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14 trabalhadores da Bahia são resgatados de situação análoga à escravidão em fazenda de café no ES


Empregador descontava valor das passagens dos trabalhadores direto do salário. Todos os 14 funcionários retornaram para a Bahia na quarta-feira (14). 14 trabalhadores resgatados de fazenda de café em Nova Venécia voltam para a Bahia
Catorze trabalhadores foram resgatados de uma fazenda de café em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, em condições análogas à escravidão na terça-feira (13). Todos os trabalhadores são da cidade baiana de Aratuípe e estavam em um ambiente considerado insalubre e inabitável, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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As ações aconteceram após uma denúncia anônima recebida pelo MTE e pela Polícia Federal.
Os trabalhadores chegaram no dia 22 de maio e ficaria até o final de julho na fazenda. Eles relataram que faltavam colchões para dormir e que foram enganados pelo empregador.
“Prometeram um alojamento já com colchão, beliche e tudo para a gente. Era uma casa para todo mundo, alguns grupos dormiam em cada cômodo. Prometeram R$ 25 por saca, chegando lá foi R$ 23. E o transporte foi descontado das nossas quinzenas e a alimentação. Quem quisesse ir embora não podia, porque sempre estava devendo”, contou um dos trabalhadores que preferiu não ser identificado.
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De acordo com o MTE, o empregador descontava do salário dos trabalhadores o valor das passagens da Bahia para Nova Venécia, ação que é proibida.
Trabalhadores vieram da Bahia e estavam em condições insalubres
Divulgação/Ministério do Trabalho e Emprego
Além disso, o empregador não deixava que os funcionários voltassem para casa. Por causa dos descontos, os trabalhadores ficavam sempre devendo.
Todos os trabalhadores voltaram para a cidade no litoral do Bahia na tarde de quarta-feira (14). Antes de voltarem para casa, eles ficaram em um hotel em Colatina, no Noroeste do estado.
Eles receberam R$ 46 mil e cada um vai ter direito, ainda, a três parcelas do seguro-desemprego.
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Ainda segundo o MTE, um relatório sobre o caso será feito para ser analisado em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Federal, a Defensoria Pública e o Ministério Público Federal para ver a punição que o empregador vai receber.
Neste ano, já foram 45 casos de trabalhadores resgatados de situação análoga à escravidão no Espírito Santo, segundo o MTE.
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