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Maranhão é o estado com maior número de indígenas defensores de direitos humanos assassinados no país


Somente nos últimos quatro anos, dez líderes indígenas foram assassinados no estado. Paulo Paulino “Lobo Mau” Guajajara foi assassinado na Terra Indígena Araribóia
Sarah Shenker/Survival International
O Maranhão é o estado com o maior número de indígenas defensores de direitos humanos assassinados, e o segundo em violações contra defensores de direitos humanos no país, segundo dados de um relatório divulgado pelas entidades Justiça Global e Terra de Direitos.
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Somente nos últimos quatro anos, dez líderes indígenas foram assassinados no estado. O estudo mostra ainda que a luta pela terra e questões ambientais estão entre os principais motivos das violações contra indígenas em territórios de povos tradicionais. Entre 2019 e 2022, das 1.171 ocorrências registradas em todo o país, 169 são de assassinatos.
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“Impera nesses territórios uma grande impunidade. As investigações sobre assassinatos, ameaças e ataques contra essas populações é completamente insuficiente para dar respostas adequadas”, disse Sandra Carvalho, coordenadora do projeto Justiça Global.
Líder indígena Zezico Guajajara foi encontrado morto na Terra Indígena Araribóia em Arame, no Maranhão.
Divulgação/Cimi
A insegurança jurídica é outro marco no centro dos conflitos indígenas e setores corporativos. A mineração, o agronegócio e as madeireiras lideram a disputa. A falta de assistência básica nos territórios indígenas também tem colaborado para essa estatística.
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“Esses povos são acometidos por um racismo institucional e estrutural muito forte, no qual o Estado Brasileiro negligencia o acesso à políticas públicas específicas, principalmente no que diz respeito à saúde e educação escolar indígena. Então todo esse cenário de violação e exploração coloca os povos indígenas e suas lideranças em uma situação de extrema violência”, afirmou Hemerson de Sousa, do Conselho Indigenista Missionário do Maranhão.
O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos foi criado há quase 20 anos para garantir a integridade física de quem sofre ameaças. No entanto, segundo especialistas, o programa ainda não conseguiu se estruturar como uma política pública permanente.
Sarapó Ka’apor tinha um histórico de combate e defesa dos territórios indígenas
Andrew Johnson
“O que nos temos visto é realmente a falta de uma ação política que vá além do Yanomami e outras duas áreas indígenas. É necessário que seja algo nacional, não adianta defender um ou outro indígena. Você tem que defender todos os povos indígenas”, disse Sydney Possuelo, indigenista.
Questionada sobre o assassinato de lideranças indígenas, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) disse à TV Mirante que apesar de ser uma competência federal, a gestão estadual realiza ações para garantir a vida dos povos indígenas no âmbito do estado.
MA é o estado com maior número de indígenas defensores de direitos humanos assassinados

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