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Fora do Carnatal 2023, Saulo convida Ricardo Chaves para criaroutro evento: “Não merecem ficar sem”

O Carnatal 2023 divulgou as atrações para a 32ª edição do evento, que acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de dezembro na Arena das Dunas, em Natal. No entanto, mesmo com a festa contando com 20 artistas divididos entre o trio elétrico e camarote, o cantor Ricardo Chaves não marcará presença pela primeira vez após 30 anos do “Bloco Bicho”.

Através de um comunicado oficial publicado nesta terça-feira 13 pelas redes sociais do Bloco Bicho e do cantor Ricardo Chaves, foi confirmada a ausência do cantor baiano no Carnatal. Após três décadas de evento, a edição de 2023 será a primeira que não contará com o trio elétrico conduzido pelo rei do Bloco Bicho, que costuma fechar a noite do domingo de Carnatal. Após a decisão, muitos internautas demonstraram insatisfação com a novidade.

“Depois de 30 anos, a minha história no Carnatal se interrompe. Foram muitos anos comandando o mesmo bloco. Juntos, invadimos os vários circuitos da festa com a nossa energia e nosso jeito único de brincar. Um jeito que contagiou várias gerações e criou laços afetivos que o tempo não destruiu, nem destruirá. Nos tornamos uma religião de fiéis escudeiros, devotos de um estado de espírito que conquistou muitos corações, chamado bloco Bicho. Nos últimos anos, eu dizia que o “jeito Bicho de ser”, já não se encaixava no modelo atual da festa”, informou o comunicado.

Em um comentário da publicação, o também cantor Saulo Fernandes demonstrou apoio a Ricardo Chaves, o convidou para criar um novo evento voltado ao Axé e afirmou que Natal não merece ficar sem o Bloco Bicho. “Chavesss [sic]. Amado, honesto e justo. Vamos fazer o Axé Natal? As pessoas amadas de Natal não merecem ficar sem carnaval e sem o Bicho. Abração amigo”, escreveu Saulo.

Cantor Saulo Fernandes ficou fora do Carnatal 2023- Foto: divulgação
Cantor Saulo Fernandes ficou fora do Carnatal 2023- Foto: divulgação

Carnatal perde a essência. Anunciada nesta terça-feira 13, a programação do Carnatal contará com um trio com a banda potiguar Grafith. Na grade de atrações também estão presentes nomes da música nacional que vão do axé ao sertanejo. Irão passar pelo Corredor da Folia Ivete Sangalo, Léo Santana, Claudia Leitte, Alinne Rosa e os cantores de forró Nattan e Felipe Amorim. O cantor Bell Marques, figurinha repetida das edições, levará o Bloco Vumbora nos três dias de festa.

Para o camarote do Carnatal, as atrações fogem do tradicional. Tendo o Axé como minoria, a maior parte dos shows está por conta de artistas sertanejos, do pagode, música eletrônica e funk. Entre os artistas confirmados estão Thiaguinho, Pedro Sampaio, Durval Lelys, Filhos da Bahia, Xand Avião, Hugo e Guilherme, Rafa e Pipo, Locos, Jorge e Mateus, Zé Vaqueiro, Eva e Lipe Lucena.

Em entrevista à Revista Cultue em setembro de 2022, Fred Queiroz, diretor da Clap – uma das empresas responsáveis pelo Carnatal – falou sobre a mistura de ritmos com o objetivo de transformar o evento em um “festival”. “Sempre estaremos abertos a abraçar estilos […] conectados com os fãs do Carnatal – que, a cada ano, será transformado em um grande festival musical”.

Carnatal 2023 sem rua e sem relação com a cidade

Também em entrevista à Cultue em setembro passado, Ricardo Chaves já demonstrava insatisfação com as mudanças que vinham ocorrendo no evento.

“Eu costumo dizer que o Bicho é o bloco mais natalense que a gente tem no evento hoje. Porque quando os eventos, como o Carnatal, saíram da rua, eles perderam a relação com a cidade. […] Eu tenho muitos amigos em Natal, recebi o título de cidadão natalense. Eu espero que isso perpetue, independente de eu estar participando ou não do Carnatal. Vai chegar o dia, óbvio, e acho que está cada vez mais perto, mas tem uma música que eu escrevi que fala sobre isso. “Sei que um dia tudo isso vai passar, mas a nossa história ninguém vai mudar. É só fechar os olhos e lembrar do que a gente viveu”.

Além disso, Ricardo também falou sobre a chegada de novos gêneros musicais e afirmou que o Carnatal estava se tornando mais um grande festival. “É uma atualização do evento. Em cima do trio elétrico, a origem do que se chama Axé Music, a gente sempre misturou tudo, sempre bebeu de todas as fontes. Quando eu comecei nos anos 80, cantava rock, cantava tudo. Então, sempre permitiu. Com as mudanças que ocorreram nos eventos [saída da rua para locais fechados], os formatos passaram a ser mais de festival do que um carnaval”.

Por fim, Ricardo relatou que, com mais de 40 anos de carreira, é fundamental lutar pela tradição do Axé Music. “Enquanto eu achar que eu possa colaborar com eventos, como o Carnatal, me farei presente. Mas sempre estarei cuidando de um legado. Eu acho que isso é fundamental para que fique na eternidade”.

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