Seis pessoas foram presas pela Polícia Federal em 3 de maio; pedido de liberdade para de ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi há um mês. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde 3 de maio
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O g1 apurou que as defesas das seis pessoas que foram pela Polícia Federal, durante a operação que investiga supostas fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão descontentes com a morosidade do Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar os pedidos de liberdade delas.
As defesas também se queixam que, até hoje, não tiveram acesso ao conteúdo integral da investigação.
O g1 solicitou resposta ao STF sobre a reclamação das defesas, mas até última atualização deste post não obteve resposta.
No dia 3 de maio, foram presos o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
O criminalista Luis Eduardo Kuntz, que defende Sérgio Cordeiro, diz que entrou com agravo regimental no STF no dia 8 de maio e, até agora, não houve decisão.
Kuntz lembra que o parecer da Procuradoria-Geral da República recomendava uma medida cautelar diversa da prisão, com o cancelamento do aplicativo ConectSUS, para que Cordeiro não tivesse mais acesso ao cartão de vacinação.
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Mesmo assim, diz o advogado, o ministro Alexandre de Moraes acabou decretando a prisão preventiva de Cordeiro. “Se processado e condenado, ele não ficaria um segundo preso, dada a baixa gravidade do delito, em tese imputado”, comenta Kuntz. “Até por isso, provavelmente, a PGR deve oferecer um acordo de não persecução penal, o que também reforça a desnecessidade da prisão.”
O g1 apurou também que os advogados do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do policial militar Max Guilherme pediram a liberdade dos dois clientes mas ainda não obtiveram resposta do STF.
Uma crítica de uma das defesas dos presos é que prisão foi efetivada sem apoio do Ministério Público Federal.
O pedido de liberdade para de ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi exatamente há um mês, dia 15 de maio e ainda não foi despachado.
Mauro Cid tem optado por permanecer em silêncio durante os depoimentos, porque sua defesa não teria tido acesso aos autos que embasaram a investigação.
Em nota, os advogados de Mauro Cid, Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore disseram que “Por respeito ao Supremo Tribunal Federal, todas as manifestações defensivas serão feitas nos autos do processo.”