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Rússia marca para setembro eleições nas regiões anexadas da Ucrânia


Pleito deverá eleger integrantes de assembleias regionais e vereadores de quatro áreas controladas pelos russos. Um soldado ucraniano olha para fora de um veículo militar blindado, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, na região de Donetsk, Ucrânia, em 12 de junho de 2023.
REUTERS – STRINGER
A comissão eleitoral russa anunciou, nesta quinta-feira (15), que as eleições regionais em quatro províncias ucranianas anexadas por Moscou vão acontecer no dia 10 de setembro, data que coincide com votações em outras regiões. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal russa.
O pleito deverá eleger os integrantes das assembleias regionais e vereadores. No entanto, a Rússia não controla totalmente as regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporíjia e Kherson, onde os confrontos continuam.    
Moscou justifica que em setembro passado essas regiões já faziam parte do seu próprio território, após terem sido organizados plebiscitos locais, o que o Kremelin considera como referendos nas áreas ocupadas da Ucrânia. Kiev e o Ocidente denunciam a votação como sendo ilegal e coercitiva. 
O presidente Vladimir Putin apresenta essas regiões como terras historicamente russas e afirma que Kiev terá que concordar em abrir mão delas para alcançar a paz. Entretanto, a Ucrânia exclui qualquer acordo que viole a sua integridade territorial.
Quase um ano e meio depois de lançar seu ataque à Ucrânia, a Rússia controla cerca de 17% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, uma península anexada em 2014.
AIEA inspeciona usina nuclear
Após a destruição da barragem no rio Dnipro, em 6 de junho, a segurança da usina nuclear ucraniana de Zaproríjia é uma preocupação global. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, desembarcou no local, nesta quinta-feira, para inspecionar as instalações ocupadas por forças russas. 
“O diretor-geral da AIEA e sua equipe chegaram ao ZNPP”, a sigla em inglês que designa a usina, escreveu no Twitter Mikhail Ulyanov, representante permanente da Rússia junto a organizações internacionais em Viena. 
Rafael Grossi deveria visitar o local na quarta-feira (14) para avaliar possíveis riscos de segurança, após a destruição da barragem de Kakhovka, cuja água é usada para resfriar os seis reatores da usina de Zaporíjia, atualmente desligados. 
A inspeção, no entanto, foi adiada para hoje por motivos de segurança. “Não foi fácil organizar a visita nestas circunstâncias, mas o lado russo fez o seu melhor”, disse Ulyanov. 
A usina nuclear de Zaporijjia é a maior da Europa. Rafael Grossi, que já visitou esta gigantesca central em várias ocasiões, deverá determinar se ela foi ameaçada pela destruição da barragem de Kakhovka. 
O diretor da AIEA informa que não há “perigo imediato” para a usina. Porém, ele destaca que a quantidade de água na bacia de resfriamento preocupa. “Há um sério risco porque a água é limitada. Irei fazer minha própria avaliação”, disse ele a repórteres em Kiev, na terça-feira. 
A usina de Zaporíjia tem sido repetidamente alvo de bombardeios, dos quais Moscou e Kiev se acusam mutuamente, levantando preocupações sobre a sua segurança. 
Situação no front
A viagem de Grossi a essa zona ocupada da Ucrânia acontece em meio a uma contraofensiva ucraniana para libertar os territórios do sul e do leste, sob controle inimigo. 
No sul, o vice-ministro da Defesa, Ganna Maliar, comemora “um avanço gradual, mas certo” dos soldados ucranianos, apesar da “poderosa resistência” das tropas russas. 
No leste, as forças ucranianas avançaram “mais de três quilômetros” nos últimos dez dias na área de Bakhmout, acrescentou Maliar em uma entrevista coletiva, ressaltando que “o inimigo está atualmente mobilizando reservas adicionais”. 
No total, o Exército ucraniano conquistou “mais de 100 quilômetros quadrados” em uma semana de combates, informou  Oleksii Gromov, oficial do Estado-Maior ucraniano durante a coletiva de imprensa. 
A formação de pilotos ucranianos para combater nos caças F-16 já começou, segundo disse nesta quinta-feira o secretário-geral da Otan, Jens Stotenberg, sem informar mais detalhes sobre as operações de treinamento. A declaração foi dada à margem de um encontro de ministros da Defesa em Bruxelas, na Bélgica.

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