataforma para faturar com visibilidade, mesmo na pandemia. Nesta semana, g1 publica reportagens para explicar por que sites eróticos atraem tantos ex-BBBs. Depois de uma passagem meteórica pelo “BBB 20”, com direito a tretas, bordões e cancelamento, Hadson Nery se viu diante de um dilema. Em meio à pandemia de Covid, as fontes de renda típicas do pós-reality haviam sido sugadas pelo isolamento: não havia presença vip e, àquela altura, o mercado publicitário ainda tentava se adaptar à nova realidade.
“A minha edição teve esse marco: os participantes não puderam trabalhar externamente quando saíram do programa, por causa da pandemia”, ele explica, em entrevista ao g1.
Hadson Nery cobra R$ 99 pela assinatura no Privacy, plataforma de conteúdo adulto
Reprodução/Instagram
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens sobre ex-BBBs que complementam a renda produzindo conteúdo adulto na internet. Plataformas como Privacy e OnlyFans viraram as novas revistas eróticas? Por que elas atraem tantos ex-participantes de realities?
Hadybala — como ele ficou conhecido — marcou, então, uma reunião com advogados e assessores para definir o que faria dali em diante. “Eu tinha vários tipos de público me acompanhando: o do esporte, pelo meu histórico no futebol [ele é ex-jogador], o público do reality e o público gay, que simpatizava comigo. Precisava definir um nicho e um produto que consolidasse as minhas redes sociais”, conta.
“Um amigo meu brincou: faz conteúdo adulto! Falei que, se minha mulher autorizasse, tudo bem. Ela autorizou e impôs uma condição.”
A condição instituída por Eliza Fagundes, mulher do ex-BBB, foi que ela mesma produzisse o conteúdo do marido. “Testamos e foi sucesso. Fiz minha inscrição, postei algumas fotos, um vídeo e fui dormir. Quando eu acordei, estava com muito dinheiro na conta. Os olhos da minha mulher brilharam. Ela começou a falar: tira a roupa, tira a roupa!”, lembra, rindo.
Hadson Nery e a mulher, Eliza Fagundes
Reprodução/Instagram
Hadson diz que, em 15 dias, chegou a ganhar R$ 150 mil reais. “O prêmio do ‘BBB’ eu fiz em 5 meses de plataforma”. Na 20ª edição do reality, Thelma Assis saiu vitoriosa e embolsou R$ 1,5 milhão.
Segundo o Privacy, principal plataforma usada por Hadybala, a adesão de ex-BBBs e outras celebridades ajuda a naturalizar a criação de conteúdo adulto e a atrair novos usuários, o que acaba aumentando os rendimentos também dos criadores anônimos. Lançada em 2020, a empresa já chegou a convidar e negociar parcerias diretamente com famosos, mas hoje não faz mais esse tipo de acordo.
Assinatura a R$ 99
Em sites como o Privacy e o OnlyFans, é possível cobrar pelo acesso a fotos e vídeos sensuais e pornográficos — seja estipulando um preço para cada conteúdo ou através de assinaturas. Geralmente, as plataformas ficam com 20% do rendimento e o criador embolsa o restante.
Para quem quiser ver o “grandão sem medo” — como Hadson costuma brincar –, ele cobra uma assinatura de R$ 99. O ex-brother já chegou a ter mais de 2.500 assinantes. Hoje, são cerca de 1.000.
Hadson Nery é ex-jogador de futebol e participou do ‘BBB 20’
Reprodução/Instagram
“Por mais que eu tenha saído cancelado do ‘BBB’, rola uma curiosidade”, ele diz. “Me criticavam muito e falavam que eu era ‘heterotop’, mas é só dar uma olhada nas minhas redes para perceber que eu não sou nada disso. As pessoas se surpreendem e isso dá mais engajamento ainda.”
Quem acompanha a página de Hadson têm acesso a um conteúdo erótico, mas com limites. “Não produzo pornografia, não tem sexo explícito. Sou um pouco conservador nisso”, ele avisa.
“O conteúdo erótico, que eu faço, é o famoso nude: a exposição do corpo, do órgão sexual. É o que as revistas antigamente faziam.”
A nova ‘Playboy’
No passado, era comum que ex-BBBs saíssem do programa direto para os estúdios fotográficos de revistas de nudez, como “Playboy” e “G Magazine”. Para Hadson, as plataformas de conteúdo adulto hoje desempenham papel semelhante. Além dele, Nati Cassassola (“BBB 8” e “BBB 13”), Francine Piaia (“BBB 9”), Angélica Morango (“BBB10”), Wagner Santiago (“BBB18”), Lumena Aleluia (“BBB 21”), Maria Bomani (“BBB 22”) e vários outros já criaram perfis em plataformas desse tipo.
Da edição mais recente, o “BBB 24”, o caso mais comentado é o de Nizam Hayek. Hadson conta que o ex-brother lhe telefonou para pedir conselhos, antes de entrar no Privacy.
“Ele me ligou falando que precisava da minha ajuda porque estava querendo começar a fazer conteúdo adulto. Eu brinquei: ‘você não quer que eu tire suas fotos, né?'”, se diverte o ex-jogador. “Outros participantes de reality também já me procuraram. Quando eu mostro print [dos ganhos em dinheiro], todo mundo fica surpreso.”
“Nesses últimos quatro anos, fiz uma aposentadoria só com o dinheiro que caiu lá”, conta Hadson, que diminuiu a constância das postagens e parou de fazer divulgação de seu perfil da plataforma. Hoje, ele mora em Andorra, onde também trabalha como treinador do time Pas de La Casa.
Atualmente, Hadson Nery mora em Andorra, onde também trabalha como treinador do time Pas de La Casa.
Reprodução/Instagram
É comum se deparar com histórias de pessoas que contam ter enriquecido com conteúdo erótico. Mas especialistas dizem que é preciso ter cautela. Quem explica é Mayara Medeiros, produtora e diretora de filmes adultos e fundadora de um grupo de apoio a mulheres que trabalham com sexualidade:
“Se você não tem um público já construído, é muito mais difícil vender.”
Com perrengues e um mercado que já beira a saturação, o trabalho com nudez na internet exige planejamento, organização e, em alguns casos, investimento em marketing. Está longe de ser um conto de fadas, especialmente para as mulheres, que ainda sofrem com o preconceito, afirma Mayara.
“Se a pessoa está entrando com a intenção de fazer dinheiro, porque ouviu sobre esses valores inflacionados, mas ela não tem público nenhum, a chance de se arrepender é muito grande. No caso das mulheres, muitas ainda lidam com violência, xingamentos, e são excluídas da sociedade por trabalharem com sexualidade.”
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