Moraes refutou a ideia de que esses casos de alta visibilidade foram deliberadamente entregues a ele. “Os casos foram distribuídos a mim. A percepção externa de que escolhi assumir todas essas responsabilidades é equivocada. Não recebo mais por isso, na verdade, meu trabalho aumentou e estou sob constante vigilância. Pode não ser um cenário ideal, mas não me perturba”, afirmou.
O ministro reafirmou seu compromisso em garantir liberdades individuais, mas com responsabilidade sobre excessos. Argumentou que o atual quadro jurídico brasileiro é adequado para equilibrar esses fatores. Mesmo consciente de que continua sendo um potencial alvo para conservadores, ele adota um estilo de comunicação celular sucinto. “Não confio no WhatsApp”, declarou.
Moraes enfatizou que a decisão de encaminhar o caso de Bolsonaro para o plenário foi tomada quando o relator, Ministro Benedito Gonçalves, liberou a ação, sem escolha de tempo ideal. “O TSE julga o que chega. Cumprimos nossa missão. Tudo é julgado, não há seleção de casos”, afirmou.
Moraes concluiu: “Sempre confio em meus votos. Às vezes, vencemos; às vezes, perdemos. Isso faz parte da dinâmica de um colegiado”.