• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Metodologia BIM provoca transformação digital para a construção civil


Empresas que já utilizam em seus projetos afirmam a melhoria na produtividade Você conhece o BIM? Significa Modelagem de Informação da Construção e é o processo holístico de criação e gerenciamento de informações para um recurso construído. Com base em um modelo inteligente e habilitada por uma plataforma na nuvem, a metodologia integra dados estruturados e multidisciplinares para produzir uma representação digital de um recurso em todo seu ciclo de vida, desde o planejamento até à construção.
O BIM é uma metodologia já utilizada em muitos países e seus recursos permitem resolver os grandes desafios da área. Problemas de comunicação, gestão e coordenação ineficientes, ineficácia no planejamento e não compatibilização de projetos são minimizados e passam a ter uma resolução rápida e assertiva com essa adoção.
O Sistema Fiep oferece, por meio da equipe BIM do Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil, uma consultoria especializada e apoio às empresas na implantação e implementação dessa estratégia.
Segundo Juliana Paiola, supervisora de Serviços de Tecnologia e Inovação do Senai Paraná, o BIM já é uma realidade no mercado e é fundamentado em três pilares estratégicos, que são as Tecnologias, Processos e Políticas.
A metodologia emprega tecnologia nos processos envolvidos na criação, utilização e atualização de um modelo digital único alimentado com informações gráficas e não gráficas, que serve de fonte de consulta para que todas as pessoas envolvidas no empreendimento trabalhem de maneira integrada e colaborativa em todo o ciclo de vida da obra.
“Ao colocarmos o BIM na prática, é possível perceber que o modelo digital prévio permite que problemas sejam antecipados e soluções discutidas entre todos os envolvidos. Entre os principais ganhos visualizados até então estão a comunicação mais precisa, a minimização de erros, retrabalhos evitados, diminuição de desperdícios, orçamentos mais assertivos e planejamentos mais eficientes”, complementa.
Mais produtividade, sustentabilidade e inovação
O BIM trouxe para a construção civil a possibilidade de errar com menores custos. “A indústria automobilística, por exemplo, consegue desenvolver protótipos e testes antes da venda para os clientes. A metodologia dá a construção civil a possibilidade de fazer testes e entender todos os impactos de mudanças em um protótipo virtual. Todas essas simulações podem ajudar na tomada de decisão e são um ganho importante para os empresários”, comenta Juliana.
Rodrigo Quirino, da Catamarã Engenharia, empresa parceira que recebe a consultoria do Senai, acrescenta: “conseguimos fazer diferentes simulações de maneira gráfica e prever as dificuldades e ganhos das alterações no projeto”.
A produtividade na construção civil é um desafio do setor no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ainda é quase 50% menor que a média da economia mundial. Segundo a associação, se metade das empresas adotarem a metodologia BIM, a economia da construção civil brasileira crescerá 7%.
Para Rodrigo, os ganhos em produtividade já são visíveis. “Um dos grandes desafios de um canteiro de obras hoje é a ociosidade da mão de obra por falta de definição no projeto ou por incompatibilidades no que foi planejado. Com o BIM, como o projeto chega mais próximo da realidade, temos mais visibilidade do todo. Você consegue prever, por exemplo, uma falta de material em determinada fase e já programar a sua equipe. Com o projeto prévio em 3D, o colaborador pode chegar à obra e colocar a mão na massa, garantindo uma execução no prazo adequado, também facilita o planejamento de custos, o que torna o orçamento muito mais assertivo”, comenta.
Rodrigo destaca também a importância nos ganhos em sustentabilidade, já que o projeto melhor desenvolvido evita o retrabalho e o desperdício de materiais, o que reduz a produção de resíduos da construção, ainda um desafio ambiental para o país.
Vantagens de uma parceria de valor
Atualmente, o tema é hoje um desafio conjunto da área da construção civil. Toda a cadeia de envolvidos está tendo a necessidade de se adaptar a essa nova realidade. “O BIM nos proporciona uma curva de aprendizagem. A equipe precisará aprender uma nova ferramenta, um novo fluxo de trabalho e isso é um desafio, mas que vai trazer ganhos a médio e longo prazos. Os projetos precisam ser entregues e o aprendizado acontece em meio ao trabalho que precisa ser realizado”.
Para Rodrigo, os empresários devem estar conscientes de que toda a mudança pretendida vai precisar de um investimento de tempo e recursos na aprendizagem. “É um tempo necessário para que todos possam aprender para que os ganhos sejam maiores e perenes. O Senai foi um parceiro muito importante não apenas no desenvolvimento do projeto, mas principalmente na capacitação da nossa equipe. O trabalho feito com os nossos projetistas está garantindo o sucesso da utilização do BIM nos nossos projetos” finaliza.
Como é feita a consultoria
Para as empresas que gostariam de uma parceria para a implantação do BIM, o atendimento começa por um diagnóstico – qual a função dentro da cadeia e qual o porte – e como são feitos os processos antes do BIM.
Depois disso, é feito um plano de trabalho, que contempla o que a empresa espera. Em seguida, começam as capacitações na metodologia, o desenvolvimento e padronização de documentos, equipamentos e processos. Todas as etapas de implantação são acompanhadas por profissionais do Senai, que fazem a transferência de conhecimento para a empresa, dando a ela condições de conduzir com sucesso e autonomia os seus projetos.
Sobre a Legislação
No Brasil, o governo federal é o responsável por ações importantes na disseminação do BIM. Em 2018, foi publicado o Decreto nº 9.377, que estabelece a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM. Já em 2020 foi publicado o Decreto Federal nº 10.306 que estabelece a utilização do BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal. E em 2021 a nova Lei Federal nº14.133, de 01/04/2021, que trata sobre licitações e contratos administrativos, determina que a metodologia deve ser preferencialmente adotada sempre que adequada nas licitações de obras e serviços de engenharia.
Vale ressaltar que o Decreto 10.306 estipula prazos para implantação BIM:
Fase 1: Até 01/01/2021: usos BIM no desenvolvimento de projetos, detecção de interferências entre as disciplinas, extração de quantitativos e geração de documentação gráfica extraída dos modelos BIM;
Fase 2: Até 01/01/2024: usos BIM definidos na fase 1 acrescidos de usos em orçamentação, planejamento, controle da execução de obras e as Built (como construído);
Fase 3: Até 01/01/2028: usos BIM definidos na fase 1 e 2 acrescidos de usos em gerenciamento e manutenção do empreendimento (gestão de ativos).
Para conferir mais serviços e soluções com tecnologia e inovação oferecidas pelo Sistema Fiep clique aqui.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.
 
 
  • New Page 1