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Moradores da Zona Sul de SP tentam transformar área de antigo incinerador de lixo hospitalar em centro cultural e acabam multados pela prefeitura

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Grupo afirma que discute com a prefeitura desde 2019 sobre o novo uso do local, que fica no Ipiranga. Prefeitura alega que solicitou documentação para liberar o uso do espaço, mas que não foram entregues, e que a área precisa passar por descontaminação. Área de antigo incinerador de lixo hospitalar no Ipiranga
Reprodução/TV Globo
Faz 20 anos que uma área que abrigou um incinerador de lixo hospitalar no Ipiranga, Zona Sul da capital, está desativada. E por conta disso que moradores da região decidiram se mobilizar para transformar a estrutura em um centro cultural com palestras, oficinas e eventos artísticos.
Mas em maio deste ano, sem apresentar um estudo, a prefeitura multou o grupo pela iniciativa que é feita há um ano por um coletivo de artistas, arquitetos e vizinhos. Segundo administração pública, o espaço tem indícios de contaminação no terreno. Já o grupo alega que estava tratando do assunto com o Executivo desde 2019.
Débora Machado é arquiteta e conta que o debate com a prefeitura pela criação do centro eco-cultural no local ia bem até que no dia 27 de maio agentes emitiram dois autos de fiscalização: um por ocupação irregular de área municipal e outro pela organização de evento sem a autorização da prefeitura. Essa última infração rendeu uma multa de mais de R$ 42 mil endereçada à Debora.
“Para nós foi uma surpresa muito grande porque nós já tínhamos essa comunicação com a subprefeitura. Inclusive, nós apresentamos o projeto dentro da subprefeitura e não recebemos nenhuma notificação sobre o movimento acontecer aqui”, diz.
“No dia 27 nós estávamos com atividade e no meio da atividade veio a fiscalização e multou o movimento, multou diretamente no meu no meu CPF. Então, estranhamente, a fiscalização vem e aplica uma multa sem avisar antes que nós não poderíamos estar aqui sendo que nós estamos aqui há quase um ano?”, ressalta.
O coletivo questiona a autuação e o valor da multa, que consideram desproporcional. A prefeitura, agora, analisa a defesa do movimento, que suspendeu as atividades. Enquanto isso, educadores e artistas do grupo lamentam a paralisação das ações.
Moradores da Zona Sul de SP tentam transformar área de antigo incinerador de lixo hospitalar
Reprodução/TV Globo
Leonardo Medeiros Chaves realizava ações de educação ambiental. Para ele, dar uma função ecológica e sustentável ao que um dia já foi um grande incinerador de lixo é o mais importante nesse momento.
“As potencialidades aqui são enormes. Desde a história do prédio que a gente pode trazer, ter um museu do meio ambiente, mostrar como a gente lida com o lixo, é um desejo que eu tenho. Mas isso é um trabalho mais à frente”.
A produção do Bom Dia São Paulo pediu entrevista com um representante da prefeitura para explicar a situação do terreno onde funcionou o incinerador vergueiro, mas infelizmente a resposta foi que não havia nenhum porta-voz disponível para conversar.
No lugar, a prefeitura enviou uma nota que diz que “a subprefeitura do Ipiranga recebeu representantes dos moradores em janeiro e solicitou documentação para liberar o uso do espaço, mas que até agora esses documentos não foram entregues”.
Além disso, a nota afirma que “o espaço precisa de descontaminação do solo antes do uso e que atualmente estão sendo feitos estudos para encontrar uma destinação adequada da área, sem custos e preservando a história do local”.
A produção também questionou a Cetesb sobre uma possível contaminação do solo no terreno ocupado pelo incinerador Vergueiro.
Também em nota, a Cetesb disse que “devido às atividades passadas e as destinações futuras haverá a necessidade de investigação sobre a contaminação, e que informações dependem da avaliação preliminar a ser apresentada pela SP Regula, da prefeitura da capital”.
A Cetesb afirma que já solicitou esses dados e aguarda retorno.

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