• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Call, ASAP, brainstorm: uso de jargões em inglês irrita brasileiros e causa confusão no ambiente de trabalho; veja os mais usados e o que significam


Trabalhadores relatam sentimento de exclusão e querem reduzir ou parar de usar termos como feedback, engagement e FYI; Índia é o país em que linguagem é mais utilizada, seguida por Vietnã, Colômbia e Brasil. Jargões em excesso no mundo corporativo são dor de cabeça para profissionais de diferentes países
Freepik
Já sentiu que colegas de trabalho estavam falando em outra língua? O uso excessivo de jargões é reclamação de 58% dos profissionais em todo o mundo, e mais de um quarto dos trabalhadores diz que mal percebe quando fala essas palavras.
Os dados são de uma pesquisa inédita realizada pelo LinkedIn em parceria com o aplicativo de idiomas Duolingo. Foram entrevistados profissionais em oito países e as nações em que trabalhadores mais apontaram o uso de jargões são:
Índia (78%)
Vietnã (76%)
Colômbia (67%)
Brasil (66%)
Reino Unido (52%)
EUA (44%)
Japão (40%)
Austrália (38%)
No Brasil, a pesquisa identificou que as palavras mais utilizadas são:
Feedback (retorno ou opinião sobre um trabalho realizado);
Networking (ampliação da rede de contatos);
Call (chamada ou ligação);
Job (projeto); e
Insight (ideia ou solução).
Duas dessas palavras (feedback e networking) estão entre as que mais geram confusão nos profissionais. Os cinco termos mais confusos para o mercado de trabalho brasileiro são:
Feedback;
Networking;
ASAP (sigla para “as soon as possible”, “o mais rápido possível”);
Briefing (conjunto de informações ou instruções); e
Brainstorm (conversa para elencar ideias).
O uso comum dos jargões é acompanhado do desejo de abandoná-los. Se pudesse, quase metade (46%) dos trabalhadores entrevistados gostaria de eliminar ou reduzir seu uso.
Na Índia, 70% dos entrevistados demonstraram essa vontade e, no Vietnã, 58%. Nos Estados Unidos, o número chegou a exatos 50%.
O sentimento é mais acentuado entre profissionais norte-americanos mais jovens. Por lá, querem eliminar ou reduzir os jargões:
65% dos profissionais millennials e 60% dos profissionais da geração Z (nascidos de 1981 a 2012)
50% dos profissionais da geração X e 23% dos profissionais da geração boomer (nascidos de 1946 a 1980)
Segundo os entrevistados, a linguagem gera desentendimento no ambiente de trabalho. Quase dois terços (60%) relataram estresse, redução da produtividade e se sentiram excluídos das conversas porque não dominavam a linguagem.
57% das pessoas que participaram do estudo disseram que a incompreensão dos jargões gerou perda de tempo semanalmente, e 32% delas afirmaram que enfrentam o problema várias vezes por semana;
40% dos trabalhadores cometeram erros ou tiveram mal-entendidos no trabalho porque não sabiam o significado dos jargões.
Embora a maior parte dos termos seja derivada de palavras-chave do mundo dos negócios em inglês, as confusões e erros acontecem mais nos Estados Unidos (41%) do que no Japão (23%), Colômbia (35%) ou Brasil (28%).
Saiba o que pode e o que não pode no celular corporativo
Desigualdade
Trabalhadores ainda relataram que o uso excessivo dos jargões gera desigualdade nas oportunidades de progresso na carreira. 64% disseram que os colegas que têm maior compreensão das expressões recebem mais promoções e aumentos do que os que não dominam a linguagem.
Além disso, 19% dos entrevistados afirmaram que o uso excessivo dos jargões cria ambientes de exclusão e não-pertencimento.
O comportamento afeta mais quem trabalha nos modelos híbrido e remoto, se comparados aos que atuam presencialmente: 71% dos profissionais dos que atuam híbrida ou remotamente se sentem excluídos pelo uso excessivo de jargões, enquanto 54% daqueles que trabalham presencialmente demonstram o mesmo sentimento.
Mais de 85% dos profissionais trocariam de emprego por home office, diz pesquisa
Veja abaixo os termos que mais geram confusão na Índia, Vietnã e Colômbia, campeões do uso de jargão no mundo corporativo:
Índia
Keep me in the loop
Take offline
Win-win situation
Core competency
Value-add
Vietnã
FYI
KPI
Low-hanging fruit
SOW
By EOD
Colômbia
By EOD
ASAP
KPI
Out of the box
FYI

Adicionar aos favoritos o Link permanente.
 
 
  • New Page 1